Capítulo 35 - Nossos Medos

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Encarei meu reflexo no espelho, estava ótimo! Me vesti exatamente como eu gostava, deixei meus cabelos soltos, porque hoje seriamos livres

No palco, cantando...

Quando saí do banheiro, encontrei tia Lina sentada na minha cama, eu já estava acostumado com ela entrando no meu quarto sem bater, então somente parei em frente a ela e cruzei os braços

- Olá, mio caro - ela disse baixo - Você está bonito, seu cabelo está meraviglioso

Surpresa! Ou melhor... Sorpresa!

- Está tudo bem, tia Lina? - encarei ela confuso

- Sim - ela se levantou - Aquela mulher parou de perturba-lo?

- Ela está se afastando mais, acho que cansou

- Ela não vai durar muito, esse tipo de pessoa caí depressa, e a gente nem precisa empurrar

- Concordo, tia - coloquei a mão nos bolsos da calça

- Mio caro... Eu... Estava conversando com Aubrey, ela me contou tudo

- Tudo... O que?

- Que nenhum de vocês me queriam aqui, ela me disse que você até planejava ir para a Itália com... Aquele cantor, Andrew

- O que? - arregalei os olhos

- Sim, você ia conversar com meus pais

- Tia Lina... - ela levantou a mão e eu me calei

- Aubrey disse que estava gostando muito da minha presença, que eu me tornei uma amiga, por isso ela me contou, estava se sentindo mal com tudo isso guardado - ela suspirou - Mas e você, mio caro, como se sente comigo aqui? Se eu estiver incomodando...

- Não, tia Lina - me aproximei e toquei os ombros dela - Eu e Aubrey conhecemos você, sempre tão... Mandona e controladora - ri - No começo queríamos sim que fosse embora, mas isso mudou

- Você sabe que pode contar comigo né? Sempre me diga a verdade

- É a verdade, tia Lina, você é minha melhor amiga, se tornou parte do meu coração, nós a julgamos sem saber, eu não quero mais que vá embora e eu pretendo passar a ação de graças, aqui - sorri - Com a minha família, eu nem quero mais ir nessa viagem - dei de ombros

- Que bom! - ela me abraçou - Estou tão aliviada

- Tudo bem, tia Lina - nós nos separamos

- Eu sou controladora? Então meus pais tinham razão?

- Um pouco, tia - sorri - Mas sempre podemos mudar

- É a minha vez de pedir conselhos, como posso começar?

- Quando for entrar no meu quarto, bata na porta, per favore - sorri

- Claro, sem dúvidas, eu vou conversar com seus pais, quero saber o que eles pensam

- Mamãe vai precisar de você, quando meu irmão nascer

- É claro que vai - ela foi em direção a porta - Sua mãe é uma teimosa, não dá conta, sozinha

- Tia Lina... - a repreendi

- Perdonami - ela abriu a porta - Eu vou aprender - então ela saiu

Logo depois dessa conversa revigorante, saí de casa, entrei no meu carro e dirigi até a casa de Megan, parei em frente a porta segurando uma única rosa vermelha

Que eu carinhosamente arranquei do quintal de casa

Como da última vez, a Srª Bell foi quem abriu a porta, ela me ofereceu um enorme sorriso e tocou meu cabelo

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