Pelo meu antigo universo (indefinido)

1. Piloto

Já era tarde. O relógio já passara de dez da noite, e Sandy, finalmente conseguira dormir após cuidar de seus irmãos mais novos. Estava muito cansada após um dia cheio de confusões. Mas já era de se esperar, pois agora entrara em seu último ano na escola. Naquela hora, nada mais importava do que uma boa noite de sono.
Sandy sempre dormira rápido. Seus pais sempre pensaram que era uma doença. "Doença da pedra", diziam eles. Mas talvez, isso fosse verdade. A garota conseguia dormir fácil até às duas da tarde.
Neste dia, seu sonho não estava tão pesado como rotina. Não parava de acordar com os barulhos vindos do porão. "Seria um mostro?", pensava. Mas essa idéia de "monstros" não a incomodava. Era uma menina muito corajosa, servia de lição a seus irmãos mais novos. Mesmo não a incomodando, resolveu ver o que acontecia no porão mesmo assim. Todos da casa dormiam. De menos o seu pai, este, assistia a TV, o único momento do dia em que mantia tranquilidade. O chão estava frio, e Sandy se arrempedera várias vezes por nunca ter comprado uma pantufa antes. Quanto mais a menina se aproximava do portão, o barulho ficava mais distante. "Estranho" pensava ela. Se seu pai ouvira os barulhos? Nada de nada. O pobre homem já havia apagado no sofá. Parece que todos da casa tiveram um dia exaustivo.
Com a distância se diminuindo, a imaginação de Sandy estava aflorando. Não sabia o que esperar quando chegasse e abrisse aquela porta. Andando suavemente em direção ao porão, aliás, não gostaria de ver o que poderia acontecer com seu pai a vendo de pé em um horário desses, ela começa a abrir porta a com cuidado, para que qualquer coisa ou criatura que estivesse lá, fosse pego de surpresa.
Mas mal sabia a menina o que estava prestes a encontrar.