Dentre Os Corredores do Castelo

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Já haviam se passado três dias depois do incêndio que ocorreu na aldeia dos camponeses onde Janessa morava e onde perdeu tudo o que lhe fazia sentido e o que ela mais amava. Tudo aquilo que ela perdeu no mesmo dia e que a levou a um mundo completamente estranho, mas um tanto familiar, pois agora ela estava amais perto da outra parte de sua família do que imaginava.

Só que nessa nova vida... Apesar de estar em um cenário luxuoso, Janessa como as outras mulheres, limpava, lavava e em certos dias ajudava na cozinha, pois muitos e muitas haviam ido embora devido as suas famílias que vinham buscá-los o que a deixava um tanto triste em uma parte por perceber que ia ficando cada vez mais sozinha naquele castelo sabendo que sua família não iria buscá-la, pois ela não tinha, se ao menos soubesse quem era o seu pai...

E sucedia que em todas as suas funções, Janessa se destacava pelos seus diversos dons, exercendo várias tarefas que lhe ajudavam há passar o tempo ao invés de se apegar ao passado doloroso de uma ferida que ainda não se cicatrizou por inteira, mas mesmo sendo apenas uma serva, Janessa despertava olhares maliciosos do general Klaus que vivia importunando-a com não somente seus olhares, mas também seus comentários tão perturbadores, ela procurava manter-se calada e controlar para que algo de pior acontecesse já que como ele mesmo mencionou agora ela estava em seu território e deveria medir suas palavras, gestos e ações ao se referir a um homem de poder como Klaus o que era quase impossível de ignorar para Janessa pois em certo dia...

Janessa estava passando pelos corredores do castelo com um jarro d'água, ele a avistou e disse:

- Ei! Você! – O dizia no pátio treinando sozinho – Eu tenho sede... – O dizia fincando sua espada no chão

Janessa respirou fundo e fora até ele evitando olhar em seus olhos que a mediam dos pés a cabeça. Ela pegou aquele jarro e fora derramando a água sobre as mãos dele que levava a água até a boca, ele terminou de beber, e secou sua boca com na saia do vestido de Janessa, ela se virou de costas prestes para ir embora quando ouviu...

- Espere... – O diz se aproximando dela – Eu ainda tenho sede – O dizia próximo de Janessa

Janessa virou-se para ele e novamente fora derramar água para que ele saciasse sua sede, mas ele pegou o jarro de suas mãos:

- Mas não de água... – O dizia a sorrir para ela

- Sinto muito, mas não posso fazer nada para ajudá-lo – A dizia se retirando

- Pode sim – O dizia segurando o seu braço... Só não pode como vai... – O diz agarrando sua cintura e beijando-a a força

Janessa o empurrou:

- Chega! – A dizia ofegante – Eu não agüento mais as suas perseguições para comigo! Em todos os terríveis momentos em que nos encontramos eles sempre acabam da maneira mais nojenta e desprezível de todas! – A diz indignada – Não enxerga que eu não o suporto?! Não vê que a minha vida têm sido um pesadelo desde o dia em que coloquei meus pés aqui? Desde o dia que perdi a minha única família e todos que eu amava? – A diz contendo suas lágrimas

Enquanto Janessa expressa sua indignação Klaus começa a aplaudi-la pausadamente:

- Você quase me comoveu sabia? – O dizia se aproximando dela enquanto ria

- Como consegue ser tão cruel? Tão frio? – A diz – Acredito que seja por isso que só consegue possuir as mulheres a força! Por que nenhuma delas o suporta! Por que todas o enojam só do fato de tê-lo por perto! – A diz em alta voz

Naquele momento Klaus a agarra com força:

- Cale-se! – O diz enfurecido – Eu ordeno que se cale!

A Filha do Rei (EM REFORMA)Onde histórias criam vida. Descubra agora