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- Estão liberados! Min Yoongi está perfeitamente bem, o que o possibilita assim de sair do orfanato e viver uma vida normal. - o juiz falou encerrando a sessão.

Para tristeza dos dirigentes daquela explunca, eu vou sair de lá finalmente.

Eles nunca quiseram que eu saísse daquele lugar, embora todos soubessem que e que sou um adulto e que não estou louco. Ou será que estou? Será que sempre fui?

Na verdade, sem a loucura que divertimento tinha a vida?

Desde que me lembro de existir, apenas tive uma ajuda, meu enfermeiro Kim SeokJin, o único que acreditou em mim, e que não acha que sou um doido qualquer. Ele também não se importou de conseguir um bom advogado, no caso o seu marido, alguém capaz de mostrar ao tribunal que eu sou normal. Ou pelo menos tento ser.

Kim Namjoon me ajudou a enfrentar aquele tribunal me dando todos os conselhos para agir corretamente na frente de um juiz. O que resultou, vou me ver livre daquele lugar.

••••

Assim que saímos do tribunal, eu e Namjoon fomos até ao orfanato com o objetivo de pegar meus pertences.

Jin disse que até ajeitar minha vida eu ficaria na casa dele de Namjoon. Obviamente que recusei, mas o mais velho insistiu tanto e eu acabei por concordar com a condição de que nenhum dos dois se ia meter em minha vida.

Deixamos aquele lugar para trás, e acabei jurando para mim mesmo que nunca mais entraria ali e que nunca cometeria o erro da mulher que me trouxe ao mundo.

- Está contente Yoongi? - Namjoon desviou seus olhos da estrada por uns segundos, olhando para mim.

- Dentro do possível. Saí daquele sítio, mas contínuo sem ser ninguém... - tudo o que passava em minha mente eram possíveis cenários de como desaparecer deste mundo. Olhei para a frente me fixando em um ponto qualquer da estrada.

- Não fala isso garoto... Você ainda vai arranjar um bom emprego e se sentir "alguém". - Ele e SeokJin bem tentavam me animar, mas como uma alma que já foi perdida vai viver de novo?

Morri no dia em que entrei naquele orfanato, morri no dia em que a mulher a quem eu chamava "mãe" me deixou ali com a promessa de que voltaria para me buscar. Eu lembro de tudo.

Eu matei o Yoongi dentro de mim. Com o mesmo nome, o mesmo corpo e com o coração batendo perfeitamente, mas ainda assim... morto.

Seguimos viajem até onde seria minha nova casa sem dizer uma única palavra. Provavelmente o sítio onde eu ia viver era bem requintado e cheio de regras, coisas que eu não estava de facto habituado.

••••

Namjoon parou o carro e tirou seu cinto de segurança.

- Estamos em casa! - ele sorriu. - Precisa de ajuda para levar suas coisas para dentro?

- Não, obrigado... - peguei minhas coisas do porta bagagem e o esperei junto à porta.

O Kim mais novo me deu passagem para entrar. Aquele lugar não era de todo tão chique quanto eu pensava, era bem simples até. Não seria tão difícil me adaptar assim...

- Gosta Yoon? - Jin apareceu de um canto qualquer da casa com uma colher na mão.

- Yoongi, por favor... E sim, gosto. - olhei em volta de novo. - O que está fazendo com uma colher na mão? Sua empregada não faz as tarefas? - o olhei.

- Kim SeokJin dependendo de uma empregada? Só em sonhos... Esse homem gosta de fazer tudo aqui em casa. - Namjoon disse enquanto ria.

- Olha, eu tentei dar uma arrumadinha na casa e em seu novo quarto antes de fazer o jantar, espero que esteja do seu agrado. - Ele sorriu. Estava visivelmente contente por me ter em sua casa.

- Onde vai ser o meu quarto?

- No andar de cima. É o último quarto do corredor. - ele apontou para a escada. - Pode ir até lá e arrumar suas coisas. Eu te chamo na hora do jantar. - sorriu.

Me curvei e segui até "meu" quarto.

Entrei naquele lugar, o comodo era incrivelmente bonito e bem decorado. Tons de preto e azul mais escuro eram as cores predominantes, me fazendo sentir confortável uma vez na vida.

Antes de arrumar minhas coisas coloquei o quarto do meu jeito. As janelas antes abertas foram fechadas e cobertas com a cortina preta.

••••

Passei o resto de minha tarde colocando minhas coisas no devido lugar e tentando encontrar um bom sítio para esconder meu caderno. Se alguém dentro daquela casa colocasse a mão nele a pessoa estaria morta.

Jin me chamou para jantar e acabou por me surpreender, o mais velho cozinhava mesmo bem.

Mesmo estando me sentindo confortável, nem ao menos disse uma palavra... Nunca fui de falar muito e não é agora que vou mudar.

Ainda assim, sentia que o meu lugar não era ali, interrompendo a vida de um casal que decidiu me acolher por pena... Aliás como eu sempre fazia, interrompendo a vida das pessoas quando nem devia ter nascido.

O que fazer? Tenho apenas que viver. Ou estar morto com um coração que bate igualmente ao de alguém que está vivo...

Pelo lado positivo, se é que alguma vez esse lado existiu, já não estou em um orfanato onde me chamavam louco...

Pelo lado positivo, se é que alguma vez esse lado existiu, já não estou em um orfanato onde me chamavam louco

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~ First Love - Myg + PjmOnde histórias criam vida. Descubra agora