Capitulo 4

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Capítulo 4

Os primeiros raios de sol despontaram em um novo horizonte e Pedro estava exausto, mas respostas tinha de ser obtidas quaisquer que fossem os custos de tais respostas, então colocou-se de pé e sentiu novamente a cabeça latejar, mas aquela altura não podia se dar ao luxo de continuar parado no mesmo lugar, ele tinha que caminhar, tomou mais alguns goles de água do córrego e observou o sol subir no horizonte, somente então deixou que a fogueira se apaga-se por completo, espalhando os gravetos pelo chão, mais uma olhada ao redor e deu os primeiros passos, colocou a mão no peito e sentiu por baixo de sua camisa o colar, deixou ali e a caminhada continuou, havia muitas folhagens de modo que ele as tinha que ir retirando do caminho conforme ia passando por elas, seguiu assim por algum tempo até encontrar uma pequena trilha entre as arvores "existe um caminho, e se existe um caminho deve levar a algum lugar" pensou consigo mesmo, e por aquele caminho começou a seguir, mesmo sem saber onde ia dar, no entanto sabia que a maioria das jornadas começava daquela maneira, e se havia algum lugar, então ele deveria achar.

A jornada começou, ao ser dado o primeiro passo pode ser tarde demais para voltar, mas também para onde voltar? O certo parecia seguir em frente, foi meio cambaleante no começo até que a mente pareceu começar a retornar para o seu devido lugar, começou a ignorar a dor do pequeno corte em sua cabeça e seguiu, caminhou por muito tempo naquela trilha ouvindo o som de poucas aves e outros animais que por ali passavam, vez ou outra cruzando seu caminho, um belo lugar, até que a trilha chegou a uma estrada um pouco mais larga, direita ou esquerda, pra quem não sabe qual caminho seguir qualquer um serve, seguiu a esquerda e assim foi, a estrada era bem pequena, não cabiam dois carros lado a lado, era coberta por arvores aqui e ali, mas os raios de sol estava cada vez mais alto, durante o caminho encontrou algumas plantas parecidas com amoreiras, venenosas ou não ele tinha fome, o que não mata apenas nos torna mais forte, comeu algumas, colheu outras e prosseguiu em sua caminhada, neste momento o sol já estava a pino e fazia muito calor, foi então que tirou sua camiseta e prender a cintura.

Continuou pelo seu caminho torto por mais algum tempo quando ouviu alguns gritos que não conseguiam distinguir daquela distância, mas se tinha gente podia ter ajuda ou não, quem sabe, seguiu com a prudência ou seria medo? Ainda assim foi, e quando começou a aproximar-se do que seja o que for que estava acontecendo decidiu seguir por fora da estrada em meio as arvores pé ante pé chegando o mais perto que podia do que acontecia, ficou escondido atrás de alguns arbustos e conseguiu ver o que acontecia, havia umas 10 pessoas ao redor de duas mulheres armadas com adagas, prendeu a respiração e ficou em silêncio tentando entender o que estava acontecendo.

- Você teve todas as chances para escolher irmã, esta é a ultima venha para o lado que vai vencer – a voz da garota era autoritária embora ela aparentasse ser muito nova.

- Escolher o lado que vai vencer? E se o lado que for vencer estiver errado querida irmã, já se questionou a respeito disso? – disse a outra garota, esta era loira e também aparentava ser nova, sua voz tinha um tom suave e parecia um tanto quanto enfraquecido.

- Se esta é sua resposta final, então eu lamento, mas sua fraqueza significa sua morte – dizendo isso a outra garota desembainhou uma espada curta que trazia nas costas.

- Que assim seja – disse a outra fechando os olhos e tirando da cintura um par de adagas.

O circulo foi aumentado e abrindo espaço para as duas garotas, Pedro começou a notar as características de ambas neste momento, a que usava espada tinhas cabelos longos e pretos como a noite mais escura, seus olhos também era negros e usava uma pintura facial, abaixo de seus olhos os deixando ainda mais negros, foi quando lamina tocou lamina e faíscas saíram pelo chão.

Crônicas do reino perdidoOnde histórias criam vida. Descubra agora