Married

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Chego finalmente a casa depois de um dia cansativo de trabalho. Ora, ser uma detetive da polícia não é nada fácil, mas algo que me tranquilizava é o facto da minha mulher trabalhar comigo. Quem diria! A grande dupla das mulheres casadas a trabalharem juntas. Ambas somos polícias e às vezes cria uma situação não muito agradável quando estamos chateadas, mas nós somos um casal muito relaxado, por isso sermos uma dupla não era problema.

Sabia que a minha mulher estava cansada e como era um cargo superior a cima dela, deixei-a vir para casa. Ela insistiu em ficar, mas acabou por desistir. Estas semanas estávamos á volta de um caso que felizmente resolvemos ontem. Ah, e criar uma filha de 12 anos não era nada fácil.

Adotamos a nossa filha Aurora aos meus 24 e aos 22 de Rosé. Uma das minhas amigas da segurança social ligou-me a dizer que tinham uma criança de 7 anos que precisava desesperadamente de uma casa. Nessa altura eu e a minha namorada, estávamos juntas á 3 anos e foi uma decisão muito precipitada, mas como Rosé sempre foi uma pessoa amável e amorosa acabámos por ficar com ela.

Aurora tinha cabelos castanhos claros e olhos castanhos escuro. Era magra como as mães e praticava dança como as mães. Era muito bonita como as mães também. Por acaso parecia mesmo nossa filha já que tinha o meu cabelo, olhos e lábios, enquanto tinha o nariz, a altura, traços faciais e anca da Rosé.

Ao início, Aurora achava muito estranho ter duas mães, mas foi-se adaptando e confirmo isto pois foi ela que nos entregou as alianças no nosso casamento (ela tinha 9 anos). E provavelmente foi uma das únicas que não chorou, já que tinha a minha dama de honor (Jisoo) e a dama de honor da Rosé (Lisa), a choraram jarros de água.

Apesar de eu ter 29 e a Rosé 27, parece que temos 20 cada uma. Somos muito magras, muito bem constituídas e Rosé mede 1.68 (muito alta). Sempre que passeamos na rua com Aurora, ninguém acha que somos as suas mães, mas sim as suas primas ou irmãs ou só amigas. Depois lá temos de explicar que temos 29 e 27. Às vezes é engraçado, mas muita vezes é chato:

- Olá meu amor - Rosé disse quando entrei em casa. Ela tinha Aurora no seu ombro a dormir já que estavam sentadas no sofá.

Kuma começou a ladrar, sendo seguido por Kai:

- Shhh! - digo e ambos calam-se - Olá babe

Dirigo-me até elas e deposito um beijo nos lábios de Rosé. Calmamente dou um beijo na cabeça da nossa filha que, por algum milagre, não acordou com os cães:

- É por isto que é muito melhor ter um peixe: Joowhangie - ela aponta para o aquário ao lado da televisão

- Eu até dizia para mudares o nome do peixe, mas chega a esta altura que o nome já é sagrado.

- Mamã? - oiço a voz rouca da minha filha

- Shhhh - Rosé diz e acaricia o cabelo de Aurora - É muito tarde tens de dormir

- A Mãe já chegou?

- Estou aqui princesa - digo e beijo-lhe novamente a cabeça - Vamos para a cama?

- Sim

Pego-a ao colo e vou com ela até ao quarto juntamente com Rosé:

- Dorme bem pequena - digo

- Sonha com tudo menos o crush - Rosé completou como todas as noites

Fechei a porta e saltei para o colo da minha mulher. Ela claramente ficou surpreendida, mas tratou de me segurar e beijar o lábios. Ambas sorrimos no meio do beijo:

- Estou tão feliz por estarmos casadas - digo enquanto Rosé me carregava até ao quarto

- Também eu Wifey - ela menciona a alcunha e pousa-me na cama de casal

Be CarefulOnde histórias criam vida. Descubra agora