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Ela sempre escolhe o que roer, de acaso não tem nada. como alguém que nasceu no mato cada corte foi uma aparição. onde eles vêm urina vejo mel. onde mar, lepra. minha arquitetura nasceu de dentro do bueiro para fora. o resto é dor e fantasia sobre as tábuas que meus pés descalços pisam. entre ossadas e ferrugens num domingo amarelo aprendi que a ordem se dá é na fala das coisas. enquanto seu aroma sem sintaxe invade tudo. como um pássaro que conhece mais a terra do que o ar. ela é coisa velha tal qual o suor o mar e os dias cinzas antes dos azuis. como sobretudo é velha a morte que está em tudo. como é velho o boi que rumina saudade e grama nas tardes ensolaradas de domingo. tudo é velho. isso quem me ensinou foi ela. espécie de mangue semi-azul. a dor não disfarça os rasgos. já tentei na Estrada da Água Grande, na Walter Seder, na São Félix.

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