Capitulo 2
Nesta mesma época, um senhor muito respeitoso e temido por nós e muitos nos colocouem uma carroça, para nos levar para a cidade, para nos registrar
Pois tinha uma idéia de tentar a vida em outro lugar, nunca sabíamos de nada como disse só obedecíamos
Nós iriamos para o Paraná para a colheita
E me perguntava o que seria tudo aquilo, só ouvia os comentários sobre uma planta que após alguns processos se transforma em tecido. Nesta carroça mais parecíamos animais para serem vacinados ou algo assim
Ate que foi providenciado tecidos para que minha mãe costurasse roupas todas iguais para todos. Claro que no final faltara tecido
Sempre fui a mais chamativa, pois havia varias sobras de tecidos, e meus vestidos sempre eram o mais notado
Parecia mais o bobo da corte, mas estava linda
Como nao tinhamos praticamente nada, finalmente partimos em viagem, foi muito tempo de onibus e trem
Minha mãe passou muito mal, tinha enjoos durante a viagem
Eu muito inocente, nao entendia a parada e irmos a um albergue em meio a tanta gente esquisita
As paradas sempre foram devido a falta de dinheiro, por fim chegamos
Um lugar terrível, e tenebroso, chegou o frio me lembro da geada para nao morrer de frio, dormiamos todos juntos no chqo para nos aquecer uns aos outros, havia sempre uma fogueira no meio daquele comodo chamado de sala, feito de chao batido
Colocavam tudo sobre nos para tentar aquecer.., exemplo colchao de palha etc
Tudo que queria erav que nao demorasse para amanhecer para levantarmos e sairmos para o tão esperado sol e acender a fogueira
Mas como enganar o estomago que roncava, sempre com muita fome
Era época de abacates, nós nos juntávamos em volta ao pé e comíamos todos que conseguiamos apanhar
Sempre meu irmao José, que trazia algum para mim, costumo dizer que parecia garimpo a procura do ouro
A plantaçao toda perdida, pelas fortes chuvas e geadas, a situação piorou se é que isso ainda fosse possivel
Para nos alimentarmos eram apenas raizes como mandioca e batata. Todos foram para o cafezal, minha mãe era a primeira a se levantar, coitada, qualquer tipo de comida tinha batata
Aprendeu-se a fazer pão de mandioca e de batata
Ela sempre acompanhava atras do senhor que nós chamávamos de pai, ela usava saias longas , por baixo uma segunda calça, tinha os cabelos negros e longos, tinha um jeito todo simples porem determinada, do que se tratava dos filhos
Nunca dizia uma palavra vivia calada.
Eu ficava em casa com as recomendações dos afazeres da casa, como tirar água fresca do posso e fazer comida para todos da casa, nem altura eu tinha bpara alcançar os grandes tachos
Minha mãe com seu jeito simples me fez um banquinho, para que eu pudesse alcançar, principalmente o fogão. As vizinhas me ajudavam a puchar o balde do posso, lavava as roupas
Todos se adimiravam e comentavam com a minha mae, uma garotinha tão pequena cinco anos, capaz de tantas coisas
Eu ficava toda feliz, porque ao menos um pouco eu era notada, e minha mae dizia que se orgulhava de mim, e com isso só me motivava mais e mais, sempre quis dar o melhor de mim
Qualquer coisa para alegrar a minha mãe, pois era muito sofrida, pobre...
Um dia eu a encontrei costurando algo e quis saber o que era, sempre fui curiosa para aprender
E ela me prometeu que quando ficasse pronto eu seria a primeira a saber...
Apos alguns dias, para a minha alegria, minha mãe tinha feito uma bonequinha para mim, e era só para mim. Era feita de pano, muito caprichada, com cabelos de tom preto na boca ela usou linhas vermelhas semelhantes a batom, tinha um vestidinho costurado na maquina que fazia nossas rouopas
Eu pulava de alegria, pois era minha filha, metade de mim
Fiz um ritual de criança mas a batizei de Katia
Era tudo que eu tinha, minha relíquia,tal situaçao, mudou radicalmente minha vida , pois mesmo na pouca idademe achava mãe da Katia, sempre carregava ela junto comigo em todos os afazeres , lembrando que quando eu preparava as marmitas para todos que estavam na roça, um dos irmão vinha buscvar , pois era impossivel eu levar devido ao peso
Após isso eu limpava toda a casa, e adiantava o jantar para minha mãe, que fazia questao de fazer
Quando tinha oportunidade falava com uma ou outra vizinha e eu a ouvi dizer o que seria dela sem mim
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Cale-se!
Non-FictionUma história real, redigida pela própria personagem, que conta a superação de estupros dentro de sua própria família A sua comercialização para um casamento abusivo Uma história chocante, real, emonionante,com a superação e as voltas reais que a vid...