Capítulo 27 - Basta Um Sorriso

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- Eu... Só preciso entregar isso - estendi a folha para ela

- Entre - ela não pegou o documento, simplesmente me fez entrar na sala - Quer beber alguma coisa? - ela foi até o mini bar no canto da sala

- Só tenho 18 anos - coloquei o documento na mesa dela

- Não precisa de reservas perto de mim - ela bebeu um gole de sua bebida

- Estamos no trabalho - cruzei os braços e fiz uma expressão séria

- É só um gole - ela sorriu - Para relaxar

- O documento que o Sr. Johnson pediu para entregar, está na sua mesa, eu vou voltar ao meu trabalho - dei um passo, mas parei ao escutar o que ela disse

- Eu posso fazer você crescer aqui

- O que? - olhei para ela incrédulo

- Eu sou bem importante por aqui, Thomas - ela se aproximou - Você pode ser um jovem promissor

- Você não... - ela me interrompeu

- Você é bonito, Thomas, e me parece bem inteligente, nós podemos se divertir juntos

- Espero ter entendido errado

- Eu tenho certeza que você entendeu - ela estava na minha frente agora, tocou meu peitoral e olhou nos meus olhos

Eu estava com muita raiva agora, essa mulher é de pior espécie, eu preciso ter cuidado

Que situação deplorável!

- Escuta aqui - usei da minha altura para intimida-la - Eu não estou interessado na sua proposta vulgar, isso é ridículo, eu deveria falar com o Sr. Johnson agora mesmo! - ela se afastou de mim, totalmente surpresa

- Como se atreve?

- Eu que deveria perguntar isso - balancei minha cabeça - Você é uma mulher bonita, não deveria se rebaixar a isso

- Você se acha adulto, não é garoto? Não sabe com quem está lidando

- Não me importa quem você é - falei

- Eu sou a vice-presidente dessa corretora, eu sou o braço direito do Johnson

- Quem liga? - fiz cara de entediado - Eu nem gosto desse trabalho mesmo

- Mas o seu pai gosta, ele ama - ela sorriu maléfica - Ele pode ser o preferido do Johnson, pode ser o nosso melhor corretor, mas tendo as armas certas...

- Não ouse fazer nada ao meu pai - falei irritado

Mas que... Vadia!

- Não ouse contar sobre essa conversa para ninguém - ela se aproximou - Agora saia da minha sala, pirralho

Pirralho? Não! Eu não vou deixar que me humilhe assim!

- Claro - sorri de lado - Tia!

Eu vi o rosto dela se transformar de orgulhoso para ferido, e então ir direto para o ódio

- Moleque... - não esperei ela terminar, saí e bati a porta

Voltei para o meu lugar, sentei e olhei para o computador, eu ainda estava terminando algumas planilhas para o meu pai

- Thomas, sua caneta - meu colega do lado queria me devolver o objeto emprestado

- Fica com ela - sorri - Só não perde

- Você parece estranho, o Sr. Johnson brigou com você?

- Está tudo bem - suspirei - Só estou cansado

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