there's something about the way you love (makes me feel like i'm dreaming)

28. bohemian rhapsody

13 de dezembro

Louis tinha certeza que havia algo errado com Amelie. O Natal estava chegando e era a parte favorita do ano para a pequena e ela não parecia tão feliz com isso como de costume.

Desde que acordou a garotinha não falou nada. Literalmente nada. Nem mesmo seus felizes 'bom dia's' como ela costuma fazer toda manhã.

Ela também não conversou com o bebê na barriga de Louis igual ela sempre fez desde que descobriu que ia ter um irmãozinho.

Sentado no sofá com a televisão ligada mesmo que ele não estivesse assistindo nada, Louis olhava apreensivo para a garotinha. Com uma mão sobre a barriga enorme de quase 8 meses –faltava menos de uma semana para completar–, observava cada movimento de Amy, que desenhava em um papel branco sentada no tapete da sala. Ela possuía a testa franzida e um bico nos lábios e não conversava sozinha como era acostumada a fazer sempre que estava brincando.

Tinha algo errado.

Tudo que Louis queria era que Harry chegasse logo do mercado porque, atualmente, parecia que ele era o único que conseguia distrair a garotinha quando ela aparentava estar triste.

"Amor? Está tudo bem?" Perguntou, nervoso.

Louis estranhou quando a garotinha simplesmente resolveu ignorá-lo. Ele apenas mordeu o lábio inferior, começando a ficar apreensivo.

Suspirou e fechou os olhos por milésimos de segundos, logo abrindo-os.

"Amelie? Filha? Estou falando com você." Louis viu os ombros pequenos subirem e descerem como se ela estivesse impaciente.

"Para! Para de me chamar!" Louis arregalou os olhos quando a garotinha praticamente gritou, irritada.

"Não fale assim comigo, Amy."

Amelie grunhiu e se levantou, jogando os lápis, que antes usava para escrever, para longe e pisando em cima da folha desenhada.

"Para! Para!" A garotinha começou a pular, gritar e chorar e Louis se desesperou. Se levantando com dificuldade, tentou se aproximar da criança e pegá-la no colo porém ela desviou bruscamente, dando passos para trás. "Eu quero sair daqui! Sair, sair!" Tudo aconteceu tão rápido que Louis nem mesmo conseguiu reagir.

Louis logo sentiu seus próprios olhos se molharem pelas lágrimas porque, droga, ele não acreditava que aquilo estava acontecendo de novo.

"Bebê, fique calma. Você está em casa, okay? Em casa. Com o papai e seu irmãozinho." Louis falou, tentando manter a calma.

Ele sentia suas costas doerem porque ele sabia que não podia ficar tanto tempo em pé por causa do peso em seu corpo mas, como ele iria acalmar a criança?

"Você não é meu pai! Sai daqui!" Ela gritou, chorando, parecia totalmente fora de si. Louis começou a chorar mesmo sem perceber.

"Calma, Amy. Está tudo bem. Sou eu." A pequena Tomlinson ignorava ele fortemente enquanto esperniava e gritava.

E Harry pareceu entender que ele precisava de ajuda e resolveu entrar pela porta da frente na mesma hora.

Louis nunca foi tão grato.

"Lou? Eu ouvi gritos e–" Parou ao fechar a porta, com os braços cheios de sacolas recheadas de diversos alimentos, vendo um Louis chorando enquanto tentava se aproximar da filha e uma Amy chorosa e raivosa esperniando. "O que houve?"

Louis se virou para o namorado chorando e Harry simplesmente colocou as sacolas no chão e se aproximou do namorado.

"E-Ela está tendo m-mais uma crise, Harry. E-Eu não sei o que fazer." Um Louis desesperado proferiu, olhando para Styles.