Quarta-feira a noite.
Uma chuva fina cai lá fora e Alex está deitado em sua cama vendo um filme na TV.
A semana começou intensa na agência e ele voltou a entrar na correria de sempre. Tenta abstrair um pouco.
Nisso, seu celular vibra ao lado. É uma mensagem.
Ele pausa o filme e o pega.
Margareth: Oi. Devo ir amanhã limpar sua casa? Não tem problema se não quiser que eu vá.
Alex sorri. Faz quase uma semana desde a transa que tiveram. Margareth finalmente resolveu se manifestar.
Alex: Oi, Margareth. Pode vir sim... se assim quiser. Fico agradecido. Achei que tinha desistido de mim.
Margareth: Mas queria deixar claro que só vou limpar a casa. Só isso! Se o senhor estiver aí, prefiro não ir. Vai trabalhar amanhã?
A culpa a atingiu em cheio, mas Alex acha que até seja melhor assim.
Alex: Não estarei aqui. Fique tranquila. Aliás, o que aconteceu entre a gente vai comigo para o túmulo. Não precisa se preocupar.
Margareth: Foi um erro. Não vai acontecer de novo. Nem quero falar mais sobre aquilo.
Alex: Tudo bem. Entendo. Deixarei a chave na portaria como sempre, tá? Obrigado.
Margareth: Boa noite.
Um certo alívio toma conta de Alex. Ele admite que, mesmo tendo sido uma rapidinha, possuir Margareth foi algo muito excitante. Seria até interessante repetir, porém a razão fala mais alto.
E ele tem que trabalhar melhor seus impulsos. Sabe que não é assim que ele vai conseguir manter a serenidade e o auto-controle que um Dominador necessita.
Sobre serenidade e impulsos, Alex se lembra da conversa de sábado com Hugo. Chega a sentir como se estivesse negando-lhe ajuda, já que parece estar fácil identificar onde o casamento do amigo chegou.
O problema para ele é se envolver com um assunto tão íntimo. Acha melhor se afastar e deixar que Cíntia e Hugo resolvam entre eles. Ainda mais depois de saber do interesse dela sobre o universo BDSM.
Nem quer pensar nisso.
Aperta o play novamente e volta a ver o filme.
******
No dia seguinte, Alex se prepara para almoçar. Arruma as coisas em sua mesa no trabalho e tenta encontrar a sua carteira. Se perde um pouco na bagunça de papéis que ele mesmo cria.
No bolso, sente o seu celular vibrar. Ele o retira e olha. Dessa vez é uma ligação.
Para a sua surpresa, é de alguém que ele não vê há muito tempo. Mais precisamente, desde o dia que ia viajar para Europa de férias, naquele fatídico encontro no aeroporto.
É Patricia!
Ele atende de forma hesitante. Não sabe o que esperar. Patricia simplesmente sumiu depois daquilo.
- Alô! Oi! Quanto tempo! - Diz Alex ao telefone, tentando mostrar entusiasmo.
- Oi, Alex... tudo bem? Estou te atrapalhando? - Diz Patricia, como uma voz comedida.
- Não! Não! Estava saindo para almoçar. Está tudo bem, sim... e vc? - Pergunta Alex, encontrando sua carteira debaixo de uma revista.
- Estou bem, também... na realidade, sempre tem alguns problemas, mas fazer o que, né? É a vida. Você se mudou daquele prédio? Fiquei sabendo. - Continua Patricia. Alex agora caminha pelos corredores da agência em direção ao elevador. Fica um pouco surpreso dela ter essa informação.
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Domini est
RomanceNa busca por encontrar a si próprio, Alex se muda de casa e de bairro e vai atrás de outras formas de alimentar seu desejo insaciável em Dominar. O segundo livro da trilogia Domini continua a narrar os dilemas e os prazeres de um homem na busca de d...