O Ressurgimento Genérico

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__Olá, caros leitores de A.G.E.O.M! Sim, sou eu quem está falando, seu amigo Saulo! Hoje eu vim falar sobre algo tão ruim quanto me vestir de mendigo, ser queimado vivo e morrer. Sim, hoje nós vamos falar sobre a dor do abandono. Quantos tempo se passou desde o último capítulo lançado? Meses? Anos? Décadas? Eu fiz aniversário, sabiam? Ficamos abandonados nessa jaula com o Ramom do lado de fora a ver nossos corpos por muito tempo. O nome disso é crueldade, leitor. Crueldade!

__Você tá falando com quem, Saulo?

__Com o leitor, Dan! A gente tem que dizer algo, não acha?

__Acho sim. Mas dá bola para essas coisas não. O autor é meio doido assim mesmo. Vamos seguir a história rezando para ele não parar mais.

__Parar o quê?

__A história, Ramom. Somos personagens de uma história. Não lembra que viemos para salvar esse mundo?

__Ficamos parados?

__Pelo amor de Deus, Ramom, você passou meses aí parado e não percebeu?

__...

__...

__Percebi o quê?

__Eu não acredito nis...

__Calma, Dan, você vai acabar com a sua beleza feminina com todo esse ódio. Se estressar com o Ramom é como se irritar com um cachorro.

__É, você tem razão, tirando a parte da beleza feminina. Eu não vou mais me incomodar! Bola para frente! Iremos destruir o rei demônio, voltar para as nossas casas e seremos felizes para sempre! Irão nos receber com glórias!

__Receber... eu recebi...

__Tá bom, né, Ramom? Ninguém tá muito paciente pra sua lerdeza hoje não.

__Calma, Saulo, ele tá tirando algo do bolso... uma carta?

__Ramom, o que é isso?

__Uma carta do autor.

__VOCÊ... respira... você recebeu uma carta daquele infeliz. Legal, muito legal! Eu tô um pouco preocupado com o que eu vou perguntar agora, mas tudo bem, vamos lá: Quando você recebeu isso?

__Uma hora.

__Uma hora? Olha, eu tô aliviado agora. Juro que seria algo como três meses atrás. Mas se é só uma hora, tá tranquilo.

__Pelo visto o Ramom está aprendendo a ser uma pessoa mais atenciosa, Saulo. Parabéns, Ramom, estou muito orgulhoso de você.

__Uma hora antes de entrar no castelo.

__...?

__...?

__......

__UMA HORA ANTES?! EU NÃO ACREDITO NISSO! RAMOM... RAMOM... Ramom... porque eu não posso sequer machucar você? Que mundo injusto.

__Não chora, Saulo... por favor...

__Você tá chorando junto... eu quero voltar... eu quero...

__Calma, Saulo, vamos ler a carta e esquecer isso.

__Não! Eu não vou ler! Vai ter algo lá que vai me matar de novo! A burrice do Ramom vai me matar, eu tenho certeza disso!

__Okay, se você não quer ler, eu leio! Me dá isso aqui, Ramom! Olha só que vergonha, com medo de ler uma carta... deixa eu ver aqui:

"Prezados personagens pelos quais eu sinto o maior apreço. Eu queria me desculpar pelo tempo que deixei vocês parados na vila das mulheres. Eu sinto muito por isso e por só ter dado um décimo de evolução para o Saulo para compensar esse tempo perdido. Em breve terei que parar de novo, e logo quando vocês invadirem o castelo da General Succubus. Para que não aconteça nada de errado e vocês possam me esperar confortáveis para a grande volta de AGEOM, eu vou colocar um presente incrível escondido! Não tem erro! É só ler essa carta! Preparados? Então vamos lá!

Quando encontrarem um alçapão que os leva para baixo, todos vocês irão acordar em um lugar assutador com o boneco do Jogos Mortais pedindo para que coloquem a mão no ácido para tirarem a chave. Aí que tá o grande presente! Eu troquei esse ácido por uma substância divina que os fará cem vezes mais poderosos! No começo vai doer e vai parecer mesmo ácido. Já adianto que vão desintegrar e vai doer bastante (eu já disse isso antes?). Mas quando AGEOM voltar esse mesmo líquido vai reagir e vocês finalmente serão muito poderosos! Esse é o meu pedido de desculpas para vocês. Beijo na alma e fiquem bem!

P.S: Vou deixar a carta com o Ramom, pois as faíscas e a roupa seca do Saulo podem botar fogo nela e a tanga do Dan não tem bolsos.

Renato Ribeiro


__O que é isso, Saulo? O que é essa dor...? Dói tanto que parece que eu vou enlouquecer... dói... muito e as lágrimas não param...

__Eu te entendo, Dan! Eu te entendo! Me abraça!

__Eu não posso... você não tem corpo!

__Por queeeeeeeeee?!

__Nãããããooo seeeei!?

__O boneco tá voltando a vida.

__Hã? Isso é sério?

__Oh, meu Deus! Eu vou morrer também...

O corpo de madeira já há muito destruído pelo ácido divino agora se juntava novamente. Peça a peça, corda a corda, tudo se reunia aumentando de tamanho, engrossando. Uma luz dourada com uma nuvem circulava o boneco, que antes era pequeno e montava uma bicicleta, e agora tinha dois metros e meio e montava uma harley com quatro canos de escape que jorravam fogo. O torturador que tinha pouco cabelo e usava um terninho vestia agora uma jaqueta grossa de couro com um bordado "Eu quero jogar um jogo" em volta de sangue atrás da grossa blusa e tinha um cabelo cumprido, como um grande cantor de metal. Seu rosto nada tinha mudando, e com o seu grande nariz a segurar os pequenos óculos escuros de lentes circulares, ele olha os três aventureiros com um grande sorriso nos lábios de madeira:

__E aí, maninhos! Obrigado por me dar essa benção aqui! Mó daóra! Agora, não me leva a mal não, mas a gente vai ter que jogar um jogo. O último que a gente jogou deu muito, muito bom pra mim!

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⏰ Última atualização: Jul 31, 2018 ⏰

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A.G.E.O.M (Um Clichê De Mundo Mágico)Onde histórias criam vida. Descubra agora