Capitulo 2

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Um estrondo. A porta tremeu, rangeu e se rompeu ao meio. Os olhos carmesins adentraram o quarto, mesmo na escuridão eu posso vê-los, são brilhantes. Os animais agitados do lado de fora esbravejavam, tornando possível ouvi-los bater as asas, levantando voô para longe.

Lancei-me contra o pequeno espaço da janela, mas suas mãos seguraram meu pulso, me jogando contra a cama,

Assim que ele se colocou em cima de mim, gritei a todo pulmão:

— P-Por favor, não me machuque! — Eu implorei.

Contudo, o silêncio fora a resposta. sua respiração quente batia contra meu pescoço, enquanto eu me debatia por de baixo de seu corpo pesado. Então, senti a língua dele, áspera, lambendo meu pescoço. Uma das mãos agarrava meus fios verdes, com força e para trás. O empurrei, mas se quer fez efeito.

Não adiantava gritar, eu não conseguia, minha garganta traía-me.

— P-Para, eu não quero!

— Vamos, caralho! Não estou pedindo nada do que você já não tenha feito — fez-me encará-lo, apertando ainda mais o meu cabelo, sorrindo vitorioso — Sua pele é tão macia, agora sinta a do seu alfa — A sua voz inumana pela segunda vez ganhou espaço. 

Sua mão adentrou por baixo de minha blusa; seus dedos passeavam brutalmente em minha barriga recém descoberta.

— Tão delicado. Não tente gritar, aqui ninguém vai te escutar. Somos apenas nos dois, você deveria aproveitar, será meu presente de boas-vindas.

—  Você é tão nojento quanto este lugar!

— O nojento vai te foder a noite inteira, ômega abusado!

Seus lábios romperam com o espaço que havia entre nós, o gosto amargo percorreu minha boca quando sua saliva entrou em contato com a minha língua.

Eu só queria que, mesmo que fosse impossível, sair dali. Mordi sua língua no momento em que senti a sua ereção roçar contra minha perna.

Ele me olhou com o lábio inferior sangrando. sorrio ladino.

— Se você quer apressar as coisas, vou fazer do seu jeito.

Saiu de cima de mim, só para me virar de bruços, brutalmente. Subiu sobre minhas pernas e rasgou minha blusa.

— O que você está fazendo? — gritei.

— Cale a boca. Tire sua roupa! — murmurou cerrando os dentes, que se encontravam a milímetros de minha orelha.

— Não.

Na parede pude ver sua sombra, na qual ele tirava sua blusa. Com uma de suas mãos forçou minha calça para baixo, pressionando minha cabeça contra o travesseiro empoeirado.

Sinto o tecido se romper. 

O homem passa a murmurar alguma coisa, como se estivesse tentando tornar bom para mim — mas não é e tudo está se apagando; sinto-me tonto e o quarto está tão escuro.

Tomo a decisão de simplesmente deixá-lo ir em frente. Já estava sem forças para esbravejar.

Em seguida, agarra meu quadril, erguendo-me, até me juntar com seu membro ereto, num movimento grotesco, flexiona os quadris, força minhas costas e sinto-o tentando me invadir. Uma, duas, três vezes e então, meu corpo sede e não contenho o grito ao sentir seu membro ser impulsionado para dentro de mim.

— Por favor, por favor.... Para! — gritei, sentindo as primeiras estocadas. Ouvindo seus gemidos logo acima de meu corpo.

Oscilando entre posse e ódio, manchando o meu corpo com uma paixão inexistente com o seu suor escorrendo pelo meu pescoço, eu vi o inferno.

Ômegas não gritam Onde histórias criam vida. Descubra agora