Um Lar para Lena Luthor ♙ supercorp

Capítulo VIII: Promessas, Krypton e o gosto das nuvens

Na manhã seguinte, Kara ainda não está nada bem.

Ela até diz que se sente um pouco melhor, mas todo seu corpo ainda parece exausto, sua pele fria e os hematomas pelo seu corpo também não sumiram totalmente. Isso faz Lena a obrigar a ficar na cama.

Kara protesta, tem sua melhor expressão aborrecida ao tomar seus remédios, mas a obedece. A CEO ainda acha que remédios humanos podiam ajudá-la na sua recuperação de alguma forma, por isso insiste que ela não esqueça de tomar as outras doses, já que Kara ainda parecia dessa forma por causa da sua última batalha. Ela tinha de perguntar algumas coisas importantes de Alex a esse respeito.

Quando a loira se apoia de bruços no seu travesseiro, observando Lena se arrumar para o trabalho, a CEO tem vontade de voltar para cama e abraçá-la.

– Não me olhe assim, eu só vou ficar fora por algumas horas. Hoje terei reuniões que não posso remarcar, mas vou comprar nosso almoço e trazê-lo para casa. Você pode me mandar uma mensagem se ficar com vontade de comer algo diferente. – Lena dá uma piscadinha por cima do ombro e Kara sorri mesmo com o rosto ainda abatido. – Ah, e por favor, tente beber um pouco de água, eu sei que você só quer dormir agora, mas se manter hidratada vai fazer você se recuperar mais rápido.

Lena termina de passar a maquiagem, analisa sua roupa social e coloca seus saltos pretos, antes de voltar até onde Kara está na cama para deixar um beijo rápido na sua testa.

– E eu sei que tomar sorvete faz você se sentir melhor, mas tente não comer um pote inteiro sozinha, ou vai acabar com uma enorme dor de estômago.

– Obrigada por cuidar de mim.

Aquelas palavras não eram nenhuma novidade entre as duas, mas Lena pode jurar que viu algo de diferente naqueles olhos azuis. Podia tanto significar muito, quanto não significar nada além do reflexo dos seus próprios sentimentos, das coisas que ela queria ver.

Lena optou por não criar expectativas que nunca poderiam ser alcançadas.

– É para isso que servem as amigas, certo?

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Alex está esperando por ela na mesa de sempre do Noonan's, acompanhada de uma xícara de café fumegante. Aquela era sua primeira reunião inadiável do dia.

– Você chegou cedo. – Observou a CEO, sentando-se no lugar a sua espera e indicando para Jenny, a garçonete no balcão, que ela queria o mesmo que Alex.

– Bom, você parecia ter algo importante para falar. Ao menos pareceu, já que você não foi muito especifica sobre o que queria conversar quando me chamou até aqui.

– Sempre eficiente, Agente Danvers. – Murmura com certa discrição já que a garçonete já trazia seu pedido à passos rápidos. Ela tenta parecer mais casual do que de fato está, contudo, Alex parece conseguir analisá-la através da sua máscara de mulher de negócios. – Na verdade, essa é uma das coisas que eu vim falar com você.

Ela se força a manter contato visual.

– Eu sei sobre Kara.

Alex parece não entender sobre o que exatamente ela estava falando.

– Sabe o que sobre Kara?

– Que ela usa uma capa e salva o mundo. E que você a ajuda.

Alex continua sem demonstrar compreensão, ou surpresa com a sua descoberta. Na verdade, a agente parece bastante confusa com o rumo da conversa.

– E?

– Como assim "E"?

– Foi só pra isso que você me chamou aqui?