Angel

6.

Pov Carol

O meu irmão voltou para o carro cambaleante, mas com um sorriso na cara.

-Já comeste?-entrou no carro.

Deu-lhe a preocupação agora:

-Não.-revirei os olhos.

-Vou passar pelo McDonald's!-adquiriu um ar sério.

O caminho foi feito num silêncio tenso.

O Harry já tinha pegado na carteira com uma mão e a outra controlava o volante.

-Eu vou lá.- falei dura enquanto ele estacionava.

-NÃO!-odeio berros.

-Porque é que estás a gritar?-perguntei frustada.

-PORQUE EU SOU O RESPONSÁVEL POR TI E TU ANDAS SEMPRE A DESRESPEITAR-ME COMO UMA PUT...-ele parou-se a si próprio. Olhei-o, lágrimas escorriam pela minha cara. Arrependimento passava pelos seus olhos.

Não tinha forças para fugir.

Estava cansada e não sabia bem porquê,  parecia que tinha corrido a maratona! Para não falar que a minha t-shirt estava toda suada e nem estava tanto calor assim...

Optei antes por colocar as mãos na cara, fechar os olhos e tentar esquecer o mundo, mas isso não resultou. Talvez outra coisa resultasse.

-Princesa, desculpa!-fiquei admirada com as escolhas de palavras. Este é o meu Hazz.

-Leva-me até ao esconderijo.-pedi- faz isso por mim e eu perdoo-te.

Imediatamente acelarou o carro e partimos para a casa abandonada.

A meio do caminho o telemóvel do Harry começou a tocar e não parava, no entanto ele não atendia e permanecia com ele no bolso.

-Não vais atender?-perguntei aborrecida.

-Não quero falar com ninguém!-respondeu cansado.

-E se for a Marieh...-arriscei falar.

Calou-se e o telemóvel continoou a tocar a música irritante.

-Que se foda!-pegou no aparelho e atendeu enquanto conduzia.

-Sim?-falou nervoso.-Marieh? Não chores nós podemos resolver as coisas, o nosso amor é mais forte...-ouvi um berro estridente do outro lado da linha

-"Sou eu o Niall, seu gay!"-sorri de lado. Só podia. Endireitei-me e deixei escapar uma risada devido à cara de choque do ser ao meu lado, que logo se transformou numa zangada olhando-me reprovadoramente.

-Fodasse, Niall! Eu pensava que era a Marieh...Primeiro, porque estás a chorar? Segundo, porque estás a chorar como uma gaja? Terceiro, não me chamas novamente de gay se quiseres continuar com os teus dentinhos. Quarto, você é um chato.

-"Caralho Harry, pareces uma miúda de Tpm."-ri-me estridentemente. Este é o meu Nialler, o meu melhor amigo idiota.

-"Essa é a Carol?"-perguntou entusiasmado. Sorri largo. A única pessoa que consegue animar o ambiente no carro e a mim é o Horan.

-"Não Niall, ela foi raptada por um extraterrestre que fez vários colonos dela."-Harry disse sério. Que idiota.

-"A sério?! Diga-me mais. Ela transformou-se num unicórnio que vomita arco-íris quando está feliz...?"-disse Niall ironicamente.

Harry não respondeu e suspirou. Eu tentava ao máximo segurar o riso.
-"Passa a chamada à tua irmã, seu retardado! Ela é o uníco feto decente que a tua mãe trouxe ao mundo. Tu nem tens pena de mim, seu defeciente cerebral."

O meu irmão revirou os olhos enquanto eu ria.

-Atura-o tu!-bufou o Hazz. Ri.

-HEY, NIALLER PANQUECAS FUCKING UNICÓRNIO HORAN. -gritei sorrindo muito.

-HEY, CAROL PANQUECAS FUCKING UNICÓRNIA STYLES.-gritou também.

-Vocês precisam de tratamento...-reclamou Harry.

-Acalma o pinto, Styles!-respondi e Niall deu uma das suas gargalhadas estrundosas.

-Mas diz lá, poque estás a chorar meu bébe?

-OLHEM AÍ AS CONFIANÇAS.-assustou-me o meu irmão.

Ri e o humano do outro lado guinchou mesmo no meu ouvido:

-"COMEÇO A PENSAR QUE ISSO JÁ É FALTA DE MENINAS STYLES. REVOLTADO."

-É mesmo, mais de uma menina em particular...-murmurou Harry triste. O meu sorriso caiu.

Logo me animei de imediato quando ele começou a explicar-me da história: a sua mãe descobriu o esconderijo secreto, que só eu e Niall sabiamos da sua existência. Era um pequeno frigorífico onde o Niall  podia ir comer tudo o que quisesse sem a mãe dar conta.

-Niall, não fique assim eu vou comprar um novo frigorífico e maior e podemos encontrar outro sítio para esconder em sua casa. Talvez a garagem...também compro para a minha casa,seria divertido.

-Não compras não!- resmunga o Harry. Reviro os olhos e rio já cansada da viajem.

-Eu vou indo, vimo-nos amanhã Nialler!

Ele despediu-se com palavras fofas e outras parvas de mim enquanto o meu irmão insultava-nos baixinho.

Fiquei com um sorriso parvo, até que adormeci e sonhei com George e eu na casa abandonada.