How To Save A Life

Long night, long day

POV Zola Grey Shepherd

Encontrei-me sentada na ilha da cozinha, com meu notebook a minha frente e um copo de café ao meu lado direito, na tentativa falha de me manter calma para o dia de hoje. Depois das minhas férias de verão, o que foi há mais de duas semanas atrás, venho sentindo-me diferente, com os sentimentos a flor da pele, uma mistura de medo e euforia. Resultado de tantos acontecimentos trágicos desde que me entendo por gente. Estive em tantas situações que no final do dia quando deitava para dormir, passava pela minha cabeça a opção de desistir. Mas algo lá no fundo da minha mente e do meu coração dizia para lutar pelos meus sonhos. Lutar para ver minha mãe sorrir verdadeiramente novamente, assim fazendo-me feliz também.

Divagando sobre minha história incompleta e na tela do meu notebook analisando fotos e fotos do álbum Meredith memories. Esse álbum que me deixa completamente nostálgica. Lembrando-me de todos os passos dado pela minha mãe e pelo meu pai, duas lendas da medicina que me ajudaram e me educaram da melhor forma possível, com amor e muita paciência.

Sempre fui uma mulher de personalidade forte, e hoje com 24 anos, estou caminhando para o futuro que tanto sonhei. Não foi fácil chegar a este dia, e ele apenas é o primeiro dia da segunda parte da minha jornada.

Formada recentemente em medicina junto com a minha parceira Sofia Robbin, hoje será nosso primeiro dia na Grey Sloan Memorial.

Já se passando das 7AM decidir subir para acordar a Sofi, já que aquela ali não acordava de jeito nenhum com despertador. Sofia era bastante diferente de mim, uma pessoa totalmente extrovertida, já eu sou a personificação de um juiz em tribunal, sim, eu sou bastante séria.

Terminei o café da manhã e sair do meu álbum de fotos, logo desligando o notebook e levantando da cadeira. Guardei meu aparelho na mochila de costas, indo até a sala deixando a mochila em cima do sofá, logo subindo as escadas em direção ao quarto da Sofia. Quando entrei no mesmo vi aquela cena diária que era resumida em: Sofia deitada de bruços com o braço esquerdo para fora da cama e o travesseiro no chão.

Ela nunca foi uma pessoa que dormia quieta, o que era um problema, preferia nunca dormir com a mesma por esses maus modos para dormir.

Sorrir ao lembra-me do seu jeito tão... Preguiçoso. Uma vez cheguei ao seu quarto e ela estava com a metade do corpo para fora da cama. Literalmente. Não sei como ela conseguia ser tão desajeitada.

Sem mais delongas aproximei-me da cama e analisei seu rosto completamente amaçado. Logo pegando meu celular no bolso de trás da calça branca que vestia e focando a câmera para tirar uma foto da mesma, fazia isso todos os dias.

– Sofia? – disse assim que sentei ao seu lado na cama, como esperado ela continuou dormindo. – SOFIA ROBBIN! – falei um pouco mais alto e logo ela saltou da cama com uma expressão apavorada.

– O que? O... Que aconteceu? – Sofia gritou e levou sua mão direita ao rosto suspirando forte.

 –  Não grita Sofi! O Bailey e Ellis estão dormindo no quarto ao lado. –  disse um pouco dura.

–  Tá, tá... Mas o que aconteceu? –  ela perguntou sentando na cama novamente e me fuzilando com os olhos. 

– Não aconteceu nada. – respondi rindo baixinho do seu olhar assassino.

– Como assim não aconteceu nada Zola Grey? Por que me acordou gritando e às cinco da manhã? – perguntou.

– Cinco da manhã? Deixa de exagero Sofi. – respondi revirando os olhos – E hoje é o nosso primeiro dia como internas na Grey Sloan Memorial... Você esqueceu que começaremos hoje? – logo uma expressão de pavor surgiu no rosto da minha parceira.