•Olivia Fergusson•
Meu relacionamento já não era mais o mesmo. Eu não amava mais Hector e isso estava visível para todos e não só para mim e por isso resolvi terminar. Eu já estava magoada o suficiente com a depressão e tudo que ela estava me trazendo. Eu já não aguentava mais chorar, me cortar, beber e até mesmo tentar o suicídio. Eu já não comia direito, estava muito magra e cheguei a ficar internada um mês no hospital. Minha mãe estava sofrendo mas não demonstrava, não na minha frente.
Era noite, estava chuviscando e eu caminhava desnorteada pela rua. Não havia ninguém, estava completamente deserta e as poucas pessos que tinham estavam indo para os bares. Meu rosto já está inchado de tanto chorar. Eu continuava caminhando com a imprenssão de que alguém estivesse me seguindo, e eu não estava errada. Um homem estava me seguindo. Apressei meus passos e às vezes olhava para trás. Meu coração estava acelerado quase saindo pela boca, até que o homem me chama pelo nome e sua voz era bem familiar.
-Quem é você? -estava escuro e eu não enxergava quase nada.-Eu? -fez-se um silêncio. -Seu namorado. -era Hector. Meu ex.
-Você não é mais meu namorado!
-Quem dita as regras sou eu. Cala a boca vadia. -sua agressividade continua a mesma.
-Hector? O que você quer? Está me assustando.-estou com muito medo, não sei do que ele é capaz de fazer comigo aqui.
-É fácil! -dá gargalhadas e se aproxima lentamente. -Eu quero o que você deveria ter me dando há muito tempo. -me preciona na parede e passa a mão em minha intimidade. Eu tento me soltar mas ele é forte e eu estou muito fraca para isso.
-SOCORROOOOO! ALGUÉM ME AJUDA! -grito, grito e grito, e tudo que eu levo são tapas e socos. Caio o chão fragilizada. Meu nariz está escorrendo sangue e meus olhos estão quase se fechando. Hector sobe em cima de mim e aproxima seu rosto ao meu.
-Não adianta pedir por ajuda. Não tem niguém na rua. -ele é irônico. O bafo de álcool é forte e começa a dizer coisas nada haver.
-Por favor Hector... Eu te imploro! Não me machuque, por favor. -as palavras saiem num sussurro.
-Eu não vou. Pode ficar tranquila.
Sorri ironicamente e começa a tirar minha roupa e me violenta naquele beco sem que ninguém veja. É impossível gritar por socorro, minha voz está fraca e eu mais ainda.
Não sei dizer o que dói mais: ser abusada sexualmente ou perder seu pai. Os dias se passaram. Eu não ia mais a escola, viva trancada no meu quarto com medo de sair na rua e encontrar Hector, e todos os meus amigos, incluindo Ella, se afastaram de mim. Até conseguirem prender Hector minha vida foi um completo caos.
Era época de Natal e Ano Novo, minha mãe finalmente conseguiu seguir sua vida amorosa e eu posso dizer que estava melhorando um pouco. Mas, nessas duas datas importantes eu passei dentro do meu quarto, trancada. A cada dia que me olhava no espelho eu estava mais magra. Era decepcionante até para mim! Estava ficando louca. Então resolvi gritar por ajuda. Já que ela não vem até mim, eu vou até ela. Fui para um centro de reabilitação, onde conheci novas pessoas e pude desabafar. Resolvi dar uma segunda chance para Ella, minha melhor amiga, aliás, todos nós merecemos uma segunda chance, não é mesmo?
Eu tinha voltado a comer, estava ganhando corpo novamente, conseguia sair na rua de novo, conheci novos garotos mas tive dificuldade de me relacionar com eles ainda segura com o que me aconteceu.
Tinha uma pessoa na qual eu não conseguia esquecer. E o nome dele... É Jonah. Jonah Marais. Eu lhe escrevi uma carta, mas não sei se ele recebeu. Dessa vez, dei o endereço da casa de Ella, caso se ele quisesse responder a carta.-Ollie, tenho uma novidade. -indaga minha mãe sorridente.
-Conte-me! Estou curiosa. -sentei-me no pequeno sofá.
-Nós vamos nos mudar para Londres! -dou gritos e pulinhos.
É o que? Londres?
-Londres? Mas nós temos uma vida aqui mãe! -me levanto.
-Ora, Olivia. Recebi uma proposta de emprego lá e achei que seria uma ótima idéia nos mudarmos para lá. - olhou-me com um olhar meio triste por conta da minha reação. -Sabe como é né? Londres, novas pessoas, novos amigos, novos ares. Achei que seria bom. -diz ela.
-Ah, mãe... eu não sei se vou me adaptar. -respondo cabisbaixa.
-É claro que vai querida! Você é uma menina tão dócil... Como alguém não vai gostar de você?
-É mas...
-Comprei ingressos para o show do Why Don't We. -ela grita. Sim, minha mãe literalmente gritou.
-Quando nos mudamos? -arqueo a sobrancelha e damos gargalhadas juntas.
-Daqui dois dias. -responde.
-Ok. Os ingressos tem direito ao Meet&Greet?
-Sim. -responde me abraçando.
É... Talvez essa mudança me faça bem. Finalmente irei conhecer o Jonah.
E aaaaaaiiiiii!! Gostaram? Comentem! Não se esqueçam de clicar na estrelinha.
![](https://img.wattpad.com/cover/154870881-288-k197417.jpg)
VOCÊ ESTÁ LENDO
The Girl Of The Cards •Jonah Marais• 2° Temporada. CONCLUÍDA .
FanfictionOnde Jonah descobre quem é a garota das cartas na qual ele se apaixonou. E ela, está mais perto do que ele imagina. Temporada 1: Dear Jonah. Temporada 2: The Girl Of The Cards. Início da segunda: 11/07/2018. Fim da segunda: 20/12/2018. Plágio é cr...