A Filha do Rei (EM REFORMA)

No Coração da Floresta

Era uma vez um reino, o reino de Dorwell, reino próspero e amigável para com todos, desde seus súditos locais, até os viajantes que o adotavam como lar. Respeitado pelos demais reinos e províncias que os rodeavam e admirado pelas suas paisagens de exuberante beleza natural. Todo esse respeito, essa admiração e prosperidade... Devia-se a aquele que o governara, o Rei Louis, homem de palavra e que acima de tudo e abaixo de Deus, estava o seu amor e a sua total dedicação e empenho pelo reino que está no poderio de sua família há três consecutivas gerações.

Mas não será em uma fortaleza de moradia real rico em seu aspecto de exuberância como o castelo de Dorwell que dar-se por início essa  história... Viajemos um pouco mais além dos altos e impenetraveis muros do castelo, além do vem e vai do comércio pacato da aldeia do povoado, além das atitudes das árvores da floresta que abraça o território central do reino em questão, mais além... E um pouco mais além... Bem no coração da parte mais afastada da floresta que a vista do Rei Louis e os seus fiéis súditos podem alcançar, longe de tudo o que era por dito conhecido do reino. Lá, está uma rústica porém de modo singelo, habitável cabana que apesar de sua simplicidade e pouca minuciosidade aos ricos detalhes, não perde o ar de sua graciosa estabilidade, de certo, devido as belas variações aromáticas das flores do campo que a rodeia e abrange a parte externa do madeiro da habitação, mas sua comodidade e beleza não estão apenas nas suas bem afeiçoadas flores, isso tal como sua localização, também está muito mais além do que os olhos podem ver tanto quanto a distância entre o reino de Dorwell e a cabana cravada no coração da floresta.

Lá, vive uma jovem moçoila cujo a inegável belas feições de sua aparência, resumia-se em um olhar afável de densa e negra coloração tal como os seus volumosos e encorpados cabelos naturalmente cacheados, pele de cor amadeirada e reluzente ao beijo da luz do sol e agradável sorriso largo e agradável aos olhos tal como as rajadas da aurora da manhã em seus primeiros calorosos e receptivos raios.

Poético? Talvez... Mas aos olhos de quem a via todas as manhã, tal afeto e admiração resumia-se nessas sinceras e apaixonadas palavras que James o esposo de Edeline com todo o ar de seus pulmões a descrevia. E que naquele exato e proveitoso momento estava a olhar para o pôr do sol do cair de mais uma tarde que estendia-se ao horizonte após mais um dia a reluzir na imensidão de um outrora celeste céu azul que aos poucos assumia o quase que marmorizado subtom alaralaranjado. Fora enquanto James introspetivamente contemplava a exuberância conversão do dia para o anoitecer que ele sentira o afago aquecer de duas gentis e trabalhadores mãos o abraçarem por de trás unindo de maneira rente a fronte de seu corpo ao dele afetuosamente enquanto lábios rubros e naturalmente amendoados em seu contorno, tocavam a sua face:

- Posso saber onde estão os pensamentos do meu marido? - Ela pergunta

- Não diria que estariam onde, certo seria dizer em quem... - O diz virando-se para a fronte da mesma envoltando seus braços em torno de Edleine pondo-se a beijá-la apaixonadamente - A mulher para quem eu vivo... - Ele acaricia o seu rosto enquanto suspira admirando cada centímetro das feições da face de sua amada - A mulher que me ensinou e ainda têm me ensinado a viver a vida que eu hoje... Eu agradeço todos os dias por ter - Ele a beija

- E essa mesma mulher, que partilha dessa mesma vida de total gratidão, têm estado preocupada com você sabia? Não tens dormido direito, tens estado com os pensamentos distantes, com o semblante cabisbaixo e emanando certo temor... O que houve? - Ela de modo ameigado diz acariciando o seu rosto - Responda-me algo amor meu... Fora algo que fiz, para que estejas assim?

Ele suspira pesadamente.

- Mais verídico seria que eu me retratasse perguntando a você se acaso eu lhe fiz algo? Perdoe-me se tenho lhe preocupado... - Ele une os seus lábios aos dela - Mas estaria lhe faltando com a verdade se dissesse que tudo vais bem...