❁ Capítulo 26: ❁

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Jisoo:

Aquilo realmente não queria sair da minha cabeça, como assim "Namorada"?

Jennie está comprometida comi- Não, ela não está. Quem era ela? O que estava fazendo no carro dela? Por que era tão rude com alguém que não conhece? Aish! Sinceramente, por que eu estou tão irritada com isso?! Ela não é nada minha, não somos completamente nada além de... conhecidas? Ah, eu desisto de tentar entender a mente de alguém que é bipolar.

Caminhei até a cozinha rapidamente e peguei algumas besteiras como de costume. Doces e bebidas me animavam tanto quanto pessoas.

Liguei a televisão e coloquei alguns episódios do meu dorama favorito, era a quarta vez que assistia. A história era tão boa, uma médica e um soldado do exército em um romance meio melodramático. Após alguns minutos, subi para pegar um cobertor e desci novamente, me deitei no sofá e me cobri com o cobertor. Meus olhos foram pesando a cada minuto que passava, senti meu corpo relaxar e minha respiração suavizar criando uma sensação pesada de sono e conforto, logo assim, adormeci.

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Abri meus olhos com uma certa dificuldade, meu corpo estava relaxado e respirei fundo. Retirei o cobertor de cima de mim e  me levantei esticando meu corpo. Calcei minhas pantufas e fui até o banheiro tomando um banho rápido e quente, meu corpo doía um pouco, fazia tempo da última vez que dormi no sofá.

Vesti um shorts Jeans preto e uma blusa branca simples um pouco larga. Deixei meus cabelos soltos e não passei maquiagem, não havia necessidade. Havia lembrado da noite passada e de tudo que aconteceu no restaurante, Jennie Kim e todas as perguntas respondidas por ela. Senti meu coração se acelerar quando lembrei dela ao dizer que sentia interesse em mim. Levei minha mão para meu peito sentindo as batidas um pouco rápidas.

- Se acalma Jisoo, isso não significa nada.- Suspirei e assenti.

Desci as escadas rapidamente e tomei um delicioso suco de laranja que eu havia preparado alguns segundos antes. Olhei o relógio e ainda eram 10:30. O que eu faria? Era sábado. Cogitei em ligar para Chaeyoung e combinar de sairmos, mas logo minha ideia desapareceu quando uma chuva forte começou e deixando o céu totalmente nublado.

- Ótimo! Terei que ficar em casa agora.- Gritei irritada.- O que eu faço? Tenho que buscar meu celular!- Suspirei irritada.- Aish!

Me assustei quando raios  os começaram. Desde meus 7 anos, meu pior medo são raios, minha mãe sempre me acalmava, mas ela não estava aqui. Eles não paravam e cada vez ficavam mais fortes, uma sensação ruim tomou conta de mim e meus olhos lacrimejaram levemente. De repente, as luzes - antes acessas- se apagaram quase instantaneamente me fazendo soltar um pequeno grito.

- Só pode tá brincando comigo!- Disse assustada.

Sem meu celular, sozinha e assustada. Piores coisas quando você não tem pra onde ir.

- Tudo bem, tudo bem. Respira fundo Jisoo- Disse a mim mesma respirando fundo várias vezes e andando até a sala e pegando o telefone.

Disquei o número de Chaeyoung com as mãos trêmulas, parecia que o céu iria cair a qualquer minuto e meus olhos lacrimejavam cada vez mais rápido.

- Atende Chae!-Pedi de forma desesperada e com a respiração ofegante.

- Jisoo?- Ouvi a voz de Chaeyoung e suspirei de alívio.

- Chae! Graças a deus!- Disse aliviada e minha voz saiu assustada.

- O que há com a sua voz? Você está bem?- Disse preocupada.

- N-não! Por favor, pode vir aqui?!- Disse alto e senti uma lufada de ar no telefone.

- Eu não estou em Seul. - Respondeu triste.- O que aconteceu?

- Onde você está?!- Gritei.

- Eu e Lisa estamos na casa da minha mãe, se acalma. Respira fundo okay?- Pediu e eu assenti lentamente- O que houve?

- Os r-raios Chae...- Respondi baixo.

- Meu deus, está chovendo tão forte assim?!- Disse assustada- Não vou conseguir voltar a tempo!- Disse com a voz trêmula.

- O-o que eu faço...?- Perguntei rapidamente.

- Onde está sua mãe?- Revirei os olhos.

- Longa história, ela não está.- Respondi

- Bem, você não vai conseguir sair daí, não é?- Disse com a voz irônica- Não se preocupe, tudo bem? Você não vai ficar sozinha.- Suspirei de alívio e um sorriso curto apareceu.- Eu vou chamar uma pessoa pra cuidar de você.

- Obrigada Chae!- Agradeci sorridente.

- Só se acalma tudo bem? Eu sinto muito por não estar aí.- Disse com a voz cabisbaixa.

- Tudo bem...- Suspirei.

- Tenho que ir, meu irmão acabou de chegar.- Disse triste- Vai ficar bem?

- Vou sim...- Menti- Obrigada.

- Não precisa agradecer.- Disse e desligou o telefone.

Coloquei de volta na base e olhei a redor. Tomei coragem para me sentar no sofá e me cobrir com o cobertor. A chuva tinha aumentado, o barulho da chuva e dos raios batendo no telhado só me fazia eu me assustar mais. Lágrimas finas escorreram de meus olhos e eu tapei meus ouvidos com as mãos com uma certa força tentando impedir que o barulho dos raios me deixassem pior, mas era em vão.

Depois de cerca de 10 minutos, a chuva somente piorou com o tempo, eu estava tão assustada que meu coração podia sair do peito a qualquer momento. Meus olhos estavam banhados em lágrimas e minha respiração ofegante. Tomei coragem para levantar um pouco do cobertor, sem querer acabei olhando para a janela na mesma hora em que um raio caiu.

Soltei um grito tão grande que os vizinhos poderiam ouvir. Não era apenas medo, e sim um trauma muito grande que eu tinha. Eu precisava me acalmar ou poderia desmaiar, eu odiava ser assim desde pequena, mas a culpa não era minha por ter sido desse jeito.

Me lembrei dos calmantes que minha mãe guardava na gaveta da cozinha. Me levantei o mais rápido que consegui e corri para a cozinha. Abri a gaveta com as mãos- que já tremiam muito- Vi o pequeno frasco e o abri, não havia nada.

- Droga!-Gritei e por instinto, o joguei com força no chão.

Escostei na parede sentindo meu corpo deslizar por ela até sentir o chão embaixo de mim. Meus olhos estavam assustados e muito atentos, nunca havia tido uma crise tão grande como essa. Segundos depois, is raios continuaram mais fortes e por instinto, abracei minhas pernas e deixei as lágrimas descerem até meu pescoço. Meu corpo tremia e minhas mãos suavam.

Segundos depois, ouvi a porta sendo aberta, mas não consegui olhar em sua direção pelo medo. Eu não sabia quem era. Ouvi sua respiração ofegante perto de mim e meu corpo ficou tenso. Sua presença era fria e sua respiração era pesada.

- Jisoo...- Ouvi sua voz abafada e suave chamar meu nome e meu corpo  se arrepiou.


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