O Anjo de Severo Snape

Preconceito

 Na manhã seguinte, Anastasia estava radiante. Já não havia vestígios da menina acuada que fugiu para o conforto do colo de sua avó depois de ter um pesadelo. 

 Anastasia odiava pesadelos. Davam-lhe medo e a enchiam de insegurança. Faziam sentir-se vulnerável e ela detestava sentir-se vulnerável.  

 O acontecimento correu como uma corrente de um rio. Na hora do café todos já sabiam que o Herdeiro da Câmara Secreta havia feito outra vítima. Colin Creevey, um primeiranista Grifinorio que sempre estava perambulando de um lado para o outro com uma câmera atrás de Harry.

— Tio Severo, quem você acha que é o herdeiro?

— Me diga você, o que você especula?

— Ah, bom, eu não sei. 

— Mas eu bem suponho que o trio maravilha saiba.

 O tom de Severo era venenoso, com suas palavras vinha-se o deboche que ele não fazia questão de esconder.

— Desconfiam do Draco.

— Draco? Meu afilhado? Que tolice. 

— Sim, Draco pode ser arrogante, presunçoso, narcisista, esnobe e... Enfim, ele pode ser tudo isso e mais um monte, mas eu não o acho mal.

— Ele é apenas um garoto. 

— Tio Severo, o herdeiro poderia ser... Voldemort?

— Não diga esse nome! — ele lhe repreendeu e ela revirou os olhos. Para ela era uma tremenda de uma tolice estremecer por um simples nome como se em seu pronunciar o dito cujo pudesse ser invocado. — O Lord das Trevas? Eu não sei. Não sei como ele poderia estar agindo.

— É, e chegamos a conclusão nenhuma. Maravilha! 

— O seu humor me contagia. — Iris disse sarcástica ao tom desanimado da menor.

— Faço das suas as minhas palavras. — rebateu sarcasticamente. Voltou sua atenção ao mestre de poções e lhe perguntou. — Está indo agora inaugurar o clube de duelos com aquela besta sorridente? — Severo riu da alfinetada dela.

— Sim.

— Muito bem, eu vou com você. Não posso perder o espetáculo. 

— Deixe-me apresentá-los meu assistente, o professor Snape. — todos se voltaram para a figura coberta de preto que surgiu na ponta oposta do palco que foi montado no meio do salão principal. — Ele concordou de bom grado em me ajudar em uma pequena demonstração e não se preocupem, terão seu professor depois que eu o derrotá-lo.

— Claro que eles terão. — disse Anastasia na primeira fila do palco. — Esmaga ele como um inseto, Tio Severo. — nisso ela ganhou um olhar incrédulo da parte de Gilderoy. Ela sorriu para ele. — Boa sorte... 

 Pateticamente Lockhart ficou cheio de pose na hora dos feitiços e antes mesmo de chegar ao 3 ele foi jogado no ar com um simples Expelliarmus de Severo. Anastasia batia palmas e ele sorriu discretamente para ela.

— Meu menino, que orgulho! Ele caiu que nem uma fruta podre da árvore. 

— Convenhamos que Lockhart é um fruto podre. — Iris disse e a loira riu.

— Sim, ele é. Não tenho certeza, mas para mim é impossível que ele tenha feito tudo que diz ter feito.

 Lockhart levantou-se com as bochechas ruborizadas em vergonha.