10 de abril
Louis estava em um dilema.
Fazia dias que ele vinha pensando e finalmente chegou à conclusão.
Ele estava apaixonado.
Harry poderia ter seus defeitos –por mais que Louis tenha certeza que aquele homem não possui defeito algum– mas poderia ser considerado o sonho de qualquer mulher. Ou homem. Tanto faz.
Ele era tão atencioso e tratava Louis e Amelie tão bem que Louis sentia vontade de ajoelhar e beijar os pés daquele homem. Tudo bem, isso foi meio estranho mas Louis não ligava.
Mesmo depois de dias tentando convencer Harry de que não precisava, Styles acabou ignorando Louis e decidindo que ia pagar o aluguel do pequeno apartamento para o menor que não poderia estar mais agradecido. Ele chegou a chorar e soluçar quando Harry disse –com aquela porra de sorriso grande com dois buraquinhos na bochecha– que queria pagar o aluguel da casa dos Tomlinson's. Louis sentia que não merecia aquele ser humano deslumbrante.
A questão é: Louis estava muito apaixonado. Tipo, pra caralho.
Sabe quando só de pensar naquela pessoa você já sente seu coração disparar, suas mãos suarem e seus olhos brilharem? E quando você está perto dela você só quer abraçá-la e não soltar nunca mais? Louis se sentia assim. E ele estava com medo.
Droga, ele sabia que Harry gostava dele. Ele só não tinha tanta certeza se Styles era apaixonado por ele. Por mais que Harry diga isso, ele não entende o porquê.
Vejam bem: em sua concepção, Louis é apenas um homemzinho que esqueceu de crescer. Ele não se sentia bonito e se achava gordo e feio na maioria das vezes. Harry vivia dizendo-lhe o contrário e Louis apenas assentia mesmo não acreditando. O que Harry havia visto nele?
E era isso que ele perguntava pro homem à sua frente, que estava visivelmente confuso.
"Por que você está aqui?" O menor mordeu o lábio inferior, ganhando uma expressão confusa do maior.
"Quer que eu vá embora?" Indagou confuso e de olhos arregalados.
Louis revirou os olhos. "Não! Digo, por que você gosta de mim? Veja, eu sou baixo demais e pra beijar você eu tenho que ficar na ponta dos pés. Isso é humilhante!" Fez um gesto exagerado com as mãos. "Fora que, eu não tenho estilo algum e você é a pessoa mais estilosa que eu conheço." Isso fez Harry rir fraco. "E eu sou gordo e cheio de marcas. Você nunca viu minha barriga? Provavelmente não mas, eu sou todo estranho!" Falou alto e indignado. Harry gargalhou e negou com a cabeça, se aproximando e enlaçando os braços fortes na cintura fina do menino.
"Quer saber porque eu gosto de você?" Louis assentiu, nervoso. "Bom, você é todo fofo com seus suéteres e suas meias coloridas. Você trata sua filha como se fosse a coisa mais preciosa do mundo todo, e eu não duvido que seja." Tomlinson sorriu tímido, arrancando um sorriso fofo de Harry. "Você também é todo pequeno e se encaixa tão bem nos meus braços e eu amo beijar você. Você não é gordo, mesmo eu nunca tendo te visto sem camisa, eu sei que você é todo perfeito. E sabe o que te faz mais brilhante e lindo? Todas as marquinhas que estão no seu corpo, cada uma delas, que te fazem completo, bonito e humano. Sua humildade também me encanta. Você é a pessoa que me faz ver que não precisamos de muito para sermos felizes, apenas precisamos de boas companhias e alguém que nos ame. E bem, você e Amy são as melhores companhias que eu já tive durante toda a vida e eu amo vocês. Amo muito." E terminando seu monólogo, deu um peteleco fraco no nariz de botão do menor que sentia seus olhos molharem e lágrimas necessitarem escorregar pelas suas bochechas. Harry o amava!
Louis não conseguiu fazer mais nada a não ser abraçar aquele homem que, com toda certeza, foi a segunda melhor coisa que já aconteceu na sua vida. Amelie era a primeira, claro.
Depois de segundos de abraço, o de olhos azuis se afastou e deu um beijinho casto na bochecha do maior e sentiu-o sorrir contra seus lábios.
Louis se sentia tão completo e especial que ele poderia explodir.
[...]
"Papai! Por que os bebês choram tanto?"
A pequena menina indagou ao pai estava sentado no sofá abraçado com Styles que fazia carinho em seus cabelos vez ou outra.
Harry parecia não ter mais casa já que vivia na casa da pequena família. Louis realmente não se incomodava. Ele adorava ter o namorado perto de si.
Louis se virou para a menina que brincava no tapete da sala com algumas massinhas de modelar que havia ganhado de Harry. Louis já sentia sua cabeça doer ao ver a bagunça que teria que arrumar.
"As vezes porque eles estão com dor, ou com fome, ou estão sujos." Respondeu à menina, que fez uma expressão de quem não entendeu nada.
"Mas, eles não podem só dizer 'papai eu tô com fome ou sujo'?" Louis quis rir da expressão séria e confusa da filha.
"Amor, eles não sabem falar." A menina arregalou os olhos.
"Ué, então por que eles têm boca e língua?" Louis sorriu e sentiu a risada abafada de Styles em seus cabelos.
Louis revirou os olhos, divertido, e negou.
"Eles só balbuciam, Amy. Eles não sabem formar palavras, entende?" A menina assentiu.
"Ah, entendi. Tadinhos." E deu de ombros, voltando a brincar com as massinhas coloridas.
Tomlinson riu e voltou a se encostar no maior. Harry deu um beijo em seus cabelos e soltou uma risadinha.
"Ela é esperta e curiosa." Louis sorriu e assentiu. Sua filha era muito preciosa. "Acredita que ela já aprendeu a contar até trinta? Não é, Amy?" O de olhos verdes falou mais alto dessa vez, atraindo a atenção da menina.
"Sim, sim! Olha, papai! Um, dois, três, quatro..." A garotinha contava divertida e atenta em seus dedinhos que levantavam a cada número novo que ela dizia. Foram segundos assim até que ela sorrisse e levantasse as duas mãos abertas. "Trinta! Viu, papai? O tio Harry me ensinou! Ele disse que vai me ensinar até o número cem! Não é pa– tio Harry?" Se corrigiu ao perceber a própria confusão. Continuava animada.
Harry sorriu e assentiu. "Você é muito inteligente, princesa." A menina sorriu convencida e murmurou um 'uhum', voltando a brincar novamente.
A sala continuou em silêncio, o som da tv sendo o único presente no cômodo e aquilo não era mada desconfortável. Era tão doméstico.
"Quer viajar comigo?" Louis levou um susto com a voz rouca em seu ouvido, arrancando uma risada de Styles. "Me desculpe." Desculpou-se. "E então? Quer viajar comigo?" Louis se virou frente a frente com o namorado e sorriu.
"Iríamos aonde?" Indagou, curioso.
"Visitar minha mãe em Holmes Chapel." Louis arregalou os olhos e negou.
"O que? Não! Eu não estou preparado para conhecer sua mãe. E se ela não gostar de mim?" Exasperou-se.
Harry riu e negou. "É impossível não gostar de você. Mas, vamos? Prometo que ela não vai fazer você se sentir desconfortável. E nem Amy." Louis mordeu o lábio inferior e assentiu hesitante. Harry lhe espalhou beijos pelo rosto, arrancando-lhe uma risadinha tímida. "Tudo bem, vou avisá-la. Ela vai adorar vocês e bem, ela ama crianças já que mora sozinha e sente saudades da casa cheia. Ela vai amar." Harry pegou o celular do bolso da calça apertada, animado. Louis sorriu vendo a animação do homem e se sentiu feliz por fazer parte, mesmo que pequena, dos motivos que faziam aquele homem sorrir tanto.
Ele nunca se sentiu tão amado e especial quanto naquele momento.
acostumem-se porque momentos fofos assim não sao raros nessa fanfic rsrs estão gostando? o prox cap vai ser o louis conhecendo a mãe do harry e o prox do prox vai ser meio tenso mas nao se preocupem rs bye sz
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there's something about the way you love (makes me feel like i'm dreaming)
Fanficonde louis é pai de uma garotinha de 4 anos com síndrome de down e harry é o único professor que se disponibilizou a ensinar a filha especial do homem de olhos azuis.