You caught me at my weakest
- Philippe. - Eu disse chamando-o, ele apenas retirou os olhos da TV, pousando-os sob mim. - Sorvete de chocomenta. - Eu disse e ele logo começou a rir.
- Você está brincando comigo, Elisha?
- Não, isso é sério.
- Lis - Ele parou, respirando fundo. - São nove horas da noite. Aonde vamos arranjar sorvete de chocomenta, às nove da noite, em Barcelona?
- Eu não sei, só vamos. - Eu disse me levantando e pegando um sobretudo no closet, colocando apenas ele por cima da camisola de renda.
- Eu só vou porque você está muito gostosa de camisola e sobretudo. - Ele disse se levantando e pegando uma jaqueta em cima da poltrona. - Lore está com a Esme? - Ele perguntou e eu apenas assenti descendo as escadas, amarrando meu cabelo em um rabo de cavalo.Nós entramos no carro e eu liguei o som, ouvindo Clandestino começar a tocar.
- O shopping ainda está aberto. Lá tem uma Llaollao. Deve estar aberto ainda. - Eu disse e ele apenas assentiu, seguindo para o Anecbluc.
- Esmeralda tem se dado bem com a gente.
- Sim, muito. Ela ama o pai dela. - Eu disse sorrindo.
- E ama você também. - Ele disse tirando os olhos da estrada e me olhando. Sorriu. - Olívia me ligou essa semana. - Ele comentou e eu me endireitei no banco. Não era ciúmes. Era preocupação.
- Como ela está? - Perguntei e ele suspirou fundo.
- Está ficando mais difícil, segundo ela. Ela pediu para que levassemos a Esmeralda pra ela ver, mas depois concordou que não seria uma boa ideia que Esmeralda á visse no estado em que ela está.
- Philippe. A Esmeralda sente falta da mãe dela, assim como a mãe dela sente falta dela. Já se passaram 6 meses, fazem 3 meses que Olívia não vê ela. Eu não supro a necessidade da Olívia na vida dela.
- Eu sei disso, Lis. Só, é pesado demais pra uma criança de dois anos ver a mãe definhando e morrendo. Ela não vai entender e a saudade só vai piorar. Estamos indo tão bem, eu não quero fazer minha filha sofrer. - Ele disse e eu suspirei, precisava concordar com aquilo, pois cinquenta por cento era verdade.
- Tudo bem. - Eu disse e coloquei minha mão por cima da sua.Nós estávamos chegando ao anel de acesso do shopping quando ouvimos algo como água caindo no chão do carro.
- Quem derrubou essa água? - Perguntei olhando para o piso do carro, e logo percebi que "água" estava bem nas minhas pernas.
- Água? - Ele disse olhando para as minhas pernas também.
- Phil...
- A Maria vai nascer. - Ele disse virando o carro bruscamente no retorno.
- Isso se não morrermos antes né. Vai com calma Philippe. - Eu disse mantendo a calma. Ele estava mais nervoso do que eu. - Temos que ir em casa pegar a mala dela.
- Fala sério, Elisha. A Loren leva a mala. Vamos pro hospital.
- Philippe dá pra se acalamar. Que droga, eu nem tomei meu sorvete. - Eu disse prestes a começar a chorar.
- Você não vai chorar agora por causa de sorvete, né? - Ele perguntou retoricamente, pegando seu celular e o conectando ao carro.- Oi. - Loren disse do outro lado da linha.
- A Maria vai nascer. - Era Philippe quem conversava com ela.
- Ok não posso gritar agora, a Esme está dormindo.
- Eu preciso que você pegue a mala da Maria e leve pra gente no hospital, pode ser? Acorde a Rosa, peça para que ela fique com a Esmeralda.
- Tá, claro, vou no seu Audi. - Ela disse empolgada, sabia que aquela era a única oportunidade de encostar em um carro do Philippe.
- Primeira e última vez, Loren. - Ele disse encerrando a chamada.Ele dirigia um tanto rápido pelas ruas de Castelldefels, graças a Deus, não estávamos muito longe do hospital regional dali.
- Fala ai, Couto. - Marcelo disse atendendo a ligação.
- A Maria vai nascer, cara.
- Isso é sério?
- Não, tô sentindo dor de brincadeira, Marcelo. - Eu disse pela primeira vez. Sim, agora eu sabia o quão urgente era chegar no hospital.
- Ai que fofa, Elisha sendo Elisha.
- Vai pra merda, leão.
- Só liguei pra avisar e pedir pra você avisar os caras. - Philippe disse.
- Deixa comigo. Parabéns cara. Tchau demônio da Tasmânia. - Ele disse desligando a chamada.Foi o tempo de chegarmos ao hospital e eu realmente comecei a sentir as contrações que tanto falam.
(...)
- 9 dedos, Elisha, está pronta para por a Maria no mundo? - O médico perguntou tentando ser simpático.
- Eu vou matar o Philippe. - Eu disse antes de começar a fazer força. Vi o Philippe entrar na sala já com o avental cirúrgico e vir para o meu lado.
- Eu amo você, e está na hora de trazer a nossa menina ao mundo, meu amor. - Ele disse sorrindo e, meu Deus eu amo tanto esse homem.Fiz força mais uma vez e gritei, tentando fazer aquela dor ir embora. E foi. Assim que ouvimos um choro preencher o ambiente eu sorri. Mas a dor havia voltado novamente e eu sentia a necessidade de continuar fazendo força.
- Elisha, a Maria ja está com a gente. - A enfermeira disse me observando.
- Eu ainda estou sentindo muita dor. - Eu disse e continuei fazendo força. Observei quando o médico que estava fazendo meu parto arregalou os olhos.Foi necessário que eu fizesse força apenas mais uma vez, para que, além do choro da Maria, outro choro mais agudo e estridente fosse escutado. Espera aí.
- São gêmeos. - Philippe disse sorrindo.
Tudo ficou escuro.
❇
Gente tô rindo muito kkkkkkkkk
Me inspirei no meu parto pra fazer esse texto, por isso compreendo muito da dor dela. Só mudando que, eu não tive gêmeos e que o pai do meu filho nao é o Phil 💔 kkkkkk
Como vocês estão gente??
Hoje ainda tem mais Always Yours e History. Se você ainda nao leu, dá uma passadinha lá. ❤
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ocean - p. coutinho (reescrevendo)
Fiksi Penggemar"Eu tive que aprender a superá-lo. Infelizmente, descobri que sou péssima em superação." © Philippe Coutinho fanfic