EXO Adviser {SuLay}

9. DO

Eu tentei dar uma chance para festa, eu realmente tentei... Mas ao ouvir um determinado girl group comentando sobre a foto que Jongin acabara de postar, eu desisti. Não estou em clima de ver ninguém além do meu novo conselheiro, Yixing, desde a última briga que tive com ele. Não me abalou a ponto de não conseguir compor ou decorar minhas falas para o dorama que eu já deveria estar ensaiando, mas eu não aguento ver Baek e Chan felizes um com o outro ou ouvir Min e Dae gemendo no quarto ao lado...

Minha história com Jongin não é perfumada como as dos demais casais de nosso grupo, não mesmo. Nós nunca vimos mais que o tronco nu um do outro ou então tocamos um ao outro além de braços e ombros. Nossos abraços sempre foram mecânicos, mesmo quando ninguém estava olhando, e nossos beijos resumem-se em selares leves, nada muito envolvente ou comprometedor. Se gravassem algum de nossos "momentos íntimos"", com certeza julgariam como fan service.

Agora, deitado em minha cama com meu confortável pijama de frio, fitando as estrelas que colei em cima de minha cama que ainda estão brilhantes por ter acabado de apagar as luzes do quarto, reflito sobre meu relacionamento com ele. Nós já nos declaramos em palavras um ao outro, mas nunca deixamos que nossos corpos conversassem. Quando estou sozinho com ele, não consigo nem ao menos tocar-lhe a mão, achando que seria algo invasivo, já que ele diz que gosta de mim não é com aquela convicção de "eu realmente gosto de ti!"... Yixing me disse que eu deveria começar a demonstrar esse desejo que tenho por ele além das palavras, já que, como também conversa com ele para saber sobre sua parte da história, Jongin também quer se aproximar de mim, também quer me tocar, me beijar, me sentir... Deveria eu mudar meu jeito para agradá-lo ou esperar que...

Acordo de meus pensamentos ao ouvir a porta que se abre lentamente.

- Byun? –olho pra porta e me sento, deixando que a coberta escorregue de meu peitoral para meu colo- Veio buscar uma blusa? Eu notei que não levou a sua de lantejoula que havia dito mais cedo, então deixei em cima de sua... Byun, está tudo bem? –analiso-o com o cenho franzido, já que tudo o que fez foi se aproximar de mim e parar ao lado de minha cama.

Ele passa uma mão pelo meu cabelo, o que me faz estranhar mais ainda, e liga meu abajur. Arregalo os olhos ao reconhecer Jongin, arrumo a coberta em meu colo e distancio-me de sua mão.

- Incomodo? –ele pergunta, ri baixo e se senta no espaço que há entre eu e a beira da cama. Meu joelho fica roçando em sua coxa e isto faz com que eu me sinta de certa forma desconfortável.

- O que faz aqui, Kai? –pergunto baixo e olho para porta, conferindo se ele a fechou.

- Posso te mostrar uma coisa? Não é o que você sempre espera de mim ao gritar comigo, mas... –ele analisa meu rosto e suspira, parecendo sem palavras.

- Como assim o que espero quando grito contigo? –tento suavizar a expressão ao ver seu estado- Hey, está tudo bem?

Jongin deixa um silêncio desconcertante cair sobre nós por um tempo. Tiro a coberta de meu colo e empurro-a para parede para que não incomode Jongin. Quando volto a me virar para ele, sou pego de surpresa pela sua mão que agarra minha nuca e me puxa perigosamente para perto. Analiso seus olhos fechados, perco o controle de minha respiração e selo nossos lábios em um selinho tímido.

- Não... –ele diz baixo e abre os olhos- Hoje eu exijo mais que isto.

Ele vira seu corpo para mim, coloca sua outra mão em minha cintura e me puxa para seu colo. Tento me arrumar, sentando com uma perna flexionada de cada lado de seu corpo e coloco as mãos em seus ombros largos. Limpo a garganta, inclino levemente meu rosto para um lado e analiso seus olhos que me fitam.

- Realmente quer... Me beijar? M-mas agora de verdade? –digo baixo com a voz trêmula.

Jongin apenas dá um breve sorriso lateral e junta nossas bocas num beijo calmo. Demoro um pouco para fechar os olhos e retribuir, mas quando o faço, passo as mãos para sua nuca e acaricio-a com minhas unhas curtas enquanto toco suavemente sua língua com a minha. Ele passa sua mão de minha nuca para minha lombar e puxa minha camiseta para cima, deixando minha pele exposta para que possa acaricia-la com as pontas dos dedos.