Capitulo 5

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Capitulo 5

A noite começou a cair repentinamente e Pedro notou certa diferença no tempo em que o dia durava ali, a noite parecia ser mais longa que o dia, olhou pela janela da sala onde estava o sol se escondendo atrás das arvores, o vilarejo ficava no meio de muitas arvores, e em volta da casa onde ele estava havia muitas outras, bem simples feitas de madeira bruta e cobertas por folhas que Pedro não soube distinguir do que era, já era noite alta quando alguém veio falar com ele.

- Pelo que vejo você esta bem – o homem o analisou um pouco em silêncio para depois completar – Sua amigas ficara bem, ela é forte, vou enviar alguém com alimentos e água pra ti, pode dormir naquele quarto ali – disse o homem apontando para outra sala – o mestre da aldeia deseja falar contigo amanha na primeira luz da manha!

- Obrigado – foi tudo que Pedro conseguiu dizer após tudo o que ocorrera.

De fato ele estava muito cansado e sem entender de muita coisa, no momento em que alguém entrou um pouco de comida e água, mas sem dar atenção a ele, apenas deixou em cima de uma mesa e partiu, Pedro comeu de bom grado e a comida estava realmente boa, após isso jogou um pouco de água no rosto e desabou de cansaço, o sono veio logo em sem sonhos, sem pesadelos também o que empatava as coisas. Alguém veio acordá-lo antes do nascer do sol.

- Levante-se e vá até o centro da aldeia.

Aquilo pareceu a Pedro uma ordem bem clara, e foi assim que fez ainda bocejando e sentindo a roupa grudando em seu corpo, a noite estava quente, tomou um gole de água e saiu para o meio do vilarejo, onde havia uma estaca bem no meio e um homem vestido todo de preto e com um capuz que tapava totalmente sua face, mas os olhos brilhavam na escuridão, havia uma fogueira que pelo visto tinha ardido em chamas pela noite toda, no momento em que os raios de sol começaram a aparecer por entre as arvores o homem tomou a palavra.

- Reunimos mais uma vez aqui, irmãos e irmãs – as pessoas prestavam atenção e com muita devoção para o homem de preto – para reverenciar aquele que nos traz calor e nos livra dos perigos da noite, o astro mor: todos saúdem o grande sol que nos da à dádiva da vida mais uma vez.

- A dádiva da vida mais uma vez – todos repetiram ao mesmo tempo curvando suas cabeças e logo em seguida ouve uma salva de palmas enquanto alguns trocavam abraços de bom dia.

- O mestre ira falar com você agora – alguém disse a Pedro e apontou para o homem que recebia abraços e apertos de mão em meio a todos, o homem de preto.

Pedro aproximou-se do homem com reverencia, ao que parecia ele mandava em tudo por ali, ficou olhando distante por algum tempo até ver os últimos que o saldavam saindo para os afazeres do dia, os raios de sol já tocavam o centro do que Pedro considerou ser uma praça para reunir as pessoas, a fogueira começava a apagar.

- e tu quem és forasteiro – disse o homem enquanto abaixava o capuz, revelando um homem calvo e de pele escura, olhos firmes e uma barba rala cobria seu rosto – de onde vens a para onde vai? – completou o homem.

- Eu me chamo Pedro, e não sei de onde vim, digo sei, mas não sei como vim parar aqui, nem pra onde vou – disse e abaixou a cabeça tentando colocar as idéias no lugar.

- para quem esta perdido qualquer caminho é bem vindo - o homem disse com voz aguda – mas como mestre desta aldeia pacifica não posso deixar que traga a guerra para nós, eu torço para que não tenhamos feito isso ajudando sua amiga Amanda, nós nunca recusamos ajuda, mas não participamos das guerras do mundo lá fora.

- Partirei assim que puder.

- Ficara mais hoje, tivemos mensagem do oráculo ontem, ele quer te ver e falar contigo, não sei como ele soube que estava aqui, e não importa, ele deve chegar ao entardecer, enquanto isso você esta livre para andar por ai, mas fique longe de problemas.

- Obrigado – Pedro disse cabisbaixo e voltou para a casa onde passara a noite.

Ao adentrar pela porta viu uma mesa posta com o desjejum da manha, e 2 pessoas sentadas ali uma terceira cadeira vazia, onde ele foi convidado a sentar-se para fazer o desjejum, os dois que estavam sentados eram os donos do casebre e apresentaram-se, porem Pedro não entendeu os nomes e ficou em silêncio, após o desjejum voltou para a cama sentia-se muito cansado, isso foi tudo por aquela manha.

Crônicas do reino perdidoOnde histórias criam vida. Descubra agora