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Após aquela longa tarde, de risos debochados das coisas absurdas que deixava os lábios de Shawn em relação a mim ou me irritando com os dois garotos discutindo, finalmente havia me retirado daquele local.

Charlie me dirigia até sua casa enquanto eu aguardava ansiosamente para sua revelação, queria compreender o que lhe afligia, e naquele momento tudo que perturbava minha cabeça era minha conversa com Christian, na qual ele disse que eu havia o machucado dezenas de vezes ao brincar com seus problemas, eu não queria fazer aquilo de novo, não queria machucar meu namorado com meus comentários desnecessários. É talvez o menino de jaqueta havia me mudado.

Ao perceber o carro parar frente a minha casa minhas sobrancelhas se arqueiam, por que não estávamos na casa de Charlie?

"Achei que a gente fosse pra sua casa?" Pergunto o encarando e o menino apenas suspira colocando uma de suas mãos sobre minha coxa

"Minha casa tá um caos, posso dormir aqui hoje?" Ele questiona e eu respiro fundo observando seus olhos que me imploravam por um 'sim'

"Tá, Charlie" Digo e ele logo sorri, seus lábios se aproximam dos meus os selando por breves segundos

Ao adentrar a minha grande casa suspiro ao ver que ninguém se fazia presente, como sempre, queria tanto ter uma família que estivesse sempre ali por mim mas eu na maioria das vezes sou trocada por reuniões de negócios.

"Cadê seus pais?" Charlie pergunta enquanto caminhávamos até meu quarto

"Devem ter saído pra comer alguma coisa ou sei lá" Digo escondendo a raiva por ser sempre deixada de lado, aliás Charlie não poderia saber de minhas fraquezas, mesmo que este seja meu namorado eu não confio nele tanto assim

"Mas enfim, vamos falar sobre seus problemas que são?" Pergunto vendo o menino respirar fundo e se sentar em minha cama, faço o mesmo após fechar minha porta enquanto esperava por um resposta

"Minha mãe"

"O que?"

"Você sabe que ela sabe que meu pai trai ela" Confirmo com um murmuro pedindo pra que ele prosseguisse "Então, ela tá cansada, tá falando que vai se separar e que não suporta mais"

"Ao menos sua mãe teve coragem para assumir isso, Charlie, não acha melhor ela se separar do que ficar assistindo seu pai trair ela enquanto vira garrafas de bebida?" Pergunto vendo o menino suspirar, penso ineditamente em minha mãe, queria que ela tivesse tal coragem para se livrar do homem estúpido que sou obrigada a chamar de pai

"Sim, amor, mas ela não tem nada, ela não sabe fazer nada, como ela vai se sustentar?"

"Ela tem dois braços, duas pernas, um cu e uma buceta pra mim já tá ótimo"

"Quer que minha mãe vire prostituta?"O menino em minha frente pergunta irritado e eu suspiro, eu realmente não sabia dar concelhos

"Quando não se tem muitas opções qualquer profissão tá valendo"

"Profissão, Ellie? Isso é suicídio! Sabe quantas prostitutas morrem por mês?"

"Quantas?" Pergunto vendo o rapaz revirar seus olhos e se levantar da cama irritado enquanto passava suas mãos sobre seus cabelos

"Não sei por que ainda te conto as coisas" Ele diz passeando pelo meu quarto me fazendo respirar fundo e ir até meu namorado enquanto envolvia meus braços sobre sua cintura

O menino me encarou sem compreender aquele minha ação mas logo suspirou passando seus braços por meus ombros, me acolhendo em um abraço.

"O que eu quero dizer é que sua mãe é corajosa por admitir que algo está errado, que ficar aqui observando seu pai a trair não vai lhe acrescentar em nada e que ela tem pernas e braços e uma cabeça pensante, existe milhares de oportunidades de trabalho, não é tarde pra ela recomeçar, se sua mãe quer se separar apoia essa ideia antes que você perca ela pro suicídio, porque ninguém suporta ser traído por tanto tempo" Digo baixo sentindo as mãos do menino que me abraçava irem até meu pescoço e erguerem minha cabeça fazendo com que eu encarasse seu belo rosto, lágrimas tomavam seus olhos me fazendo suspirar, eu odiava aquela situação, ver pessoas tão vulneráveis e dramáticas me irritada, é uma simples situação por que temer tanto em resolvê-la?

"Obrigado" Ele diz e sinto algo estranho tomar meu corpo, me sentia bem em saber que pude ajudar alguém mas ainda irritada por ver o garoto tão frágil

Seus lábios tomaram os meus, enquanto suas mãos deslizavam pelo meu corpo, suspirei ao sentir seus dedos apertarem minhas nádegas, aprofundei aquele beijo me deitando na cama junto ao menino, eu não me importava mais sobre ter sido traída a algumas semanas atrás, eu só precisava daquilo, meu organismo gritava por sexo, por alguma coisa que fizesse com que minha mente se acalmasse por breves minutos.

Minhas pernas atravessaram a cintura do rapaz que me encarava com um belo sorriso malicioso em seu rosto enquanto eu me despia rapidamente, meus lábios encontraram o dele após deixar meu corpo coberto apenas por minhas roupas íntimas.

Em um movimento rápido eu arranquei a blusa de Puth deixando seu peitoral descoberto, me deitei sobre seu corpo enquanto percorria meus dedos por sua barriga até seu membro coberto por sua calça. Ouvi o menino suspirar ao sentir meu toque sobre sua genital, sorri descolando meus lábios dos dele, os encaminhando até seu pênis.

Minha boca percorreu todo seu peitoral fazendo com que seus pelos se arrepiassem, sorri ao perceber o quão controle eu havia sobre o menino, desci suas calça deixando seu ereto membro diante meus olhos, em um ato repentino abocanhei sua intimidade enquanto com uma de minhas mãos massageava seu saco escrotal fazendo o rapaz em meus braços gemer alto meu nome.

"Sh... não grita, amor" Digo ao desprender minha boca de seu membro mas logo percorrer minha língua por sua glande fazendo o menino suspirar

"Continua, Ellie" Ele me implora fazendo com que um sorriso tomasse meus lábios e e eu retomasse com aqueles movimentos, escutava o rouco gemido do menino que apertava os lençóis de minha cama, em questão de minutos seu líquido tomou minha boca e eu a subi até seu pescoço deixando um beijo no local

Percorria meus lábios por todo seu pescoço enquanto sentia minha intimidade latejar ao escutar os roucos gemidos de meu namorado, eu necessitava de o ter dentro de mim.

"Pega a camisinha, dentro do criado-mudo" Falo vendo Charlie se inclinar até o objeto ao lado da cama onde nos encontrávamos e tirar de lá um pacote de camisinha, pego este de sua mão e o abro colocando o mesmo sobre seu pênis

Tirei minha calcinha e logo me pus sobre Charlie, rebolava sobre seu membro ereto enquanto escutava ele arfar e eu fazia o mesmo, levei uma de minhas mãos até meu clitóris o massageando ainda com meus movimentos sobre a intimidade de meu namorado. Ao sentir minha genital completamente umedecida o rapaz se colocou para dentro de mim gemendo baixo, um som alto deixou meus lábios que logo foram abafados pela boca do menino que envolvia meu corpo ao seu.

Meus braços percorreram o pescoço de Charlie e este segurava minha cintura com força me pressionando cada vez mais contra seu corpo, sons de estocadas percorriam pelo ar enquanto eu apoiava minha cabeça no ombro de meu namorado e gemia seu nome.

Ao finalmente alcançar o ápice meu corpo se estremeceu e eu deixei com que esse caísse sobre Charlie que continuava com seus movimentos até perceber o mesmo gemer alto e parar com as estocadas, suspirei ao sentir o menino sair de dentro de mim e se levantar caminhando até meu banheiro enquanto tirava a camisinha de seu membro e a amarrava.

Deitei de bruços sobre aquele confortável colchão esperando pela volta de meu namorado, eu suspirava enquanto fechava meus olhos, não sabia o porquê mas aquilo não havia me feito bem, eu por algum motivo não me sentia satisfeita e aquilo me afligia.

"O que minha pequena tá pensando?" Escuto a voz de Charlie e logo sinto o mesmo se deitar ao meu lado, reviro os olhos ao ouvi-lo me chamar de sua porém permaneci quieta

"Amor?"

"Ah Charlie só fica quieto por um segundo" Digo ríspida fazendo o menino ao meu lado suspirar e deslizar seus dedos sobre minhas costas

"O que eu fiz de errado?" Ele pergunta e eu respiro fundo percebendo que seria obrigada a conversar com Charlie

"Nada, Charlie! Eu...preciso de um tempo, e eu também to cansada e ah só vamos dormir"

"Tá, amor" Ele diz e eu suspiro revirando meus olhos pela segunda vez, Charlie era muita 'melento' e aquilo me irritada de uma forma, eu tentava desesperadamente não ser grossa com ele pelo menino não estar em um dos seus melhores dias mas eu não conseguia, ser rude era inevitável e se eu não poderia ser quem sou permaneceria calada

Paris - Shawn Mendes Onde histórias criam vida. Descubra agora