1º - O baile da Lua Azul

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O clima estava muito romântico na Vila Troll. Nossa querida rainha rosa caminhava com sua alegria matutina e seu sorriso brilhante ... que estava deixando certo troll azul muito nervoso – pelo menos, mais do que normalmente é. Ele a observava de longe, escondido na copa de uma das árvores; se mantinha lá encima principalmente por seu cabelo estar bem preso num galho. Suspirou sonhador, ganhando um rosado em suas bochechas e orelhas, que se podia perceber muito bem pelo fato de ter a pele azul.

Falar aquele "te amo" a ela quando estavam literalmente entre a morte e a panela foi muito difícil, bem como cantar na frente de toda a Vila Troll. Por sorte, entenderam como um "te amo" de amigos. Apoiou a cabeça em uma mão, olhando para cima agora. Não podia mentir que sempre sentiu algo mais para o lado romântico quanto a ela, mesmo quando era cinza. Aquele jeito tão inocente, o carinho e cuidado que sempre teve com ele, seus convites e colagens que SEMPRE foram os mais caprichados da vila, a risada fofa dela ... uma lista de coisas que o deixavam cada vez mais vermelho.

Agora fechou os olhos, sonhando. Era o dia do baile da Lua Azul, sem dúvida o dia mais romântico que existe na Vila Troll. Neste dia, os trolls davam de presente cartões de colagem convidando alguém realmente especial para o baile que haveria de noite; no baile, era algo realmente elegante, raparigas com luxuosos vestidos longos até seus pés e rapazes elegantes de ternos e gravatas. Não é surpresa imaginar que nosso querido ranzinza sonhava em ser esse rapaz e que Poppy fosse a rapariga. Imaginava ele valsando com tal companhia ... onde eles se encaravam carinhosamente ... e seus rostos ficavam cada vez mais próximos ... sentir seus lábios roçando e borboletas fazendo festa em seu estômago ... a respiração quente entrando em compasso ...

— Tronco?

AAAAAAAAH!!

Perdeu o equilíbrio e seu cabelo desamarrou do galho, caindo em queda livre. Adivinhem? Uma certa rainha o pegou em pleno ar, e caíram no meu do povo. Era engraçado ver Tronco no colo de Poppy, que logo desceu porque – convenhamos – era uma situação bem inconveniente:

— Foi mau te assustar, mas ... você está vermelho feito um tomate! com febre!? — beijou a testa dele para verificar, o que só o deixou mais vermelho — Não vai poder ir no baile?!

T-tá tudo b-em, Poppy! — gaguejou, tentando esconder suas bochechas coradas

— Certeza? Febre não é doença, mas é sintoma!

— Ab-so-luta!

— Bom ... por que estava lá encima, para início de conversa?

— E-e-e-eu ...!?

— Ãhn ... — se aproximou para sussurrar em seu ouvido — Estava fugindo das aves?

"Salvo pelo gongo ... ou pelas aves" pensou aliviado:

— S-im!

— Ah ... se precisar de ajuda, sabe que pode me chamar! Até, Tronco!

Se despediu com um beijo na bochecha e andou para longe. Ele correu para seu abrigo, ainda bem corado. Sentou em sua cadeira, tocando todo seu rosto ... estava pelando de quente pela vergonha. "Poppy ... o que você me faz passar ..." pensou.

— Gary ... ELA ME PEGOU NO COLO!

— ...

— O PROBLEMA É QUE EU QUERIA SER O HERÓI DELA E CARREGA-LA NO COLO! O que ela deve pensar de mim!? Que eu sou um medroso covarde!?!

— ...

— E SE ELA DESCOBRIR QUE EU SOU BV!!? VAI SER O FIM DO MUNDO COMO EU CONHEÇO!! NUNCA MAIS VOU PODER OLHA-LA NA CARA E NEM SAIR DO ABRIGO!!! Não, ela não pode saber! Aliás, NINGUÉM PODE DESCOBRIR!!

Broppy (Troppy/ Rampy) one-shotsOnde histórias criam vida. Descubra agora