Ele saiu eu fui para o banheiro, com muito medo, mas não tinha condições, tinha feito até coco por tamanha crueldade. Qualquer barulho, já estava chegando os demônios em minha cabeça . Com muito custo, consegui voltar para cama
De dia e de noite ele me fazia a mesma pergunta, para ver se batia as versões, e se eu me contradizia. Eu já tinha coragem para falar e respondr todas as perguntas , porém ele não acreditava, e isso durou três noites consecutivas
Foi então que me lembrei das outras irmãs, e que o velho havia engravidado uma das filhas do seu primeiro casamentoe que existia essa irmã , com o filho do velho, que seria pai e avô
E a irmã que havia tentado impedir o casamento sabia da história,sendo assim, ele foi confirmart minha história
Depois de alguns dias, que estava me recuperando junto a minha mãe, ele voltou de viagem , com toda a história e muito mais ciente . E quis me devolver, mas, não teve acordo. Quando se deu conta que eu mesmo criança, era prendada , foi amançando , porém eu tinha nojo dele, da família dele que eram tão negativos , pessoas do mal
Levou-me ao medico, que deu o laudo sem nem me examinar , só fez a pergunta se eu já tinha feito sexo , e como sempre minha cunhada Maria Leite (conhecida como Fia) já havia cuidado de tudo
No dia quatro de abril de 1981, pela manhã, nos casamos, ou me casaram, no interior, , fez questão de bancar os comes e bebes.Eu fiquei trancada no quarto com a minha mãe, pois ele já era doente de ciúmes, o Paulo passou a me ter como um objeto sem vida, porém sua obsceção por mim era doentia ao ponto de me proibir de viver, desconfiava de tudo, não podia ver televisão ou ou ouvir o rádio n, usar os cabelos soltos, sempre com um coque , só soltava quando estava a sós , ao se deitar, só usava vestidos compridos de chita, ridículos
Tudo que precisava em uma casa, era ele com a família dele que compravam. Muitas vezes aos gritos, jogava a a refeição no mato que tinha em volta da casa, e me ordenava a fazer outra . Teve um dia, que chegou na ponta dos pés e me pegou vendo televisão com a minha mãe , e me humilhou verbalmente, como sempre fazia, para piorar me puxou de lado e enfiou os dedos dentro de mim , para verificar se eu estava excitada
Toda vez que ele saía, ele levava a chave de casa, já estava acostumada a ficar trancada, quando precisava lavar roupas, ir até o varal tinha sempre alguém da família dele para me vigiar. Tinha um dia da semana, todas as sextas feiras que a velha, minha sogra, fazia sessões de magia negra, eu tinha que assistir tinha muito medo, daqueles rituais e me via, nas mãos deles , procurava sempre olhar para o céu e dizer baixinho, reza, reza, reza , eu falava com Deus , mesmo sem nunca ninguém ter me falado dele, só sabia que existia um Deus
O tempo foi passando, e as coisas só pioravam, minha casa era diariamente invadida, principalmente pela minha sogra, a velha sentia prazer em me humilhar, dizia sempre: ‘’Pobre do meu filho, coitado , tinha que ter se casado com uma mulher de verdade, não isso... Ainda trás uma aleijada junto’’
Minha mãe tinha uma aposentadoria que naquela época fazia diferença para aquela gente . Eles usufruíram da minha pobre mãezinha
Aos finais de semana , eu amava, pois o Paulo saia na sexta após o trabalho, e só voltava no domingo, morto de bêbado e fedendo, e minha sogra dizia toda orgulhosa :‘’Homem que é homem, tem que honrar as calças, uma dentro de casa, e sete na rua...
Certo dia a velha me colocou na frente para andar, era sempre assim, eu na frente e ela atrás vigiando, me seguindo, estava indo ao médico para saber o porque de não engravidar. Segundo o médico, a explicação foi que eu tinha útero infantil, isso foi mais um motivo para acabarem comigo, pois nem para isso prestava, nem para gerar um filho... E deram fim na minha bonequinha Kátia...
O médico disse que tinha que esperar, pois viria com naturalidade, e que meu organismo iria agir no momento certo...
O tempo se passava, as tentativas frustrantes das visitas da minha irmã, as cartas que nunca me entregaram, assim cheguei aos meus 14 anos, quando me vi grávida, e isso excitou ainda mais o Paulo, não respeitando meus enjôos e cólicas, ele partia para cima
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Cale-se!
Non-FictionUma história real, redigida pela própria personagem, que conta a superação de estupros dentro de sua própria família A sua comercialização para um casamento abusivo Uma história chocante, real, emonionante,com a superação e as voltas reais que a vid...