10 James

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_o que ele tem, Vicktore? – perguntei aflito, vendo-o quase desmaiado em meus braços.

_está tendo um infarto! – declarou fazendo uma curva brusca – estamos chegando no hospital, aguente firme ai Dannaford! – pediu resmungando.

Eu não sabia o que fazer, o tinha mole em meus braços, pálido e um pouco frio. Estava transpirando e sua respiração estava curta e pesada, arfava em busca de ar, porém não conseguia respirar.
O carro parou abruptamente, e Vicktore saiu pedindo por ajuda, enquanto eu permanecia ali, derramando algumas lagrimas silenciosas, e abruptamente a porta do passageiro foi aberta, e eu vi Zaratras sendo levado por Vick e mais dois enfermeiros. Sai rapidamente e os acompanhei.

_preciso que avise Bartra! – Vick pediu – vou dar entrada na papelada para a internação dele!

_tá! – respondi aéreo, pegando o celular do bolço e tentando uma ligação. Duas, três e quatro... Ele não atendia. Tentei o número de Charlie, mas sequer chamava – preciso do carro! – falei apressado.

_porque? – indagou confuso.

_ninguém atende, vou até a Casttle, Bartra iria almoçar na empresa, deve estar lá! – falei, e ele me jogou a chave da BMW, e eu sai em disparada.

Entrei no carro, dirigindo quase como um maluco, tentando não por totalmente a minha vida em risco, afinal, se Zaratras soubesse que eu estava me pondo em risco, provavelmente me esfolaria vivo. Tentei me concentrar na estrada, enquanto me desviava dos carros com maestria inigualável, parecia que minhas aulas de direção anos atrás valeram a pena, pois eu estava apto a ser um piloto de fuga.
Sorri com o pensamento, aliviando um pouco a tensão, que imediatamente retornou quando parei na frente da Casttle, desliguei o carro, puxei a chave e sai correndo desesperado empresa a dentro. Fui até o elevador, apertando-o infinitas vezes, até que ele chegou e eu entrei, respirando fundo, sentindo-me tremer dos pés à cabeça.
Subir os 12 andares, pareceu uma eternidade, e sozinho naquele elevador, eu sentia calafrios por todo o corpo, completamente nervoso, assim que cheguei ao andar da presidência, lancei-me para fora correndo como se minha vida dependesse disso, bom a minha vida não dependia, mas a de Zaratras sim. Praticamente arrombei a porta de seu escritório, o encontrando perplexo com a sena.

_PORQUE VOCÊ NÃO ATENDE A PORRA DO CELULAR? – gritei externando toda aquela angustia que estava me consumindo – TENTEI DE LIGAR UM MILHAO DE VEZES! – minha voz ficou embolada, conforme a vontade de chorar aumentava.

_o que houve? – indagou aflito, levantando-se – James, fale logo!

_Zaratras teve um i-infarto! – solucei prendendo o choro – Vick esta c-com ele no hospital, e e-eu vim te avisar, p-porque você não a-atende a porra do celular! – passei a mão no rosto, tentando conter os soluços que me atingiam. De repente a ideia de perde-lo me deixava sem chão.

Bartra pegou seu blazer, sua carteira e o celular, passando por mim, puxando-me pelo braço, enquanto eu só sabia soluçar, tentando prender o choro; tive a chave do carro roubada de minhas mãos e em momento nenhum aquele homem ao meu lado soltou-me, pelo contrário. Eu acharia até engraçado, se não estivéssemos num momento tão critico, quando finalmente entramos no carro, ele abriu a porta para mim, empurrou-me sentado, colocou-me o sinto de segurança, fechou a porta e então, só então, entrou no acento do motorista, assumindo o volante.
Ele dirigia com rapidez e precisão, fazendo uma ligação, conectando-a ao carro pelo bluetooth.

_Bartra! – reconheci ser Charlie.

_não entre em pânico! – falou firme – mantenha as crianças ocupada, leve-as no parque, canse-as o máximo que puder!

_o que houve? – indagou aflita.

_estou indo para o hospital, meu pai teve um infarto, James foi a Casttle me avisa! Não tenho hora para voltar! – foi incisivo em suas palavras.

Preso a Mim - Duologia Possessivos - Livro IIOnde histórias criam vida. Descubra agora