All Again

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- Então é assim detetives Park Kim! - Dahyun gritou alegremente no carro - Tendo em conta que ainda temos um bocadinho de tempo antes de chegarmos ao bar, eu acho que devíamos conhecermo-nos melhor!

- O que propões? - a minha esposa pergunta

- Não sei, talvez devesse-mos contar ou mostrar algo sobre nós!

- Tenho uma pergunta que pode servir de começo... - digo - Por acaso, apoias a nossa relação Dahyun? É que tu pareces sempre tão animada e feliz por nos veres

- É.. Eu amo a vossa relação, é algo lindo de se ver e sempre quis ter algum tipo de relacionamento assim - as detetives trocam breves olhares - Mas eu realmente gosto muito sim

- Kamsahamnida detetive - Chaeyoung agradece

- Olhem, este vídeo que vos vou mostrar é algo pessoal, mas eu sempre quis mostrar isto a alguém. Houve uma vez que eu e a detetive Park chateamo-nos. Mas assim, chateamo-nos mesmo a sério

- O primeiro caso que eu tive, foi deste "The Wise". A vítima era igual à minha mãe, e todo o caso foi idêntico ao dela. Ela foi assassinada quando eu era mais nova, o que me provocou alguns distúrbios mentais. Mas graças à minha esposa e à minha filha, tudo foi ultrapassado

- E quando este caso ocorreu, há exatamente 3 anos, a Rosé já não era ela mesma. Era alguém muito diferente. Eu sempre tentava ajudá-la em tudo, mas eu percebi que eu realmente é que saía magoada. E tivemos uma grande discussão. Até chegou ao ponto de eu sair de casa

As caras das detetives estavam repletas de interesse e concentração, enquanto a da Rosé estava meio triste. Apertei lhe a mão e ela lançou um breve sorriso:

- Eu não conseguia aguentar. Eu percebi que tinha errado. Que tinha feito realmente muita asneira. E ao ver a cara da minha filha ao perguntar porque razão a mãe tinha saído de casa... Porque é que a mãe não vivia mais connosco... Se nos tínhamos separado e isto tudo apenas com uns meros 9 anos... Então resolvi ir para o nosso estúdio de dança. Dancei pois não conseguia dormir e no final, sentei-me perto do piano. E chorei. Chorei muito ao pensar que podia perder uma das duas pessoas que mais amo neste mundo. Que tudo podia cair, só porque eu não fui apoio suficiente. Então fiz algo que naquela altura era um pouco estúpido, mas agora reparo, que provavelmente, salvou a nossa relação. Peguei no telemóvel e comecei a gravar um vídeo

E com isto, coloco o vídeo no carro

Quando acabou o vídeo, oiço um soluço:

- E a seguir? - Momo pergunta com os olhos marejados

- Bem - disse e sorrio - Estava a chover nesse dia. Ela veio que nem doida a correr, desde o estúdio até à porta de casa das nossas melhores amigas que vivem ao nosso lado, logo, a Jisoo e a Lisa. Eram 4:00 da manhã. Eu abri a porta e lá estava ela toda molhada. Ela estava branca, a pingar, com os lábios roxos e a tremer. Eu estava super preocupada, mas antes que pudesse fazer algo, ela entregou-me o telemóvel dela e foi-se embora. Ela não me deixou segui-la, então sentei-me no sofá e vi o vídeo. Claro que eu também fiquei encharcada, mas em lágrimas. Percebi que a nossa relação podia ter acabado porque nenhuma de nós foi o apoio suficiente. Então no dia seguinte, entrei em casa e lá estava ela. Aconchegada na minha almofada e com o meu pijama. Cheghei ao pé dela e reparei que ela estava a arder em febre. Ela tinha ficado doente. Aurora estava a dormir ainda, por isso não foi incomodo nenhum. Rosé acordou e começou a chorar. Depois de tanto tempo sem um único carinho ou contacto, ela não me queria tocar pois não queria que eu ficasse contagiada. Naquela altura, eu só estava contagiada de amor - dou um beijo na bochecha da minha esposa - Então tomei conta dela. Tomei conta dela como se ela fosse minha e dependesse de mim. Aliás, ela já era minha. E foi assim, que esta mulher fantástica, conseguiu arranjar algo que já estava partido

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