Depois daquela conversa a única coisa que sabia falar era "Ruan", era "Ruan" isso, "Ruan" aquilo, e meus pais nem bobos nem nada, perceberam que ali tinha um sentimento a mais.
Foi quando no dia 31 de Dezembro, havia culto na igreja, era domingo. Quando ele chegou e eu o olhei sorrindo, minha mãe riu, como quem dissesse "ja entendi", mas ficou calada. Na hora de ir embora, Ruan foi cumprimentar meu pai, e ali ele também sentiu que havia algo a mais.
Ao chegar em casa, eu e meus pais começamos a conversar:
-Filha, e o Ruan em?
-O que tem, mãe?
-Ele é bonitinho né?
-Para mãe, ele é só meu amigo
-A gente ja teve sua idade filha...
-Poxa pai, até você???
-Fala a verdade, você gosta dele não gosta?
-Claro que não gente, nós somos amigos
-Assume filha, a gente te conhece!
-Não vou assumir uma coisa que não é verdade.E essa discussão durou pelo menos meia hora... Eles perguntavam e eu negava até a morte. Até que me cansei e acabei me rendendo...
-Ta bom, vocês venceram, eu gosto do Ruan sim! Felizes?
(Os dois riram) -Eu sabia, não sou bobo, ja tive a idade de vocês.
-Mas fica tranquilo pai, ja conversei com ele e expliquei que ainda não posso namorar... sei que vocês não vão deixar
-Ah... talvez com ele seria diferente
-Oi?
-Faz o seguinte, porque você não chama ele aqui amanhã pra almoçar com a gente... aí conversamos.
-É sério?? - Perguntei incrédula - Você ta brincando comigo?
-Não filha, pode chamar.
-OBRIGADA PAI!!!!! EU AMO VOCÊSE então, eu chamei ele. No dia seguinte na hora do almoço, toca o interfone, corri atender, era ele. Desci até o portão para acompanha-lo até meu apartamento, chegando la, peguei na mão dele e estava suando frio, ele tremia, estava tão nervoso que ria sem parar. Acalmei ele e entramos.
Almoçamos, e depois fomos para a sala. Todos no sofá assistindo a televisão, em silencio, Ruan não era o único nervoso e sem saber oque fazer ali...
-Então Ruan, você mora onde?
-Moro aqui na rua de cima, aquele prédio grande...
-Ah então é pertinho!
(Ele sorriu sem resposta, o silêncio tomou a sala de novo. Meu pai então respirou fundo):
-Bom, eu estava tentando disfarçar mas não sei como fazer isso, vamos logo ao assunto!Vou mentir se disser que lembro exatamente oque eles disseram, estava tão nervosa que só conseguia olhar para a TV e fingir que estava prestando atenção na conversa. Por fim, foi permitido o nosso mamoro! Confesso que nem precisamos esperar tanto, mas foram os meses mais longos e demorados da minha vida...
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Um amor inabalável
RomanceMeu nome é Maria, sou mãe de uma linda menina chamada Ester, professora de Português, casada com Ruan, um enfermeiro muito inteligente e amoroso, a melhor pessoa que eu poderia ter escolhido. Atualmente tenho 30 anos de idade,mas a minha história de...