A Tal da Ex

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P.O.V JADE

Eu amo você.

Eu amo você.

Eu amo você.

Essas três palavras ficam na cabeça todos os dias desde que as ouvi da boca do Erick. Ele disse que me ama. Isso é tão esquisito, parece que tudo aconteceu tão rápido... E na hora que eu ouvi isso, eu apenas travei e não consegui responder.

Eu gosto desse babaca. Gosto muito. Mas não posso chamar de amor, eu acredito que amor é o tipo de coisa que vem com o tempo. Eu estou sim apaixonada por ele, ao ponto de sentir um ciúme fora do normal, de querer quebrar a cara de todas as piranhas que ficam se assanhando para o lado do meu babaca.

- É muito feio encarar rapazes gostosos e indefesos enquanto eles dormem.- Escuto a voz rouca do Erick e saio dos meus pensamentos.

- Gostosos? Você no máximo dá pro gasto seu convencido.- Falo debochada.

- Você não me disse isso ontem quando meu Batpau estava brincando na sua Batceta!- Começo a rir que nem doida, que porra de nomes são esses?

- Você precisa parar de chamar nossas partes íntimas assim...- Falo quando consigo me recuperar do ataque de risos.

- E você precisa vir aqui me beijar.- Ele diz com um biquinho fofo.

- Ainda não escovei os dentes.- Falo e me preparo pra levantar.

- Eu não ligo...- Quando dou por mim já fui puxada de volta pelo braço bom do Erick e acabo caindo por cima dele, ele me encara e não resisto olho olha sua boca tão convidativa.- Viu? Eu te amo até com bafo.- Prendo a respiração, ele precisa parar de dizer essa palavrinha que começa com 'A'.- Agora você vai me ajudar a tomar banho.

- Não me lembro de estar sendo paga para cuidar de você.- Respondo só pra irritar mesmo.

- Achei que abusar do meu corpo já fosse o suficiente.- Ele responde de volta.

- Eu nunca abusei de você seu babaca!- Ele ri.

- Não? E ontem quando você não quis me deixar dormir porque estava querendo brincar de montar foi o quê?!- Ele se finge de indignado e eu reviro os olhos.

- Você não reclamou quando eu quis treinar minha montaria em você.- Respondo antes de sair da cama.- E você se instalou no meu quarto porque quis, tem que pagar aluguel de alguma forma...- Debocho e vou em direção ao banheiro.

- Você tem sorte de ser tão gostosa... Porque é mais grossa que o meu pau!- Ele resmunga e não consigo controlar minha risada.

Parece que desde que contei ao papai sobre o casamento Erick ficou mais leve, acho que no fundo ele estava com peso na consciência tanto quanto eu... É engraçado porque em toda minha vida eu nunca imaginei que um dia estaríamos tendo essa coisa maluca.

Chego ao meu banheiro e tiro a camisa que usei para dormir. Abro o chuveiro e o contato com a água quente me faz fechar os olhos de satisfação, ser bem fodida sempre cobra seu preço no dia seguinte, nada gritante mas sempre fica aquela dorzinha pelo corpo isso porque ele está com um braço imobilizado.

Eu fiquei tão desesperada quando meu pai começou a bater no meu babaca, mas o outro babaca do Lucas me abraçou e não me deixou sair do lugar, mamãe tentou parar meu pai também mas não resolveu, eu achei que ele fosse mata-lo e fez meu coração quase parar de bater de desespero. Depois o vi no hospital naquela cama e senti uma culpa enorme por ele ter ficado daquele jeito, eu não conseguia nem o olhar por muito tempo, sem saber o que fazer...

Fico parada olhando para a água que cai em meu corpo tentando entender o que está acontecendo comigo. Em meus outros relacionamentos eu nunca me senti assim, nem mesmo com o Gabriel... Mas com o Erick parece que é tudo tão novo e intenso que eu não sei nem como agir perto dele, eu odeio me sentir assim. Mas as vezes eu penso se o amor pode ser algo parecido com isso, vou ter que conversar com a tia Suzi!

Incontrolável Salvatore - Livro 2Onde histórias criam vida. Descubra agora