Capítulo 3

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Capitulo 4

Com o passar dos dias de muita friagem, minha mãe caiu de cama, com fortes dores nas pernas. As condições eram precárias, os remedios todos a base de folhas
Entao alguns vizinhos evangelicos se ofereceram para orar para minha mãe, eu estava ao lado da cama  com ela. e as mulheres orando
Neste momento aquele senhor que nós chamávamos de pai, entrou dentro da casa furioso, expulsando a todos, mandou embora com varias ofenças
Quebrou algumas coisas dentro de casa, me deu um safanão e disse q eu era a culpada por aquele monte de desocupada estarem ali
Deitei com a minha mãe e choramos muito e ela disse
Tenha fé e que se levantaria daquela cama, ela nao conseguia nem dormir devido a dores nas pernas e então nao mais se levantou
Um dia o senhor teve de viaja, para procurar outro lugar para morarmos. Pois ali não dava mais . Então encontrei uma das mulheres que estava em casa orando outrora
Pedi chorando que fossem em casa pois minha mãe estava muito mal.Podiam ir pois estariam seguras
Foram denovo em menor número, elas oraram muito, e para minha surpresa, ordenaram  que ela se levantasse, me lembro que uma delas gritou ordenandoque se levantasse
E entao minha mae levantou e andou em volta dacama, em mim é como se eu visse esta cena hoje pois foi inesquecivel
Neste meio tempo, moramos em três cidades diferentes, na roça nada deu certo, e entao foi resolvido que voltaríamos a Minas Gerais
Um dos meus irmãos mais velhos, decidiu seguir seu caminho, e não voltou
E assim começou tudo denovo, ficamos de favor em alguma casa junto a outras familias, ate o senhor construir outro rancho, juntamente com meus irmãos. No meio do mato, parecia uma floresta, completamente distante da civilização, em todos os angulos era mato, e próximo a um rio
Desta vez nao economizaram nos bambus e capim, os bambus serviamde paredes e o capim a cobertura ou seja o teto
Aproveitaram e ja fizeram tambem o fogão , que era a coisa mais grotesca que se pode imaginar
Todos os materiais eram tirados da floresta. Nossa família era enorme porém não se sabia quem tinha menos..... Pois nao tinhamos nada
Nos mudamos novamente , minha mae fez alguns colchões de saco e encheu de palha de milho, eu nunca entendi, pois aquele senhor, dormia em uma tóra de madeira cerrada
Tomavamos banho no rio, ou em uma bacia atras de uma moita qualquer
o passar do tenmpo sempre alguma das irmãs ia embora , para o desespero da minha mãe , porém não se demonstrava sentimentos dessa forma
Eu tinha minha filha Katia para conversar, sempre me acompanhava, minha companheira de todos os momentos
Me vi com sete anos, ninguém festejava aniversários, dormíamos cedo e cedo eramos levantados para os afazeres
Odiava lavar panelas gigantes , enferrujadas eu tinha que lavar com areia e uma folha dura e cortante
Eu ja aguentava levar a comida na roça pois tinha crescido, andava 5 passos e parava cansada e questionava a Katia, que nunca me ajudava, ficava brava com ela
Ate que aprendi uma tática, andava com metade das marmitas ate metade do caminho, depois voltava buscar o restante
Eles comiam e bebiam agua que eles mesmo levavam cedo. Enquanto eles comiam sentados no cabo da enchada, eu brincava com a minha boneca, porem ja tinha deixado o feijao cozinhando para o jantar que minha mae ja recomendara voltar logo

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