Cap 33

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POV.Ally

Eu encarava com fervor as esmeraldas a minha frente, enquanto sentia o aperto de suas mãos sobre a minha coxa passarem de vez em quando para a minha cintura, mas nunca passando despercebidos. Peter estava andando pela lagoa e de vez em quando a água gelada,mas assim mesmo confortável, vinha nas minhas costas e causando mais arrepios do que ele sozinho fazia.

- Você pode soltar por algum momento essa coisa que você está segurando?- Peter pergunta para mim, de nenhum modo delicado e tirando-me dos meus devaneios para prestar atenção  totalmente no que ele falava. Tinha certa ideia de qual era a intenção dele em me fazer soltar o cristal, fazendo-me ponderar um pouco para finalmente me render.

- Me leve para perto da beirada e eu soltarei essa coisa que estou segurando-digo com um tom meio brincalhão  para ele que logo captou a essência.

Um breve sorriso apareceu após eu ter dito para ele que estou disposta a soltar o cristal, a questão toda é que com Peter eu não poderia abaixar a guarda nem por um minuto, pois se eu fizer isso acabarei entre quatro paredes e com certeza sem nenhuma roupa.

- Satisfeita?- ele me provoca ao ficar perto de uma das beiradas da lagoa, fazendo com que assim eu deposite o cristal sobre a terra firme e sem nenhum traço a mais de água.

- Quem sabe?- pergunto baixinho voltando com minha mão,agora livre, indo direta para seus fios de cabelo enquanto minha outra mão vai até sua clavícula dando algumas carícias no local.

- Estou suspeitando que esteja querendo me tentar, devo ficar preocupado?- pergunta com a voz um pouco alterada, mas de um jeito totalmente bom, fazendo o timbre combinar com o espaço do local.

- Quem sabe?- pergunto novamente apenas para provoca-lo.

O que parece ter dado muito certo, pois em seguida suas esmeraldas tomam um tom mais escuro e seus lábios avançam contra os meus me fazendo devolver com a mesma intensidade, nossa sincronia era algo anormal e que eu admito nunca ter tido nada assim com os garotos que um dia eu beijei. Nós dois a todo o momento disputávamos quem comandava o beijo e a cada vez mais um exigia mais do outro.

Sinto suas mãos saírem de minhas coxas e eu tive que firma-las em sua cintura para assim sentir o seu toque começar a rodear o meu corpo, deslizando seus dedos pela minha pele expostas e de vez enquanto exercendo uma força maior e eu não fico para trás, pois a mão que estava em seus fios começa a descer junto com a que estava na clavícula, indo ao contorno de seus músculos e explorando eles. Uma guerra entre nós dois, tanto para saber quem conseguiria controlar o beijo e quem conseguiria explorar mais e mais o corpo do outro.

Ele toca sua mão nas minhas costas e a toques leves vai subindo aos poucos, me fazendo arquear meu corpo ao sentir o arrepio em minha total extensão. Peter Pan não é idiota, ele sabe o que faz e sabe muito bem onde tocar e como agir para assim o meu corpo dar exatamente a resposta que ele quer. Uma coisa que ainda não consigo fazer infelizmente.

O que está acontecendo entre nós dois agora não é simplesmente um mero beijo para lá e para cá, como havíamos dito há um tempo. Se fosse apenas isso as coisas não estariam como estão e eu nem quero imaginar o que pode acontecer se eu deixar a situação continuar, mesmo que minha mente e meu corpo anseiam por isso.

- Pare de pensar um pouco- ele diz ao interromper nosso beijo com leves mordidas entre meus lábios, me fazendo encara-lo com a sobrancelha levantada.

Os pingos da água caiam pelos fios de seus cabelos que se encontravam na frente de seu rosto, me fazendo acompanhar cada um deles que ia de encontro à água da lagoa. Nossas respirações ofegantes era a coisa mais ouvida no local, mais até do que a cachoeira.

No coração de NeverlandOnde histórias criam vida. Descubra agora