❁ Capítulo 4: ❁

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POV JISOO:

Deixei a garota me guiar até seu carro estacionado à frente da loja, não podia desperdiçar uma oportunidade de ir pra casa já que a chuva não cessava.

- Onde? - a garota perguntou e eu a olhei confusa.

- O que? - disse me acomodando no banco do carro.

- Onde você mora? - disse colocando o cinto de segurança e eu fiz o mesmo.

- Há algumas ruas daqui. - respondi, ajeitando o casaco.

- Coloque o endereço no GPS. - Pediu e eu assenti.

A garota ligou o carro e partimos. A chuva era realmente forte e me fazia estremecer por conta das roupas molhadas.

- Quer que eu ligue o aquecedor? - ela perguntou com os olhos vidrados na estranha e eu neguei.

- Não precisa. - sua mão se afastou do volante até o aquecedor e o ligou.

- Não precisa fazer isso.

- Fazer o quê?

- Fingir que não precisa quando precisa, é desnecessário. - sorri, observando sua seriedade.

O silêncio se fez presente, deixando o ambiente desconfortável.


- Então...qual a sua idade? - perguntei numa tentativa de cortar o clima.

- Dezessete. - respondeu e eu ergui minhas sombrancelhas surpresa.

- Você parece mais velha. - ela assentiu.

- Acho que é porque tenho mais responsabilidades do que um adolescente normalmente teria.

- Claro, você por acaso trabalha em alguma empresa? Ou quem sabe é dona? - falei de forma sarcástica, a mesma abriu um sorriso lateral. - Espera, você realmente...

- Eu trabalho em uma empresa. - respondeu batucando no volante.

- O que você faz? Tipo, qual é a sua função?

- Administração. - sua fala foi curta, ríspida, como quem não quisesse destrinchar o assunto, e respeitei isso.

O carro então permaneceu em silêncio. Mas não estava desconfortável, e sim um pouco sufocante, o calor do aquecedor estava um pouco alto me fazendo abrir a jaqueta que a garota me derá minutos atrás.

Após alguns minutos, eu estava exausta e sentia meu corpo pesar no banco do carro. A garota mantinha toda sua concentração no volante, já que era um pouco difícil enxergar a estrada.

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- Droga! - ouvi um grito e acordei em desespero.

-O que foi? - disse assustada, meio inerte pois não havia percebido que tinha caído no sono.

- Te acordei? - disse com leve culpa e me olhou por alguns segundos antes de voltar para a estrada. - Deixei cair meu celular.

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