de corpo e alma a dor da calma

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Separo a quantidade necessária para me fazer alucinar, para fazer me esquecer, com um cartão ajeito tudo e depois é hora do show.

Fico chapado em dores que me deixaste, sentindo tudo isto de corpo e alma na dor da calma.

Estou sozinho em meu quarto, apenas envolvido em tudo aquilo que me destrói, é assim que tenho vívido.

Faz tanto tempo que não sinto o teu corpo colado ao meu, tenho saudades disso eu admito, mas não era algo que eu poderia evitar.

É nestes minutos que se parecem em horas que a dor se instala mais e eu a aceito de braços abertos sem questão alguma, chorando oceanos na esperança que um dia nos reencontremos.

Todos se perguntam como ficamos assim, nossos corpos que costumavam ser colados agora tão separados, poderíamos ser amantes como inimigos mas sempre voltavamos ao início.

Mais uma linha doce para fazer me entrar noutro mundo, mais outra para talvez esquecer que um dia existimos.

E então a última para acabar com tudo, sentindo o meu corpo a pulsar, sem saber racionar, onde tudo está zonzo.

Tudo isto deve ser um pesadelo ou uma alucinação minha, meus olhos dilatados e cansados querem se fechar, mas forço o meu corpo até à cama, deito me na mesma e com a mão esquerda alcanço a minha 'bolsa feliz'.

Retiro o necessário e começo a 'sopa alegre', enrolo numa mortalha e fumo. Inalando as dores do meu corpo e alma.

Talvez esteja a matar me mas não me importo, eu só quero acabar com tudo de vez, eu estou a perder a minha cabeça depois que te perdi.

Todos eles falam que isto é tudo exagerado, mas nenhum deles te amou como eu amei, nenhum deles está a passar pelo que eu passo.

Para uma pessoa que desde pequena sempre teve um muro em volta a todos os sentimentos, rebaixa-lo e deixar entrar alguém causa o grande estrago e tudo piora quando a pessoa faz questão de destruir tudo isso.

Ir-se embora com uma mensagem e um sorriso na cara, enquanto eu ficava ali estático no momento, tudo isso me impulsionou para que doesse mais.

Tudo isso me empurrou contra os demônios que me pegam hoje, confiei demais, deixei que o meu amor fosse exposto e fui magoado.

Eu sabia os riscos e por ele os cruzei e ignorei, olha agora como eu estou? Devastado enquanto ele? Bem ele esta feliz, com uma garota bonita.

Trago as magoas e deixo o fumo escapar, a campainha toca. Eu desço cambaleando, ainda segurando aquele doce cigarro. As paredes parecem tão perto de mim, esbarro por entre elas.

As escadas são o maior obstáculo do meu corpo neste momento, esforço-me para não cair. Quando finalmente chego na porta tento não demonstrar o meu estado.

Jaehyun.

-" Hey, passei por aqui e pensei em te visitar, posso?"- o loiro falou e o cumprimentei dando espaço para ele entrar.

- Entra, fica à vontade - sorri timidamente e o vi indo até ao sofá'- queres beber algo?-

-Aceitava -ele deu uma risadinha enquanto me seguiu até à cozinha - Parece que alguém se divertiu hoje não é Jeon?- apaguei o cigarro e abri a geladeira.

- Verdade, mas estou bem, ou não?- ironicamente respondi.

- Nem falo nada Jeon, sabes que não sou fã desse teu pó, uma coisa é a sopa feliz outra é o pó.- O loiro encarava-me sério. - Já se fazem uns anos, devias parar..-

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