Capítulo IV: Segredos e Mentiras.

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Na noite anterior Sophie e Arthur haviam reparado nos períodos de tempo em que ocorria o tal "massacre" em Floresville, foi questão de tempo até descobrirem o principal suspeito sobre o caso, Bryan Johnson, um ex presidiário de 30 anos, ele vivia na Califórnia atualmente e havia sido preso por porte ilegal de armas, por coincidência ( ou não ) foi preso em Floresville saindo da cidade com uma arma no porta-malas (a mesma arma usada em grande parte dos assassinatos ocorridos), porém, Bryan foi detido por apenas 1 ano por falta de provas concretas, cumpriu apenas a sentença por porte ilegal de arma de fogo e saiu ileso sem nenhum processo. Sophie olhou para os documentos e parou um pouco para refletir, e então indagou :
- Melissa?
- Sim detetive!
- Você não acha muito estranho tudo isso? A falta de provas, a soltura em um ano, a ausência de advogado ao acusado... Será que ele realmente achou melhor não se defender sobre o caso?
- É uma coisa meio difícil de responder Sophie... Eu não sou especialista nisso.
- Providêncie um mandado de busca para conversarmos com esse ex presidiário o mais rápido possível, eu preciso disso urgente Mel!
- Tudo bem, já estou a caminho. - Respondeu Melissa já saindo da sala
- Muito obrigada! - Gritou Sophie de dentro de sua sala. No mesmo instante em que Melissa saiu da sala de Sophie, Arthur entrou:
- Oi Sophie, alguma nova pista que queira dividir com o bonitão aqui?
Sophie riu sarcástica, mas respondeu:
- Quero que faça um grande favor pra mim Arthur, você é capaz ?
- Claro, você acha que o garoto aqui só tem beleza? Tenho competência também detetive.
- Procure saber sobre Jane e sobre quanto tempo ela já estava aqui na cidade.
- Mas detetive, ela era sua amiga, como você pode não saber?
- Eu simplesmente não sei, agora vá, faça o que digo por favor!
Arthur se virou e foi em busca do que Sophie ordenou, em poucas horas Melissa apareceu com o suspeito algemado na sala de interrogatórios, Sophie foi até lá pra ver se arrancava alguma coisa do suspeito:
- Então Bryan, acho que você sabe o motivo de estar aquí, não é mesmo?
Bryan olhou pra ela com um ar de dúvida e respondeu:
- Na verdade não Detetive, você poderia esclarecer?
- Claro, à 10 anos você foi preso por suspeita de homicídio, e esses eventos voltaram à acontecer na cidade. Você tem algo a ver com isso?
- Bom detetive, eu nunca fui declarado culpado e acho que a senhorita deve saber disso.
- Sim eu sei, mas me diga senhor Bryan, por que não quis se defender sobre o caso na época?
- Veja bem detetive, ninguém acreditaria em mim...
- Você sabe quem foi?
- Na verdade não, mas vou te falar uma coisa, o que eu fiz foi muito errado eu sei... Mas vou explicar a história, eu minha família estávamos em uma época de crise, vim até floresville em busca de emprego mas não encontrei, estava voltando para casa e encontrei um homem com um capuz preto na estrada, ele disse que se eu desse um jeito na arma que ele estava na mão ele me dava $200.000 dólares em dinheiro.
O dinheiro foi sim depositado na minha conta, e eu fui preso por porte de arma de fogo, mas nunca conseguiram provar que fui a pessoa que realizou os homicídios, eu nunca dei essa versão para ninguém, eu sei que posso ser preso por ocultação de provas, mas é a verdade, eu não matei ninguém.
Sophie então olhou com ar de pena, ela sabia que ele não faria mal à uma mosca, então respondeu:
- Tudo bem, você faz ideia de quem tenha feito isso? - O homem à olhou nos olhos e respondeu:
- São tempos sombrios Detetive Carter, as pessoas matam apenas por diversão, você mais do que ninguém sabe o mistério que esta cidade esconde, sabe dos perigos que enfrenta, a senhorita é muito corajosa de cair de cabeça assim no caso, foi ameaçada de morte sutilmente e ainda deixou que fotografassem a ameaça.
Sophie o franziu a testa e deixou uma lágrima cair sem perceber, mandou que o levassem embora dalí e o prendessem por suspeita de assassinato.
Se sentou na cadeira de interrogatório e pensou, lembrou da sua infância, pensou no dia em que chorou implorando para os pais que eles se mudassem da cidade. Ela os amava, por isso os mantinha longe dela, ela sabia que um dia descobriria quem era a pessoa responsável pelos assassinatos, mas aquilo só se afastava da realidade.


Caso quase impossívelOnde histórias criam vida. Descubra agora