Preso a Mim - Duologia Possessivos - Livro II

3 Zaratras

Observando, era o que eu tinha feito desde que James Burtton tinha aparecido na casa de Bartra para buscar sua irmã um ano atrás. Aqueles olhos não saiam de minha cabeça, e eu estava ansioso para colocar o plano que tinha elaborado em ação.
Meu pai havia comprado o aras, dando um bom dinheiro pela propriedade, garantindo assim a estabilidade financeira do garoto e da irmã por algum tempo, pelo que fiquei sabendo ele trancou a faculdade (primeiro ponto: ele voltaria a estar assim que estivesse em minhas mãos), estava procurando por um emprego, porém sem experiência, as portas ainda lhe estavam fechadas (segundo ponto: colocaria ele na Casttle, onde poderia ficar de olho em cada passo dele) e que o mesmo estava tendo algum problema de saúde, ou fadiga, qualquer coisa do tipo, pois tinha perdido peso, adquirido o habito horroroso de fumar e beber, claro que escondido da irmã.
O que me deixava inquieto era um constante encontro que ele tinha, ia a um motel quase fora da cidade, periodicamente, passava o dia lá, ou a noite, então voltava para casa. Não sabia o que ele estava fazendo ali, mas coisa boa não era. Mandei Vicktore investigar e ficar de olho em cada passo que ele desse, e acabamos descobrindo que ele havia se tornado um prostituto.
A princípio fiquei um tanto chocado, porém após pensar um pouco, compreendi sua situação, até porque, seu único e exclusivo cliente era um homem de muito dinheiro e grande influência, Richard Smith era um desgraçado sem escrúpulos, agiota, metido nas coisas mais sórdidas que existiam tudo para o único e exclusivo fim: dinheiro.
Ligando os pontos era fácil chegar a uma conclusão: Antony fez dívida com Richard, e o filho da puta decidiu cobrar a dívida de James, usando-o como seu novo brinquedo sexual, abatendo lentamente a dívida, o que levaria anos, e provavelmente destruiria a vida do garoto. Conhecendo a fama de Richard, tenho certeza que ele ameaçou a menina, pois essa seria a única forma de fazer James atender aos seus caprichos.
E a partir daí, tomei uma decisão.
Havia marcado de me encontrar com Smith, em um semáforo qualquer, que seria previamente sabotado, logo nossos carros encostaram um ao lado do outro, numa rua deserta, baixei o vidro com um botão.

_Richard! – falei sério, sem deixar a segurança do carro.

_Dannaford... – cumprimentou-me sorrindo – no que posso lhe ser útil?

_quero um brinquedo novo! – falei rapidamente – dois na verdade!

_sua Emma não está dando conta do recado? – debochou e eu nem liguei.

_ela é uma esposa troféu, tenho-a para exibi-la para a sociedade! – respondi friamente – quero um menino jovem e uma criança, mulher! – ele me olhou malicioso e sorriu como um demônio – limpos, Richard, não venha me vender produtos defeituosos, você sabe que eu não tenho paciência para essa merda!

_ok, ok... Mas uma criança... – sorriu e eu o olhei friamente.

_você já fodeu milhares delas, não é ninguém para falar! – o cortei sem qualquer gentileza – apenas arrume o que te mandei! E seja breve, irei para o Aras de meu pai amanhã noite e irei passar o fim de semana, quero usá-los lá! Pago 1,5 milhão e meio!

Estava jogando todas as cartas, induzindo-o mentalmente a me dar quem eu realmente queria. Claro que se não funcionasse, iria simplesmente descartar o que ele me trouxesse. Vicktore estava trabalhando a manipulação mental nele há vários dias, um número visto por acaso, um comercial, uma conversa na rua, programando o cérebro de Richard, para me dar o que eu queria, e a palavra gatilho que desencadearia tudo era: Aras.

_tenho o que você deseja... – falou.

_ótimo! Ligue para meu homem! – respondi fechando a janela.

_espere! – falou e eu parei o fitando – importasse se os seus novos brinquedos sejam irmãos? – indagou e eu quase sorri.

_desde que estejam limpos, pouco me importa! – fechei a janela e o sinal do semáforo abriu, e ambos os carros seguiram por ruas diferentes – ele vai ligar! Esteja pronto! – Vicktore apenas afirmou.