Capítulo 14- Sorte ou misericórdia?

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     Já estamos há mais ou menos sete dias na casa de Robie, nós nos acostumamos em chamá-lo de vovô, ele disse que gosta e que também acha engraçado. Ao longo desse período que estamos aqui ficamos bem acomodadas, arrumamos nosso quarto de jeito que queríamos, colocamos mais duas camas no grande quarto do elefante, preferimos dormir todas juntas, afinal é assim que vamos ficar pelo resto de nossas vidas. Tiramos algumas coisas desnecessárias do quarto e colocamos as camas no lugar, por sorte fiquei com a maior cama que até já estava lá, Ruby e Tifanny ficaram com camas de solteiro.

        Todo dia fazemos as mesmas coisas, mas sempre tem algo diferente como os novos lugares que exploramos na casa. Já estamos há dias aqui e não conseguimos conhecer metade da casa, eu acho que essa é provavelmente a maior casa e a mais  cara "Baton Rouge". Ontem descobrimos um porão onde havia vários instrumentos de tocar música, piano Saxofone, violino, violão entre outros instrumentos que eu nunca vi na minha vida.

        Eu Ruby e Tifanny estamos entrando dentro dos quartos para ver o que há de bom por aqui. Já entramos no quarto do panda, leão e da lagarta. Não achamos nada de interessante lá, são apenas quartos normais com mobília e sem banheiros. Mas um quarto em si me chamou atenção, o quarto da borboleta, é um quarto trancado com correntes e cadiados bem reforçados. Tifanny tenta abri-lo dando chutes na porta, para pelo menos tentar ver algo mesmo assim não há nenhuma brecha.

- Ruby vai pegar o seu machado. - Diz Tifanny com o tom de voz autoritário.

- Olha Tify eu acho melhor não. - Diz Ruby mordendo o lábio.

- Se está trancado é porque Robie quer que continue assim. - Digo.

- Esperem... acho que consegui achar uma brecha. - Como nós três somos bastante curiosas, corremos para tentar ver alguma coisa por trás da porta.

- Trancado!. - Robie surge atrás de nós com uma expressão diferente do normal.

- Robie?... Nós só estavamos...

- Meninas, vocês podem fazer o que quiserem nessa casa, podem entrar e andar onde bem entenderem, mas o quarto da borboleta está proibido, por que acham que eu coloquei trancas?. Olhem... sinto muito por isso mas não entrem no quarto da borboleta de modo algum!. Depois vistam-se e desçam, nós vamos sair.

    
        Ouvimos em silêncio e não pudemos opinar sobre isso até porque estamos erradas, sem contar que Robie tem total direito de chamar nossa atenção, a casa é dele, cabe a nós repeitarmos.

- Nossa... nunca o vi dessa jeito. - Diz Ruby olhando para trás enquanto Robie desce as escadas.

- Isso foi culpa de quem?!. - Digo e direcionou meu olhar raivoso para Tifanny. Ela se finge de desentendida e pergunta.

- O que? A culpa não foi minha só queria ver o que há lá dentro.

- Eu disse que não seria uma boa idéia. - Diz Ruby.

- Vem vamos, precisamos nos arrumar. - Digo. Vamos em direção ao nosso quarto, mas eu apenas fico olhando o quarto com a grande borboleta desenhada na enorme porta de madeira, com respingos de tinta rosa e detalhes de flores ao lado da maçaneta.

        Voltamos ao nosso quarto  (vulgo quarto do elefante) e começamos a nós arrumar. Quando Robie disse que saríamos logo pensei que seria para alguma busca ou algo do tipo, então coloco minhas roupas de antes que são bem mais práticas, como calça, jaquetas e botas. Vejo Ruby e Tifanny espirrando perfume em seus pescoços e escolhendo a roupa que vai sair.

- É sério isso?!. - Arqueio a sobrancelha.

- O que foi dessa vez Cassie?. - Tifanny revira os olhos.

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