Um Lar para Lena Luthor ♙ supercorp

Capítulo bônus: Fogos de artificio, estrelas e voltando para casa por você

Notas: Inicialmente isso era um prológo, mas acho que se tornou mais um enorme capitulo de ano novo mesmo sem ser. A culpa? o vídeo acima 

Aproveitem a leitura. Estou de voltaaaaa 

Tudo começa com um engano.

Ao menos, Kara acredita que seja um.

Era o aniversário delas e para uma comemoração a altura Kara tinha planejado tudo por quase uma semana. As flores favoritas de Lena cobriam os vasos de todo o caminho de entrada do apartamento, o seu vinho favorito gelava no balde sobre a mesa e havia velas por todo o lugar.

Claro, não estava no seu cronograma que Lena saísse mais cedo do trabalho. Isso literalmente nunca acontecia. Sua namorada não passava mais noites acordada no escritório, mas também não conseguia se desvincular dos seus compromissos como a CEO de um império antes do fim do horário comercial. Sua surpresa acabou sendo frustrada.

Ou nem tanto assim.

Quando Lena entrou no apartamento, Kara saia da cozinha vestindo um roupão de seda da Victoria's Secret, seu presente no ultimo natal, e com os olhos arregalados. Era como se tivesse sido flagrada cometendo algum crime contra a cidade e sua namorada tivesse o poder de prendê-la. Felizmente, Lena a prendeu contra a parede.

O jantar romântico sobre as estrelas acabou sendo deixado de lado por algumas horas, após ser substituído por uma forma muito mais intensa de se gastar o tempo daquela noite. Na cama. Era uma excelente forma de comemorar aqueles dois anos vivendo juntas, mais aquele ano de namoro.

A lâmpada que imitava os efeitos do sol vermelho de Krypton podia ser destravado na cabeceira da cama por Lena e durante mais de uma hora foi a única cor que tingiu todas as superfícies daquele quarto. O corpo sem poderes já estava exausto quando elas resolveram parar, totalmente drenado pela fome de Lena. Kara, definitivamente, usaria aquele roupão mais vezes.

Felicidade era até uma palavra pequena para expressar o tamanho dos sentimentos que aqueciam o peito da protetora da cidade naquele momento. Era amor. Era euforia. Eram ótimos pressentimentos.

Bem, ao menos quase todos.

Isso porque, apesar de Kara sentir como a alienígena mais feliz de todo aquele universo (e dos outros), por vezes, a sensação incomoda de que algo de ruim poderia acontecer a qualquer momento voltava a pressionar seu peito. E nada era tão eficaz quanto a intuição de um Kryptoniano para estragar o momento.

– Tem algo te incomodando, meu bem? – pergunta Lena ao passar a ponta dos dedos pelo seu maxilar. Ela estava deitada sobre o seu peito e apenas o lençol de linho estupidamente caro cobria as duas. Kara se sentia no topo do mundo, ao mesmo tempo que algo a puxava para o subsolo.

– Não. Não é nada demais.

Sua reposta é sincera. Não havia porque dar atenção para um sentimento intruso daqueles quando tudo estava tão bem e não havia sinais para preocupações no horizonte.

– Tem certeza disso?

– Sim.

Lena sorri e é como se o sol estivesse diante dos seus olhos. Não só porque brilhava, mas era como se olhar para aquela mulher lhe recuperasse todas as forças. Como era possível que a pessoa fosse a sua kryptonita e ao mesmo tempo sua fonte de poder? Kara não sabia dizer.