Capitulo 16

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 tempo corria como o vento. Quanto mais passava, mais atarefada eu ficava. Eu tinha que confirmar bufê, confirmar o DJ, confirmar o fotógrafo, contratar uma equipe de filmagem também, confirmar a entrega dos convites aos convidados, confirmar a Igreja, confirmar o local da festa, confirmar decoração, confirmar floricultura e ainda havia milhões de outras tarefas a serem checadas e revistadas para que nada desse errado no dia perfeito.

 Faltando pouco mais de um mês para o casamento, eu avisei a Justin que ele tinha que trazer os parentes – mãe, pai, padrinhos, daminhas de honra – para provar as roupas corretas para o casamento. Ou seja, eu precisava estar lá na loja enquanto a mãe dele comprava um vestido, porque ela não podia comprar alguma coisa com preto: dava azar. Eu precisava estar lá também para garantir que o pai do noivo ficasse apresentável e que os ternos dos padrinhos fossem feitos todos sob medida e iguais; além de que eu precisava conferir as roupas das daminhas de honra, para que elas se parecessem com pequenos anjinhos caídos do céu.

– Você parou pra pensar no que isso significa? – Justin me perguntou no telefone, falando sobre toda essa aventura de escolher a roupa de seus parentes.

– Não, porque eu mal tenho tempo pra comer – respondi, dando risada.

– Eu acho que você come bem. Muito bem – Justin disse, malicioso.

 Eu dei risada e neguei com a cabeça, mesmo sabendo que ele não podia me ver.

– Você não tem jeito! – eu disse, em tom de denúncia.

– É, acho que não – ele deu risada – Mas enfim, como você se sente sabendo que vai conhecer os meus pais e minha família inteira?

– Hmm, estou me sentindo normal. Por que? Eu devia me sentir de outra maneira? – perguntei.

– Não, eu só estava curioso mesmo. Eles vão vir nessa sexta-feira, então deixe sua agenda livre à tarde. E à noite também, se você puder. Estou com saudades.

 Dei risada e assenti com a cabeça.

– Ok, Bieber. Vou fazer esse sacrifício – e desliguei o celular.

 A semana não se arrastou como acontecia antes sempre que Justin e eu marcávamos de nos encontrar. Dessa vez, a semana voou. Com um piscar de olhos, já era sexta feira e eu tinha que almoçar correndo em um lugar que vendia pizza por um preço muito barato. Quase não dei conta do meu refrigerante, por estar tão apressada e sem paciência. Deixei uma gorjeta na mesa e saí correndo, procurando um táxi que me levasse à Quinta Avenida e à loja da Dior, que era onde nós havíamos marcado de nos encontrar.

 Eu não estava muito longe, na verdade. O taxista demorou poucos minutos para chegar perto da onde eu queria e eu desci do carro antes do necessário, correndo até a loja para não chegar atrasada. Assim que entrei, com as bochechas vermelhas e falta de ar, alguns vendedores nem olharam duas vezes pra mim. Caminhei para dentro da loja e para a parte privativa, onde ficavam os provadores mais sofisticados para a elite nova-iorquina. Vi uma grande concentração de pessoas de um lado e caminhei até lá assim que vi Justin acenando pra mim.

– Você está atrasada, senhorita Hastings – ele disse, numa voz rouca e séria.

– Eu sei, me desculpe! – eu disse, tirando a bolsa do ombro e colocando em um lugar livre de um dos sofás que ficavam de frente ao espelho.

– Está tudo bem – Justin riu e revirou os olhos – Vem cá, vou te apresentar todo mundo.

 Ele me puxou pelo braço e me levou até seus familiares mais importantes. Conheci seu pai, Jeremy, e os dois irmãos mais novos: Jazmyn e Jaxon. Conheci os amigos dele que seriam padrinhos, Ryan e Chaz. Justin também me apresentou aos seus avós, Diane e Bruce. Por fim, ele me apresentou à mãe, Pattie.

O casamentoOnde histórias criam vida. Descubra agora