Sua respiração estava ofegante. Completamente molhada, correra por esta chuva até seu local de trabalho.
Sabia que sentiria as consequências logo pela manhã. Um belo resfriado está à espreita.
Procura freneticamente pela chave que abriria o café, e quando a encontra, a mesma escorrega de suas mãos, fazendo barulho ao se chocar contra o chão.
Maldição!
Quando Rose se curva para pegar o objeto caído aos seus pés, percebera que as portas do estabelecimento estavam entreabertas.
Um frio corre por sua espinha.
Calma, Rose. Pode não ser nada! Talvez você só tenha esquecido de fechá-las ontem!
Se apegando à esse pensamento reconfortante, agarra a chave e a guarda em sua bolsa. Respira fundo, ainda hesitante. Adentra o recinto.
Assim que acende as luzes, seu corpo paralisa. O tempo congela. O som da chuva e do vento lá fora não eram mais ouvidos.
O que se seguiu foram seus gritos, acompanhados de seus batimentos cardíacos descompassados. Clamava internamente para que a cena diante de seus olhos fosse apenas mais uma ilusão, causada por seu subconsciente problemático.
Mas parecia real demais.