Realidades paralelas

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Notas iniciais do capítulo

Atrasei... eu sei...

Antes tarde do que mais tarde, non?

Boa leitura! xD

 Antes tarde do que mais tarde, non?Boa leitura! xD

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Suspirou, deixando os ombros caírem. As íris selvagens passearam pela superfície do lago rodeado de árvores. Tudo era tão calmo e surpreendente.

Inclusive o par de olhos que o mirava de volta, duas esferas esverdeadas e translucidas, flutuando brilhantes mais ao fundo, impossível de se ver a que criatura pertenciam.

Kiba gritou de susto e caiu sentado no chão, arrastando-se para longe da água.

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Arrastou-se pelo chão o bastante para levantar-se em segurança e correr para longe da margem, embreando-se pela floresta sem pensar em nada a não ser fugir daquele monstro que habitava as profundezas do lago.

Correu até ficar sem fôlego, momento em que tonteou e tropeçou em uma raiz de árvore.

A queda foi inevitável.

Ele perdeu o equilíbrio e caiu no chão que, mesmo coberto de folhas murchas, causou um arranhão em seus joelhos.

Ficou deitado, ofegante e assustado.

Os sentidos se aguçaram como nunca desde que acordou naquele lugar.

Ele sabia que não estava em Konoha. Sabia que aquele tal Naruto falava a verdade. Em cada fibra de seu corpo havia a sensação de estranhamento, como se a parte shifter se adaptasse a uma atmosfera adversa. Os cheiros, os sons... a estrutura do cenário... tudo transbordava magia elementar pura, remetendo a uma ancestralidade que desconcertava Kiba.

Confuso, sentindo os joelhos arderem enquanto o fator de cura sobrenatural se ativava, ficou deitado no chão, recuperando-se.

— Pensa, Kiba. Calma. Pânico não adianta de nada. Ontem... foi meu aniversário...

Ele se divertiu com os amigos, com a família. A mãe estava por perto, mas não o bastante para atrapalhar a diversão de quem entra na vida adulta e faz algo desejado, embora proibido até então: beber álcool sem ser contra as regra do clã. Esperou dezessete anos para fazer aquilo! Seguindo a tradição, festejou como outros garotos até então. Riu, brincou, emocionado por não ser mais um garotinho. Por poder dar inicio ao sonho de virar um ninja, por todo o futuro que se descortinava, no qual queria dar tudo de si e conquistar coisas grandes!

A noite cedeu espaço à madrugada, tinha flashes confusos a partir de então. Um brinde aqui, abraços efusivos ali, congratulações sinceras...

E seu quarto. Sim, conseguia recordar-se bem de chegar em casa com a mãe e a irmã, bêbado, porém feliz; aconchegar-se na cama e adormecer.

Parecia irreal acordar ali naquele espaço desconhecido, que parecia desconectado da realidade ao qual conhecia e era familiarizado.

— Mamãe... — sussurrou entristecido.

O Colecionador (ShinoKiba)Onde histórias criam vida. Descubra agora