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Almoçei apressadamente, entrava ás duas e parece que teria de ir a pè.

Colocei a louça na máquina, peguei na minha mala e sai.

Estava já a meio do caminho, a passar por um parque. Havia crianças com os joelhos magoados no baloiço, enquanto o pai dava balanço, a criança gargalhava alto e a mãe observava. Coisas simples mas que fazem tanta falta. Se os meus pais estivessem aqui eles saberiam acalmar-me de todos os problemas e ao menos ainda tinha alguém...agora estou sozinha, sem melhor amiga e sem irmão.

Uma buzina de um Ferrari apitou e parou mesmo á minha frente e foi aí que reparei que estava a chorar, parada, no meio da rua.

O vidro desceu lentamente e o meu queixo caiu quando vi a pessoa do outro lado. George.

Um sorriso involuntário apareceu na minha cara:

-Caroline, queres boleia?-perguntou meigamente.

-Não deixa estar.-não queria que ele visse as minhas lágrimas.

-Vais ficar constipada, Carol!-a maneira como ele disse o meu nome fez-me abrir a porta do seu carrão e sentar-me confortavelmente no assento. Olhava fixamente em frente, mas sabia que ele me estava a analisar:

-Estives-te a chorar?-preocupação nítida na sua voz.

-Não.-menti.

-Se quiseres desabafar eu estou aqui, mas uma princesa não devia de chorar.-Não me contive e uma lágrima foi deixada cair enquanto ele limpava-a com o polegar.-Olha pra mim.-pediu.

Ganhei coragem para enfrentar o seu perfeito rosto.

-És linda...-susurrou cheio de carinho nos olhos.

-Obrigada...-atirei-me para os seus braços de uma forma que o fez dar uma curta risadinha, ele logo retribui-me-...por seres a única pessoa que está comigo.

Embora eu não o visse e não o conhece-se à muito tempo eu de alguma forma sentia-me protegida.

A viagem foi curta mas os meus pensamentos continuavam a mil, o Harry, as palavras do George, tudo... " a maneira como aprecias o Ge!" atira o meu subsconciente que gosta muito de me dar dores de cabeça.

- Já chegamos. - a sua voz ecoa no belo e espaçoso Ferrari. Ele era rico.

Fomos para dentro eu conheci a patroa que se chamava Theresa. Ela era muito simpática o que me agradou bastante. Passei a tarde num corropio mas depois de várias tentativas a atender os clientes, lá consegui mexer na máquina em condições.

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- São 10€ por favor! - digo á velhinha do outro lado da banca.

Ela entregou-mos e derepente a máquina encravou. Oh não...

O Ge que andava a arrumar os medicamentos na prateleira atrás de mim, espreitou sobre o meu ombro fazendo-me cócegas com os seus cachinhos no meu pescoço, tão bom...

Ele riu-se da minha aflição e depois de acabar de despachar a senhora explicava-me como resolver o assunto, mas eu parecia que tinha ficado surda derepente, tanto que estava hipnotizada pelo seu fofo sorriso.

Ele foi-se embora sem antes de me dar um caloroso e molhado beijo na bochecha.

Tão querido, é impossível não gostar deste rapaz, deste deus...deve ter tantas raparigas.

" E tu Caroline Styles cheia de ciúmes não é? É."

- Não, eu nem o conheço o sufeciente, estás sempre a meter-te, não te sabes calar, porra! - encontrei-me a falar sozinha com um homem á espera de ser entendido á minha frente, ele estava com uma cara estranha a olhar para as minhas figuras "Compreende-se oh tolinha!" lá estava a minha cabeça a chatear-me.

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