Imerso em pensamentos, Alex nem percebe o atendente da padaria se aproximar e colocar o café na mesa.
- Obrigado! - Diz ele, de sobressalto.
Enquanto da um gole na bebida quente, ele continua a repassar as histórias recentes da sua vida: Cíntia e sua submissão a distância, a calcinha deixada possivelmente por Joana em sua casa e a Patrícia grávida de Walter, com o suporte de Luciana.
Essa última, a mais absurda.
Nem procurou saber mais desde que esteve com a Luciana e Walter no último sábado.
E tudo isso sem contar o seu envolvimento com Margareth, que quase lhe rendeu uma briga com o marido dela
"Quanta merda!", pensa ele. Não é assim que imaginou levar uma vida de Dominador. Mas Alex sabe que tudo isso tem um culpado: ele mesmo!
Não que ele se sinta culpado dessas pessoas estarem se deixando levar pelos seus desejos sem pesar as consequências. São todos adultos e sabem (ou deveriam saber) o que estão fazendo.
Sua culpa vem de seu próprio descontrole em continuar se envolvendo com essas situações.
"Hora de dar um basta!", é a sua conclusão. Assumir as rédeas de seus desejos e ignorar os impulsos.
Nesse momento, ele nota uma mulher passar por ele. Uma loira que, mesmo de costas, lhe é familiar.
Ela pega uma garrafa de água na geladeira e se dirige ao caixa.
É a sua vizinha. A padaria fica no bairro onde moram.
"Taí!!! Uma gata dessas morando no meu prédio e eu me envolvendo com gente encrencada! Acho que está na hora de tomar um rumo!", ele pensa. Engole o resto do café e se levanta para ir em direção a fila do caixa.
A loira nem o notou ainda, mas ao se aproximar dela, o celular de Alex toca.
Ele tira do bolso e vê que é uma ligação do Hugo.
Automaticamente já pensa o pior. Olha pra loira e decide encostar em um canto para atender.
- Fala, tratante! - Diz Alex, tentando parecer o mais normal possível.
- E aí? Tudo bem, doido? Seguinte: quero você aqui em casa no próximo sábado! - Responde Hugo. Seu tom de voz amistoso tranquiliza Alex, mas o convite o deixa curioso.
- Claro... vou estar de bobeira, mesmo! O que está armando? - Continua Alex. Impossível ele não se lembrar de Cíntia e as trocas de mensagens que ele manteve com a esposa do amigo.
- Vai ter uma festinha... peraí, só um minuto... - Hugo responde e parece ter sido interrompido por alguém. Um calor instantâneo sobe pelo corpo de Alex. Talvez pela influência de seu caso com Luciana e Walter, ele não consegue impedir de imaginar que Hugo talvez tenha descoberto tudo e esteja convidando ele para um ménage com a Cíntia. Por mais que seja um pensamento absurdo, por um breve instante Alex tem um mini-pânico em pensar qual resposta dará se esse for o convite.
Logo, Hugo retorna.
- Opa, desculpa... estou no trabalho ainda. Então, é a festinha de aniversário do meu mais novo! Quero que venha aqui tomar uma comigo!
Um alívio toma conta de Alex.
- Claro! Claro! Vou sim! Que horas? - Responde Alex de imediato. Sem pensar muito.
- Ah, depois das 18h. Mas vem mesmo, hein? Sei que é festa de criança, mas vai ser bom tomar uma contigo de novo. - Continua Hugo.
- Sem problemas. Estarei aí, sim. No mais, tá tudo bem contigo? - Pergunta Alex, apenas para parecer simpático, mas com uma pontinha de curiosidade sobre a relação de Hugo com a Cíntia.
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Domini est
RomansaNa busca por encontrar a si próprio, Alex se muda de casa e de bairro e vai atrás de outras formas de alimentar seu desejo insaciável em Dominar. O segundo livro da trilogia Domini continua a narrar os dilemas e os prazeres de um homem na busca de d...