Sea: The Beginning (BTS & BLACKPINK)

Capítulo 06.

31.05.18 - Queensland, Austrália.
LISA POVS. 

Não entendi o que aconteceu naquela noite, e quando tento perguntar para Jisoo ela se nega a responder e muda de assunto, não houve reclamações do passeio, as pessoas gostaram de ir a Mako, mas, eu sei que se Jisoo tivesse bem naquela noite, teria sido melhor. 

Estava na praia brincando com o golden retriever de três anos, Max, ele era minha melhor companhia em dias como esse, nós dois vinhamos a praia cedinho enquanto minha mãe dormia e ficamos brincando, quando eu cansava e sentava na areia ele se juntava a mim e ficavamos ali, observando o horizonte, sem dúvidas meu cachorro é o melhor. 

— Max, não vá pra longe. - Eu digo mas o peludo estava quase todo molhado, não seria bom ele entrar desse jeito em casa e sujar tudo de areia molhada, minha mãe surtaria! 

— Max! seu cão malvado. - Caminho em passos escassos até o mesmo e estico meus braços para tentar puxa-lo pela coleira sem pisar na água, estava frio e provavelmente eu congelaria. 

Mas como estavamos falando de meu incrível cachorro Max, assim que eu consigo firmar minha mão em sua coleira ele me puxa e eu dou de cara na água. 

Por alguns minutos que eu tento tirar areia de meus olhos ouço de longe Max latir como se estivesse frente a um barril de gatos, eu me enfureço e abro os olhos para repreende-lo foi ai que vejo, minhas pernas estavam juntas, quer dizer eu não tinha pernas, e sim uma grande e brilhante cauda esverdeada com tons amarelados nas pontas, eu não conseguia pensar, nem falar, nem me mexer, Max estava tão assustado quanto eu. 

— O-o-o-qu-e???? - Eu tinha controle sobre aquela cauda assim como tinha sobre minhas pernas, estava na margem, a água não chegava nem nas minhas costelas mas eu sentia como se estivesse mergulhada até o pescoço, foi ai que num ato impensado eu vou mais a fundo, queria experimentar aquilo, e seja lá o que for, me fez ficar 60% mais rápida nadando. 

É incrível como eu me sentia, respirar em baixo d'água ainda sim era estranho mas, a beleza do mar foi tudo o que eu precisei pra relaxar, o som das ondas batendo contra a minha cauda e a liberdade de poder sentir tudo isso sem precisar me preocupar com oxigênio, definitivamente mágico, até pra mim que conheci um garoto peixe aos oito anos. 

— Aqui em baixo é lindo. - Quando senti que estava indo longe demais, dei a volta com o corpo e nadei com tudo, em um piscar de olhos, estava de volta a margem e Max me esperava sentadinho com carinha de quem foi abandonado pelo caminhão de mudança. 

— Ei garoto, eu não sei o que aconteceu, mas você devia ver como é lindo lá no fundo. - Digo entre risadas cortadas, debaixo d'água eu não senti frio, mas quando coloquei a cabeça pra fora comecei a congelar. 

— Como eu vou andar com essa coisa? - Pergunto mas a Max do que a mim e ele responde latindo e se afastando, eu forço meus braços na areia e com dificuldade me arrasto até a parte seca, aos poucos a ventania gelada secava o meu corpo e como num passe de mágica minhas pernas estavam de volta e eu fiquei ainda mais surpresa a ponto de toca-las e abraça-las para ter certeza que estava tudo certo. 

— Max, eu to sonhando? 

( ... ) 

31.05.18 - Queensland, Austrália
SEOKJIN POVS.

Kim Namjoon, Min Yoongi e Jeon Jungkook, foram extremamente fraternais conosco, nos deram abrigo, comida, vestimentas, e não fizeram muitas perguntas o que me deixou curioso, desde quando humanos eram tão receptivos? 

A manhã toda foi marcada por um tédio mortal dentro daquela loja, as novas "crianças", como eu havia chamado sem intenção os três garotos estavam ocupados, Namjoon disse que tinha uma pesquisa importante num laboratório que trabalhava, Jungkook e Yoongi tinham que trabalhar também, o maknae na praia como salva-vidas e o mais velho deles na loja, o mesmo era calado e disse para ficarmos a vontade, mas que não o atrapalhássemos, o que foi difícil para Taehyung que ficou encantado com o mais velho logo de cara e não saía de seu pé. "Suga" como era chamado não parecia se importar com o moreno mas, sinto que estavamos abusando da boa sorte que tivemos de encontra-los.