𝐇𝐎𝐏𝐄.

처음 - Enfim juntos

Hope
by chasxtlantic

Capa por: SINGLWRTY

Boa leitura!
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Acordei, mas não completamente. Meu corpo gritava e implorava por ao menos mais alguns minutos de sono, e minhas pálpebras pesavam, apenas piorando minha situação.

Passei longos minutos encarando o teto branco, com manchas em tons de cinza em alguns locais, causadas pela chuva e umidade, tentando manter meus olhos abertos, e reunir coragem o suficiente para me levantar.

Eu, mesmo tendo acabado de acordar, sentia um cansaço e uma indisposição inexplicável. Tentei me mexer, e me levantar da cama. Afinal, tinha aula hoje. Mas após algumas tentativas, sentindo meu corpo dormente implorar para continuar ali, sem fazer nada para o resto do dia. Resolvi atender ao seu pedido silencioso. Melhor ficar em casa, do que ir a aula apenas para dormir lá.

Mesmo relutantemente, agarrei os edredons e cobertas sobre mim, e rolei pela cama, fazendo com que eles se enrolassem* em volta do meu corpinho sonolento, me deixando quentinho em meio a um rolinho de cobertores.

Mas, eu devia ter feito algum cálculo errado, não sei ao certo, mas eu acabei por rolar demais, e inconscientemente, caindo da minha cama quentinha, no chão frio.

Por sorte, os cobertores amorteceram a queda, mas minha cabeça, única parte do meu corpo que estava descoberta, acabou batendo contra o chão com certa força, me fazendo dar um baixo gemido de dor e choramingar, enquanto murmurava palavras desconexas.

Eu estava tão cansado, que a preguiça de me levantar era maior que a vontade de voltar para minha cama quentinha e voltar a dormir.

Como estava em uma posição que isso era possível, desviei meu olhar, que antes pairava sobre meu próprio nariz, e o direcionei a janela do meu quarto.

Ainda era de noite, e não havia nenhum indício de que iria começar a amanhecer em alguns minutos. Devia ser umas 03:00 horas da manhã, e chovia. Gotas finas de chuva batiam contra a janela fazendo um som tranquilizante, que pelo meu estado "meio dormindo e meio acordado", eu não havia ouvido antes. E praguejei baixinho ao notar que havia esquecido de fechar a janela completa na noite anterior. O que resultou em um chão molhado, e em um quarto três vezes mais gelado que o normal.

Me levantei do chão, com um desânimo quase palpável, e me sentei sobre a minha cama. Parei, observando a janela por alguns segundos, tomando coragem para ir até lá e a fechar. Esfreguei meus olhos,com as costas de minhas mãos cobertas por um moletom baunilha, tentando espantar o peso de meus olhos. Fiquei de pé, com as pernas fraquejando, e quando tentei andar, meus pés enrroscaram nas cobertas, me fazendo ir ao chão novamente.

Praguejei alto, com a voz embargada e estranhamente rouca de sono, e me levantei novamente, cambaleando um pouco para trás no processo.

Andei até a janela, a passos lentos e incertos, e a fechei. A água gelada passando por entre meus dedos dos pés me causavam calafrios nauseantes.

Após isso, vendo que eu não voltaria a dormir tão cedo assim, decidi tomar um banho. Talvez me ajudasse a raciocinar melhor.

Eu andei até a porta do banheiro, que havia deixado apenas encostada, e entrei. Encarei meu reflexo no espelho a minha frente, e ri do meu desastre. Havia olheiras enormes e roxas-esverdeadas em baixo de meus olhos, e minha testa estava mais oleosa que o normal. Sacudi minha cabeça em negação, e passei minha mão pelos meus fios de cabelo. Suspirei, e andei até a banheira, ligando a torneira, e a deixando começar a encher, enquanto eu me despia.