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     Castiel

      Abro a porta e Dragon entra correndo em casa, sua coleira sendo arrastada pelo piso. Nathaniel estava bebendo água na cozinha.                              
     — Pode encher a vasilha dele?
     — Uhum... — e assim ele faz enquanto fecho a porta. Dragon bebe a água com gosto, estava com sede. Penso que cada vez mais ele ficava próximo de um cachorro, e isso me deixa um pouco feliz? Eu não sei. Por que eu to "preocupado" com esse tipo de coisa? Aaaah, eu vou é tomar um banho. Me levanto, e pego a toalha na porta do quarto e vou ao banho.
     Depois de um tempo, já posto alguma vestimenta saio do quarto e olho para ele que usava o celular.
     —Ei, bora sair pra comer?
     Finalmente ele tira os olhos da telinha, me olhando.
     — Onde?
     —Tem um restaurante chinês aqui perto...E..Eu mataria por um Yakisoba....
     —Tudo bem.
     Ele deixa o celular de lado, e se levanta, se direcionando ao quarto. Vou até a cômoda e pego a minha carteira.
     —Vamos antes que cometa um crime....
     Abro a porta para ele, observando que tinha trocado de camisa. Fico girando o chave do apartamento até chegarmos no restaurante e sentarmos em um mesa. Não perco energia levantando o menu, sabia o que iria pedir, Yakisona vegetariano.
     —Então....Do que quer conversar?
     Ele abaixa o menu, me encara pensando um pouco.
     —Não sei se temos algum assunto... — ele se encosta na cadeira.
     —Quer falar sobre algo?
     Como eu tenho essa mania de não pensar duas vezes...
     —Porque não sai da casinha?
     Ele corou, que fofo.
     —Não vamos falar sobre isso...
     Humf.
     —Porque nunca teve alguma animal de estimação? — mudo de assunto.
     —Minha mãe é alérgica e o resto da família não gosta...
     —Bem....
     Faço o mesmo que ele, encosto na cadeira.
     —Sua vez....
     —Hmm...
     Ele pensa, jogando o cabelo para trás. Desgraçado...
     —Porque é emancipado?
     —Ah....Gosto de ser independente.
     —E seus pais não se importam? — interessado, ele apoia os cotovelos na mesa, que por sua vez, apoiavam o queixo.
    —Meio que eles viajam sempre, então...Eu já meio que morava sozinho.
     —Ah...Entendo. Sua vez.
     Eu realmente preciso começar a ter aquela vozinha que chamam de consciência. Não sei se minha loucura matou ou sei lá. Mas puta que pariu...
     —Porque não denuncia seu pai?
     Ele arqueja a sobrancelha, e coloca a sua mão em teu rosto. Desaprovando.
     —Castiel....
     —É sério.
     —Faça outra pergunta.
     —Não.
     —Eu já te respondi.— ele bate a mão na mesa — Não vou voltar a discutir sobre isso.
     E ponto final. Era muito cedo para saber.
     — O que vai querer do menu?
     — Yakisoba.
     — Vegetariano?
    Faço um sinal ao garçom.
     —Não.
     —Qual carne?
     —Frango.
     E faço o pedido. "Climão entrou no grupo".
     —É você...
     Ele se encosta novamente na cadeira e suspira.
     —Sem criatividade...
     —Sabe cozinhar?
     —Não... Última vez que fiz macarrão instantâneo pra Amber ela nunca mais pediu comida pra mim.
     —É um fucking  Cupnoodles— falo entre risos.
     —Só preciso de mais um pouco de prática, ok? — ele fala rindo — As instruções não estavam claras. Não dizia a potência do microondas.
     —Retardado.
     Depois de um tempinho os risos cessam.
     — Você sabe?
     —Eu moro sozinho. Eu PRECISO saber pelo menos fazer miojo.
    —Então eu tenho desculpa por não saber cozinhar.
     Penso em outra pergunta.
     —Filme favorito?
     — Hm...Procurando Nemo.
     — Ok...Por essa eu não esperava.
     — Ahn...não sou muito de assistir filmes. Foi um dos poucos que assisti.
     — Seu Kid.
     — É um filme respeitável...
     — Prefiro Procurando Dory.
     — Nunca assisti.
     — Nós temos que assistir.
     — Hm...Quer embalar o Yakisoba para viajem?
     —Boa ideia.

     Finalmente, o filme passa para a televisão e Procurando Dory começa.
     — Achou? — Nathaniel pergunta, se sentando no sofá e me entregando minha comida.
     — Shhh...
     Eu já tinha assistido. Não estava muito interessado, na verdade. Observava a reação dele em algumas parte. Isso valeu a pena. Pequenos comentários e piadas. Isso me entreteu. Fora isso, estava entediado, já que Nathaniel prestava atenção...hm...
     Ele escorrega do sofá para o chão, se espreguiçando e logo se sentando.
     Vocês não vão ganhar de mim, pensamentos gays...Ah, foda-se.
     Olho para ele e resolvo investir. Já deitado com as cabeça em algumas das almofadas e as pernas caindo pelo braço do sofá, me proximo um pouco do seu pescoço, deixando a minha respiração quente lhe dar arrepio.
     Ele tenta, tenta continuar prestando atenção, mas os pelos da sua nuca diziam o contrário. Então ele iria dar uma de difícil? Ok...
     Aos poucos me aproximo mais, arriscando...Roço os lábios e dou um beijo na base do seu pescoço até o ombro.
     — Castiel....
     Gosto de como fala meu nome sussurrando. Continuo a dar beijos em seu pescoço.
     — Se não se sente confortável, seja livre em me parar....Se você não gostar—vou chegando ao seu ouvido— O que eu acho dificil....—Sorrisinho de canto da boca.
     E ele se entrega, desistindo. Bom garoto.
     Virando o rosto para mim, ele sela seus lábios com os meus e botando as suas mãos na linha do meu queixo enquanto seus dedões acariciavam a minha bochecha.
     Não consigo não sorrir e descer as minhas mãos até a sua nuca, me aconchegando com ele e concentrando no beijo. Ele sobe ao sofá, se pondo por cima de mim. Suas mãos começam a envolver o meu tronco. Me deito no sofá novamente, puxando a sua camisa, mordo o seu lábio. Suas mãos rapidamente tiram a minha jaqueta e a jogam no chão, suas mãos estavam delineando o meu corpo por baixo da camiseta. Sentia o corpo do Nath esquentando, sua pulsação acelerando e sua respiração se tornando descompassada. Danadinho, penso.
     Com um movimento faço que ele fique embaixo de mim. Afasto e sorrio um pouco, olho pra ele....Olhando a minha presa. E ele entende o olhar. Pega meu colarinho e me puxa de volta. Começa a beijar do canto da minha boca até a mandíbula, segurando, firmemente, a minha nuca.
     Deixo as minhas mãos passarem por baixo da sua camisa e aos poucos vou tirando. Pego o controle e desligo a TV. Afastamos e tomamos ar, ofegantes e voltamos a beijar, aproveito o beijo entre mordiscadas. E ele apalpa a minha calça, até desabotoá-la.

     (Vcs querem que chegue até o fim?...)

Não PossoOnde histórias criam vida. Descubra agora