Ela é lembrança e espelho. Memória. é a única personagem que há. defronta-se com a vida o tempo todo. o resto são pêndulos e diabruras. ah, tem também os venenos de deitar e rolar, mas esses são os luxos da vida. do barulho dela quem se esconde? quase tudo é dor e bandalheiras. só quando estamos prestes ao pó que esse lampejo se dá. via de regra não existe vida sem uma memória no cangote da gente. do pão à traição é um pulo. o lance é esse. memória entre o bote armado e a beatice barata. tem jeito não. onde os câmbios e intercâmbios se misturam? nela. na selva urbana da memória. mas também têm seus pedágios, meu nego. por isso, sem eira nem beira vivemos por aí. quando quer vem e pronto. nada mortifica mais nem menos. ela é o revés da cama. espécie de palácio mal decorado.