4º - Um momento sós

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Não sabia o que fazer. Ele nunca havia visto sua rainha chorar antes:

doendo tanto assim!?!

Demais ... é tão grande ... — mais uma lágrima escorreu por seu rosto, que estava vermelho por causa do esforço

— Calma ... calma ... a dor já vai passar. — disse ele, fazendo mais pressão ainda na zona, a fazendo gemer de dor

— Como!?!!

— ... Eu vou dar um jeito!

Olhou para todos os lados, nada além de arbustos de morangos – que não podiam aliviar aquela dor atroz de Poppy:

— Tronco ... eu quero matar aquele Javali por ter cortado o meu braço!!!

— Calma ... vou ver na minha mochila!

Praguejou a si mesmo ao notar um detalhe. Sempre trazia uma maletinha para primeiros socorros e só foi lembrar dela agora! Abriu e pegou o soro fisiológico, além de varios paninhos limpos:

— Eu só vou tirar esse pano — apontou para o que ela estava segurando firmemente contra o braço — porque preciso passar o soro fisiológico, entendeu!?

Assentiu. Tirou o trapo ensanguentado e pingou um pouco do líquido nele. Passou um outro paninho macio para limpar e pressionou ainda outro para não sofrer uma hemorragia. A rosada tentou distrair-se, e acabou conseguindo. Prestou atenção nos olhos do "amigo". Eram lindos e tão profundos quanto um mar inquieto. A dor diminuiu, até. Ele a olhou, preocupado:

— Melhor?

— ... Com você aqui ... me sinto ótima. — ele sorriu, aliviado

— Que bom. Vou terminar de fazer esse curativo.

     Pegou uma tala e foi enrolando pedaços até ficarem bem presos. Ficaram se encarando por um tempo:

— Seu cabelo todo bagunçado.

— Ha-ha ... — riu sarcasticamente — ... Será que é porquê eu fui fugir de um javali junto com a minha melhor amiga que estava com um braço quase amputado?

— Também não chega a ser uma amputação, Tronco.

— Mas poderia se eu não tivesse achado esta gruta.

— ... Ok, você tem razão nessa parte.

— Eu sempre tenho! — estufou o peito, orgulhoso de si; Poppy riu

— E quando disse que a gente não ia conseguir salvar os nossos amigos?

— Na parte que me toca ... — disse, ligeiramente borocoxô

— Aw ... — não dando a mínima para se seria estranho, acariciou gentilmente o rosto e cabelo dele — ... você sabe que eu te amo, galho tonto!

     Abriu os olhos como pratos, incrédulo. "Você sabe que eu te amo" disse ela. Não teve tempo de perguntar, pois ouviram ruídos de um autêntico javali:

— Vem, rápido!

Pulou para o colo dele, o abraçando pelo pescoço e ele a abraçando pela cintura. Fez uma "bolha" com seu cabelo ao redor dos dois bem na hora em que o animal apareceu. Era grande, feio, porco. Soltava granidos feito louco enquanto respirava pesarosamente, com certeza por haver corrido bastante. Parecia realmente querer achar os dois. A dupla estava colada. Suas bochechas juntas, respirações – além de presas – sincronizadas e abraçados com a rainha no colo do troll ranzinza. Seria até romântico se suas vidas não estivessem em jogo. O animal silvestre farejava com vontade a gruta inteira. Os dois se desesperaram. Poppy sempre usava um perfume forte ...

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     SALVOS! Os arbustos de morangos tinham exatamente o mesmo cheiro que o perfume da rosada. Derrotado, o animal foi embora. Ficaram um minuto inteiro sem se mexer, com medo do javali voltar. Suspiraram, aliviados. Ela foi a primeira a perceber a distância que faltava entre a boca de um e outro. O desejo de ter contato com aqueles lábios azuis só aumentava conforme os via, atenta. Ante o olhar da rainha, ele também percebeu o quanto restava para um beijo acontecer. Desde que cresceu um pouco e deixou de achar os beijos nojentos, queria saber qual o sabor que a boca dela teria. Foi por isso que, inconscientemente, foram se aproximando até que fundiram seus lábios em um beijo.

     Sem perceberem, seus cabelos se trançaram, formando um lindo coração sob suas cabeças. A Lua estava na fase cheia, entrando por algumas cavidades no teto da gruta, acinzentada. Algumas flores azuis e rosas tinham um ligeiro brilho, majestoso nas paredes e chão. Vagalumes verdes estavam de vela lá, cantarolando alguma melodia romântica bem calma. Clima mais que perfeito para aquela demonstração de carinho, principalmente sendo a primeira do gênero para o troll azulado. Foram uns dos melhores cinco minutos da vida dele.

Abriram o olhos feito pratos ao se separarem, corando. Não sabiam o que falar. Estavam completamente envergonhados com o que acabou de acontecer. Apenas ficavam se olhando, assustados e vermelhos com tomates maduros.

— ... Quer saber!? Que se exploda!!

     Ao dizer isso, uniu seus lábios aos dela novamente. Queria isso faz – literalmente – anos. Ninguém mais iria impedi-lo de ter sua rainha entre os braços. Ela também correspondeu, até emocionada. Acomodou-se melhor no colo dele, segurando suas bochechas azuladas para poder beija-lo melhor. Os dois aproveitaram este pequeno momento de privacidade e intimidade.

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Palavrinhas rápidas:

     EU NÃO DEIXEI DE ATUALIZAR POR MAL!! EU JURO!! Me bateu uma baita falta de inspiração para escrever sobre Trolls. Ainda vou continuar com as fics, mas faz um certo tempo que a minha inspiração foi pelo ralo 😭

     Então ... é isso. Eu posto mais caps assim que a minha inspiração voltar. Deixo esse ONE e um vídeo que me fez rachar de dar risada.

Beijos e roteiros,
                              Aliindaa.

Ps: Bakugo, como se dorme como um barril?

Broppy (Troppy/ Rampy) one-shotsOnde histórias criam vida. Descubra agora