Salvation

Jogo da Sedução part-I

Me desculpem a demora!

(Sem revisão)

Afonso

Me atrasei mais que o esperado para encontrar Catarina, pois quando cheguei ela estava só e apenas com roupas íntimas. No momento em que a vi deveria ter retornado, mais ao vê-la escorregando na beira do riacho não tive muitas opções. A puxei da água tão logo que tive receio de tê-la machucado. Sua feição foi de espanto tão logo a de agradecimento.

-O quê pensa que estava fazendo Catarina?

-Oras...!Me refrescando evidentemente!-seu olhar foi acusatório. Sorri internamente. Ela estava a ponto de se afogar e não perdia a pose de durona.

Me afasto dela para ver se havia se machucado e me deparo com um traje íntimo e fino, era possível ver facilmente suas curvas...deliciosas. Como pode ser tão perfeita? Passo tempo demais a encarando pois me deparo com um olhar travesso quando a encaro. Catarina notou meu olhar de desculpa pois retrucou da seguinte forma:

-Não se importe em olhar, afinal você poderá tocá-lo em breve...dias até...-suas mãos pararam em meu pescoço e senti um leve formigamento com o ato.

-Catarina...

-Shii...-Ela puxa minhas mãos para sua cintura e eu simplesmente não consigo recusar ou me afastar.

-Você sabe que não vamos casar Catarina...devemos parar isso imediatamente...-suplico antes de sentir seus lábios macios ao meu. Sinto o cheiro de morango cada vez mais forte. Seus lábios descem para meu pescoço de forma tímida e calculada. Sei que devo parar, mais não consigo impedi-la!-Princesa...-consigo afastar seu corpo do meu de forma abrupta em um acesso de lucidez. Até eu me surpreendo com isso. Acho que a machuquei pois sua careta e evidente.-Cadê Lucíola? Você veio sozinha Catarina?

-Pedi para Luciola me trazer roupas limpas, pois na caminhada até aqui sujei as que estava como pode ver...-aponta para o monte de roupa perto de uma laranjeira.-Me perdoe o que acabou de acontecer...eu não sei o que me deu...

Suspiro confuso. Ainda a pouco me acariciava como a mais doce das amantes, e agora me olha como se eu fosse toma-la a força? O que deu nela?

-É melhor eu esperar sua dama chegar com as roupas antes de sair, é muito perigoso deixa-la assim...-tiro meu casaco e a cubro delicadamente.

-Como pretende dizer ao meu pai que tem as esmeraldas para cancelar o casamento?

-Estou pensando em uma forma...

-Você sabe não é? Que as esmeraldas que tem mal darão para quitar esse mês que estamos...

Sim. E isso me preocupa. Seu olhar parecia me estudar.

Catarina

Até agora estava tudo em perfeita ordem, com aquele leve selar de lábios consegui chegar mais longe do que eu imaginava. Penso em cancelar o plano ao ver sua aflição, mais logo vem o beijo que ele recebeu da plebéia, e isso se torna um combustível. Ou eu levava esse plano até o fim, ou certamente nunca serei rainha de Montemor. Não pretendo esperar meu pai morrer para me tornar rainha, isso vai demorar -e espero que muito -, por tanto devo levar minha armação até o fim.

-Vou me refrescar enquanto espero por Luciola. Quer me acompanhar?-antes que ele me desse uma resposta tiro o seu casaco e entro no riacho. Após um mergulho me surpreendo ao ver Afonso retirando as botas e entrando na água. Sorrio triunfante, e olho de esguelha para Luciola que estava apenas alguns passos dali. Ela faz um sinal de positivo para mim, e anuo discretamente.

-A água está realmente boa princesa...

O comentário do príncipe sai meio entrecortado devido ao recente mergulho. Resolvo entrar em ação. Mergulho e nado até ele. Afonso antecipa meu movimento de assusta-lo e mergulha me puxando para superfície com uma risada, que diga-se de passagem foi...perfeita.

Aproveito que suas mãos estão na minha cintura e enlaço seu pescoço tão logo quando selo seus lábios. Penso que meu plano irá fracassar novamente, mais ao sentir seus lábios se movimentaram sob os meus me deu certeza que tão logo meu plano se concretizaria.

Sinto meu corpo se esmagar ao seu com ferocidade. Quase não consigo acompanhar seu beijo. Quase. Digamos que eu não seja uma beijoqueira, mais posso aprender rápido, sou uma aprendiz muito dedicada. Não imaginei que Afonso retribuiria com tanto vigor. Entrando minhas mãos suavemente por dentre seus fios, e sinto o arfar.

Entrelaço minhas pernas no seu quadril e o vejo sorrir com ato, mais sem separar nossas testas.

-Eu quero você...-digo debilmente.

-Catarina isso é errado...

-Qual o problema de me amar fisicamente enquanto o amor do coração não chega?-digo o beijando novamente. Minha mente vaga para o momento dele afastando Amália de si dizendo que é errado...por que ele ainda não me afastou dele como fez a pouco? Pelo contrário, faz é me abraçar com medo de me largar? Isso deve ser bom...para meu plano, claro.

-Não posso...você será desvirtuada...

-Melhor por você do quê pelo próximo que meu pai me casará assim que você anular o contrato, Afonso...-peço o acariciando. Percebo a luta interna dentro dos seus olhos.

-E que diferença isso faz, Catarina?-seu tom me intimida rapidamente.

-Para mim isso faz toda a diferença...Ninguém precisa saber...Pois será com você...-sou interrompida por sua boca na minha. Logo sua boca desce para minha clavícula e sinto que quero ele de verdade! Nem mesmo percebo que desato o nó de minha roupa, e sinto seu toque forte na minha perna...

Não era para mim está gostando! Onde suas mãos me tocam sinto uma quentura se instalar no meu ventre. Mais é tão bom...

Continua...